- Capítulo 93. Noiva de Byun Gyeongbaek de Oberde (2)

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O dia das negociações havia chegado. O céu da manhã estava limpo.

Como era apenas a primeira rodada de negociações, eles concordaram em enviar três representantes de Estia e três dos Kurkans para comparecer. Leah representou em nome da família real, com o Conde Valtein e o Ministro das Finanças Laurent para ajudá-la. Eles chegaram primeiro, examinando a sala de reunião vazia antes de se sentarem. O Ministro das Finanças estava nervoso e tentando esconder; ele já estava com medo dos Kurkans, e sabia o que Leah estava prestes a tentar. Rígidos como estátuas, eles estavam quase prendendo a respiração quando as portas se abriram. Leah se levantou em sinal de respeito.

“Dou as boas-vindas ao Rei dos Kurkans”, Leah os cumprimentou.

“Que a luz caia sobre Estia.” Ishakan sorriu em resposta. “Faz muito tempo, Princesa.”

A visão dele enviou uma onda de emoção por Leah. Ela sentiu um formigamento nervoso, e embora tentasse manter uma expressão serena no rosto, tinha certeza de que sua expressão a estava entregando. O Conde Valtein continuou enviando olhares para ela, mas ela manteve os olhos nos representantes de Kurkan e fingiu não notar.

Ela não esperava que Ishakan trouxesse Genin e Haban, mas lá estavam eles, se curvando. A rigor, os dois não podiam ajudar Ishakan em questões diplomáticas, mas ela estava grata pela presença deles de qualquer maneira. O fato de conhecê-los a acalmou, e esse negócio teria sido mais difícil com estranhos.

Embora Ishakan a tivesse perturbado continuamente e abalado seu coração desde o dia em que o conheceu, ela não conseguia deixar de se sentir amarga. Ela sabia o que os kurkans pensavam dessas negociações. Não importava o que Estia fizesse, eles aprovariam o tratado de paz.

Ishakan parecia estar de bom humor. Apesar do distanciamento de Leah, ele sentou-se ao lado dela confortavelmente.

“Estou honrado em ter a oportunidade de conversar pessoalmente com você, Princesa. Só ouvi rumores”, ele disse.

Era obviamente uma mentira. Eles já tinham falado antes. Eles tinham feito muito mais do que falar. Mas pelo menos ele estava falando educadamente e se comportando, dada a formalidade da ocasião.

“Você exagera,” Leah respondeu suavemente. “Na verdade, é uma honra para mim que possamos ter essa discussão.”

Com as saudações formais completas, as negociações puderam começar. Ishakan imediatamente pareceu determinado a colocá-la em problemas.

“Então, o que você achou?” Ele perguntou. Era uma pergunta ambígua, e Leah hesitou. Ishakan balançou a cabeça. “Minha pergunta se refere ao início da nossa conversa.”

Ela sabia que ele continuaria pressionando até que ela desse a resposta que queria.

“É um excelente começo”, ela suspirou.

Ishakan caiu na gargalhada. “Obrigado pela sua hospitalidade, Princesa,” ele disse, com um sorriso brilhante, satisfeito.

O Conde Valtein e o Ministro Laurent se entreolharam, perplexos. Escolhendo ignorar a insolência de Ishakan, Leah focou sua atenção nos documentos que havia preparado.

“Primeiro, quero que você leia isto”, ela começou, entregando a Ishakan um documento detalhando a pauta das negociações do dia. Mas ele não tinha intenção de ler.

“Meu entendimento da língua deste continente é pobre”, ele disse, colocando os papéis de lado. “Você pode me explicar, por favor?”

Ela sabia que ele queria ir direto aos principais pontos de discórdia e considerava sutilezas como agendas desnecessárias. Ele queria concluir as negociações rapidamente e então simplesmente conversar com ela.

“Estia preparou várias concessões”, ela disse, cedendo. “Primeiro, entregaremos os Kurkans atualmente sob nossa custódia. A família real atualmente tem trinta Kurkans que resgatamos da escravidão. Segundo, emprestaremos uma parte do território ocidental aos Kurkans por um período de tempo indefinido, incluindo os lucros obtidos com as colheitas naquela região…”

A premissa de uma negociação era que cada parte envolvida deveria declarar seus termos e condições, e então trabalhar em conjunto para ajustar os detalhes e fazer concessões para resolver quaisquer disputas. Mas enquanto ela falava, Ishakan apenas sorriu, recostando-se na cadeira com os braços cruzados.

Ele riu quando ela terminou. “Só isso?”

As condições que ela apresentou eram certamente atraentes. Mas para o Rei dos Kurkans, que não temia a guerra, poderia considerar que a única oferta atraente era entregar o país inteiro a ele.

Leah respirou fundo. Ela sabia que Ishakan nem sempre respondia a coisas que pareciam senso comum. Mas ela era a princesa de um reino sem poder, e só lhe restava uma opção. Deixando os documentos de lado, ela encontrou seu olhar dourado brilhante.

“Você sabe que sou noiva de Byun Gyeongbaek de Oberde?”

Os olhos de Ishakan se estreitaram.

“Certamente,” ele disse, acrescentando com uma voz dura. “E quando ele se casar com você, Princesa, Byun Gyeongbaek de Oberde terá o direito de suceder ao trono.”

A sala estava mortalmente silenciosa. O bom humor relaxado de Ishakan havia desaparecido completamente.

“Ele poderia ter sucesso imediatamente”, Leah concordou.

“Você está me dizendo que vai fazer de Byun Gyeongbaek o Rei de Estia?” Ele perguntou. Sua voz soou feroz. Muito perigosa.

“Se você não assinar o tratado de paz, sim.” Leah lutou para manter sua voz sem tremer. “Pode ser que aconteça.”

Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷) Onde histórias criam vida. Descubra agora