- Capítulo 52. Uma Aventura Passageira (2)

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A pele pálida de Leah logo voltou ao normal, e quando Melissa viu isso, ela caiu em lágrimas de gratidão! Um fato que ela timidamente admitiu para a princesa.

“Eu realmente pensei que algo pior aconteceria.” Melissa continuou, enquanto seus lábios começaram a tremer e seus olhos ficaram lacrimejantes.

Leah optou por mudar de assunto, querendo evitar mais problemas para a Condessa.

“O que aconteceu com Byun Gyongbaek de Oberde?”

Ao ouvir a menção de Byun, a expressão de Melissa se iluminou enquanto ela dava a notícia.

“Byun Gyongbaek foi completamente humilhado dessa vez”, ela anunciou orgulhosamente.

“Existe ao menos algo que possa humilhá-lo?” Leah perguntou, erguendo uma sobrancelha em dúvida.

“Eu também pensei isso.” ela riu antes de continuar sua história de forma alegre.

“Eu não sabia o quanto ele tinha bebido, mas ele foi descoberto perto da fonte sem as calças. No final do banquete, todos os aristocratas que estavam saindo do salão o viram de uma forma tão vergonhosa.” Ela estremeceu ao se lembrar daquele momento.

Melissa estava entre as muitas testemunhas naquela ocasião e, portanto, forneceu à princesa uma descrição detalhada de sua descoberta embaraçosa.

Aparentemente, todos o encontraram de bruços, com o traseiro nu.

“Ele também quebrou a perna, então pode ficar mancando por um tempo. Mas sabemos muito bem que Byun Gyongbaek não fica bêbado tão facilmente.” Melissa ressaltou, “Eu até ouvi dizer que mesmo que ele tenha ficado tão bêbado, ele não é de cometer erros tão graves. Então, é bem possível que ele tenha sido envenenado ou drogado com o vinho.” ela refletiu consigo mesma, antes de ignorar isso como algo sem importância.

A julgar pela disposição de Melissa, é mais provável que a notícia do que Byun Gyongbaek fez com Leah na noite passada não tenha se espalhado pelo palácio.

Como seus planos foram frustrados, ele provavelmente veria isso como uma derrota de sua parte. Ele foi envergonhado, e na frente dos aristocratas e kurkans. Ele provavelmente pedirá algo para um acordo de negócios depois daquele incidente.

Ela se perguntou se deveria mencionar isso.

Mas suas preocupações não duraram muito, no final, era algo que ela não ousava dizer a Melissa. Mesmo que ela mencionasse, ela provavelmente acabaria falando palavras de ódio, e nada que ela tivesse feito poderia mudar isso.

Enquanto estava perdida em pensamentos profundos, ela não percebeu que a Condessa Melissa tinha ficado em silêncio, e agora apenas a observava sem nada para fazer. Havia um silêncio constrangedor que envolvia a sala, e apesar de Melissa querer dizer algo apenas para quebrar o silêncio, ela descobriu que não conseguia.

Eventualmente, a atmosfera leve de antes gradualmente se dissipou, deixando nada além de uma sensação pesada pairando no ar. Melissa hesitou por um bom tempo, reunindo coragem, antes de finalmente conseguir chamar a atenção de Leah mais uma vez.

“Princesa”, ela gritou, tirando Leah de seus pensamentos.

Leah imediatamente percebeu que havia algo sobre o qual ela realmente queria falar, mas hesitou, então começou a falar sobre isso de forma indireta. Melissa sentiu sua boca ficar pesada como se sua língua fosse feita de chumbo.

Respirando fundo, ela finalmente conseguiu abrir a boca para falar, apesar da grande dificuldade.

“Eu, eu queria que você soubesse...” ela começou, engolindo em seco enquanto tentava forçar as palavras a saírem, “fui eu quem te mudou daquela vez... sozinha...” ela parou de falar novamente. Leah podia ver apenas em seus olhos que ela estava lutando contra muitas emoções naquele único momento.

“Princesa, você… você… houve algum avanço indesejado em seu relacionamento?”

Ishakan sem dúvida deixou marcas por todo o corpo de Leah. Além das inúmeras marcas de mordidas que ela manteve, também havia hematomas e marcas de mãos deixadas em suas coxas e nádegas.

A aparência externa das manchas ao redor de seu corpo pode ter parecido dura do ponto de vista de um estranho, que mesmo rotulá-la como romance ruim não poderia nem começar a descrevê-la. Era natural que a Condessa Melissa tivesse entendido mal as implicações com base apenas em suas descobertas.

“Ah, não, não é algo indesejado.” ela respondeu levemente, o que só deixou a Condessa Melissa perplexa.

“Então, nesse caso… era… seu parceiro… um dos bárbaros?” ela perguntou, “Talvez… o Rei dos Kurkans?” Considerando o fato de que sua amante poderia ter tido relações sexuais com eles, ela imediatamente alterou a forma como os chamava.

Ela não poderia continuar chamando-os de bárbaros agora, poderia?

Infelizmente, Melissa só foi recebida com silêncio quando Leah se recusou a responder mais. Ela não conseguiu evitar começar a se preocupar com as possíveis consequências, enquanto levava uma mão aos lábios, um de seus muitos tiques nervosos.

Vendo a Condessa se encher de preocupação sem sentido, Leah finalmente respondeu à pergunta que ela ainda não havia feito de verdade...

Aquele com quem a Condessa estava realmente preocupada…

“Não se preocupe”, ela disse, “você não tem nada com que se preocupar sobre minha virgindade”.

Foi uma resposta vaga, não era mentira, nem era verdade absoluta.

Mas se lhe perguntassem se ainda estava intacto, obviamente não estava. Ela já havia perdido sua castidade há algum tempo. E apesar do fato de ter planejado acabar com isso em uma transa de uma noite, tal coisa não tinha sido possível.

Leah se perguntou se conseguiria fazer a Condessa Melissa, alguém com tanta ingenuidade, entender seu raciocínio.

“E também, eu…” sua voz falhou, antes que ela limpasse a garganta enquanto tentava manter uma fachada fria e relaxada. “Eu não planejo ter um relacionamento com ele. É apenas uma aventura passageira.”

Foi como se alguém tivesse lhe dado um tapa no rosto enquanto Melissa ficava boquiaberta com sua resposta...

“Pri-princesa…” ela gaguejou, ainda um pouco fora de si. Ela não conseguia encontrar uma maneira certa de responder à revelação repentina. Ela mal conseguiu sussurrar para si mesma…

“O que está acontecendo?”

Diante da pergunta estupefata, Leah só conseguiu desviar o olhar, sombria.

“Eu também não sei, Condessa.”

Pois Leah realmente não sabia o que estava acontecendo com ela. Ela não conseguia nem entender Ishakan. Sua totalidade era um mistério, um que ela não conseguia nem começar a decifrar. Toda vez que ela pensava que finalmente havia desvendado o segredo para ele, ele ia e a surpreendia a todo momento, às vezes fazendo coisas que ela nem imaginava que ele faria.

Desde que ela o conheceu, todos os motivos que Leah tinha começaram a ruir.

Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷) Onde histórias criam vida. Descubra agora