Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷)

-Capítulo 124. Nas Mãos de Cerdina

“Hmm. Está mais quebrado do que eu pensava. Aquele feiticeiro bárbaro é muito bom. Mas parece que ele não conseguiu ir fundo.”

Cerdina franziu a testa, irritada.

“Na verdade, foi difícil quando lancei o primeiro feitiço, quatro anos atrás, também. Você tentou sair da lavagem cerebral assim que a menor oportunidade apareceu.” Ela esperou, observando até que Leah tivesse sofrido o suficiente para quebrar sua vontade, então perguntou generosamente: “Dói, Leah?”

Leah assentiu freneticamente. Ela se desculpou sem hesitar por seu comportamento. Ela teria beijado os pés de Cerdina para parar a dor.

Cerdina caiu na gargalhada e estalou os dedos, e a dor infernal desapareceu instantaneamente. Leah sentou-se no chão, ofegante. Sentada em frente a ela, Cerdina acariciou gentilmente seus cabelos prateados. Quando Leah tentou virar a cabeça, sentiu como se seu coração tivesse entrado em colapso. Seu corpo não se moveu, mas ela se sentiu como uma estranha em seu próprio corpo. Até mesmo inspirar e expirar parecia estranho, como se seu espírito estivesse no corpo de outra pessoa. Suor frio escorria por suas costas e Cerdina sorriu quando o medo brilhou nos olhos de Leah.

“Você não precisa ter tanto medo.” Lentamente, ela arranhou o queixo de Leah com uma unha, desenhando uma linha vermelha na pele branca. Leah não teve escolha a não ser suportar a dor. Olhando para seus trêmulos olhos roxos, Cerdina sorriu graciosamente.

“Você já estrangulou alguém que ama?”

As mãos de Leah se moveram sozinhas e se fecharam em volta do próprio pescoço, estrangulando-a. Os olhos de Cerdina se curvaram enquanto ela a observava ficar vermelha por falta de ar. Assim que sua consciência desapareceu, suas mãos se soltaram, e Leah arfou em uma respiração. Ela sentiu como se seu coração estivesse prestes a explodir, e ela não teve muito tempo para se recompor.

“Você já enfiou uma faca num coração?”

Leah não conseguia mover os lábios. Cerdina ponderou e então disse, “ahh…”

Ela tocou os lábios de Leah com um dedo, e só então Leah conseguiu falar.

"Oh não…"

"Você não quer, não é? Você odeia dor."

“Sim… Eu odeio isso…”

“Então não pense em nada desnecessário.” Cerdina acariciou a bochecha pálida de Leah amorosamente. “Não diga nada a Blain. Não acho que ele vá gostar de você nesse estado. Claro, é melhor você não contar a mais ninguém também.” Ela sorriu friamente. “Vamos manter isso em segredo entre mãe e filha.”

Leah assentiu lentamente, os olhos vazios. Lágrimas deslizaram por sua bochecha, ficaram presas em seu queixo e caíram no chão. Cerdina sorriu.

“A partir de hoje, controle sua alimentação. O casamento está próximo, mas você ganhou muito peso.”

Ela se levantou graciosamente e olhou para Leah, que estava sentada desanimada no chão.

“Então eu vou embora,” ela disse calmamente. “Foi bom falar com você, Leah.”

A maçaneta, que não se moveu apesar das tentativas desesperadas de Leah, girou facilmente. Cerdina abriu a porta e saiu.

“……”

Sozinha, Leah abaixou a cabeça. Seus cabelos prateados caíram como uma cachoeira e uma risada oca escapou dela. Era ridículo. Ela tinha certeza de que não tinha sido enfeitiçada, só porque não se parecia com o Rei. Mas agora ela sabia que estava em um estado terrível. Outra marionete.

O aviso de Cerdina foi claro. A rainha podia controlar seu corpo, o que significava que se Leah fizesse algo estúpido, ela a faria sofrer.

Leah se imaginou estrangulando Ishakan. Enfiando uma faca em seu coração. Sua mente tinha acabado de clarear, e agora escureceu novamente. A escuridão a envolveu da cabeça aos pés.

Por um longo tempo, ela ficou onde estava. Lentamente, ela levantou a cabeça, olhando ao redor em transe. A lembrança de sua noite eufórica neste quarto com Ishakan parecia distante. Seus tornozelos ainda estavam presos com correntes. A liberdade com a qual ela sonhara nunca existiu.

“Ishakan…” Leah disse desesperadamente.

Lágrimas brotam novamente. Ela nunca poria os pés naquelas areias do deserto em sua vida. Ela nunca estaria com ele.