- Capítulo 51. Uma Aventura Passageira (1)

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Ishakan ergueu as sobrancelhas, o que levou Genin a relatar brevemente os eventos que ocorreram nos aposentos da princesa.

Ao ouvir a história, os olhos de Ishakan se estreitaram e suas sobrancelhas franziram. No entanto, ele não rosnou nem emitiu nenhum sinal que mostrasse sua raiva. Em voz baixa, olhando Genin diretamente nos olhos, ele falou. “Achei que tinha dito para você cuidar dela, Genin.”

A fumaça turva do cigarro de folha que estava lentamente se incinerando flutuava na frente de seu rosto. Os olhos de Ishakan se estreitaram, e suas pupilas douradas e brilhantes que ainda não tinham esfriado, pulsaram.

“Mas você está aqui.” Ishakan não precisou dizer muito. Seu significado era claro.

Imediatamente o rosto de Genin empalideceu e perdeu a cor. Ela se ajoelhou. De joelhos, na frente de Ishakan, ela se curvou e bateu a cabeça no chão. Suas mãos tremiam enquanto ela admitia seu erro.

Haban, que estava de pé ao lado, não conseguia respirar direito enquanto olhava para a cena à sua frente. Era difícil ver Genin implorando por perdão.

“Está tudo bem cometer um erro uma vez, mas duas vezes não.” Ishakan exalou cansado enquanto comandava, “Levante-se. Por favor, seja cauteloso da próxima vez.”

"Obrigado."

Genin curvou-se mais uma vez, sua testa tocando o chão, e então ela se levantou.

Preso em seus pensamentos, Ishakan de repente murmurou. “Ela vomitou sangue. Isso é realmente estranho.”

Haban e Genin se entreolharam. Eles pareceram chegar a um consenso por meio de sua breve troca. No lugar de Genin, que havia sido repreendido anteriormente, Haban abriu a boca. A conotação que saiu de suas palavras era implícita.

“Não foi porque você a atormentou ontem à noite?” Foi uma observação reconfortante, como se não houvesse verdade mais clara do que esta. Ishakan sorriu brevemente e balançou a cabeça.

“Pode ser uma causa… mas eu só dei uma tragada nela ontem.” Assim que ele pegou seu cigarro, os olhos de Haban arregalaram.

“Isso não é um veneno para os humanos?”

“É um remédio para eles, se usado adequadamente.”

Genin respondeu ao estupefato Haban. Ela o tranquilizou dizendo que Ishakan não faria mal à Princesa de forma alguma, muito menos a alimentaria com veneno.

“Certo. É bem suspeito se houver uma reação adversa como vômito de sangue.”

Ishakan jogou o cigarro que segurava nas mãos no chão. O cigarro se misturou à poça de sangue. Ishakan pisou nas brasas da folha, apagando completamente o fogo.

Ele fechou as mãos em punho e disse suavemente:

“Você não acha que algo está acontecendo no Palácio de Estia?”

***

De vez em quando, Leah tinha alguns ataques de tontura. Se era por causa de Cerdina ser mais rigorosa em controlar sua dieta durante as refeições, ou seu hábito de dormir até tarde devido à sua agenda ocupada, ela não sabia.

O que ela sabia é que essa era a primeira vez que ela vomitava sangue e desmaiou logo depois. Quando ela finalmente recuperou a consciência, a primeira visão que ela viu foi a Condessa Melissa, cujos olhos estavam vermelhos e inchados devido ao seu choro sem fim.

“Princesa!”, a Condessa exclamou assim que percebeu que a Princesa estava acordada. Ela gritou bem alto, não foi nenhuma surpresa quando momentos depois, uma horda de criadas e servos imediatamente veio se aglomerar em volta dela, chamando-a em alívio.

Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷) Onde histórias criam vida. Descubra agora