Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷)

-Capítulo 131. Planícies Fora da Capital

Leah observou o sol nascendo pela janela, espiando para afastar lentamente a escuridão. Assim que ele clareou completamente o horizonte, ela correu para a porta do quarto.

“……”

Mas ela hesitou então; era estranhamente difícil agarrar a maçaneta. Só depois de ouvir uma batida do outro lado ela conseguiu abri-la.

"…Princesa?"

A Condessa Melissa veio atendê-la nas primeiras horas da manhã e ficou surpresa quando Leah a abraçou.

"Senhora!"

Com os braços em volta da Condessa Melissa, Leah olhou para as damas de companhia atrás dela. Os olhos delas estavam claros e cheios de confusão enquanto olhavam para Leah, e ela fechou os olhos e enterrou o rosto no ombro da Condessa.

Tudo voltou ao normal.

“…Desculpe-me por ter surpreendido você.”

Leah deu um passo para trás, sorrindo levemente, e as damas de companhia pareceram arrependidas. Elas pensaram que ela estava agindo dessa forma porque as deixaria, e seus olhos se encheram de lágrimas. Tranquilizando-as, Leah foi se vestir pela última vez no Palácio da Princesa.

Os objetivos aos quais ela havia dedicado sua vida haviam entrado em colapso. Ela havia sido vendida ao velho Byun Gyeonbaek para atingir fins que não eram seus, por benefícios que ela não queria. Foi um fim trágico para uma princesa que havia se dedicado ao seu país e à família real, apenas para ser traída por ambos.

Mas ela teria sua vingança. Uma vingança que deixaria uma mancha na honra da família real que Cerdina havia conquistado, e que finalmente libertaria Leah.

Cerdina provavelmente não conseguiu lançar um feitiço em Byun Gyeongbaek. Era provável que ela quisesse usar Leah para roubar informações confidenciais dele. Mas Leah não deixaria Cerdina fazer o que queria. Byun Gyeonbaek ficaria furioso quando sua nova esposa — que certamente era impura — cometesse suicídio.

Depois de se preparar para sair, ela tomou chá no saguão do palácio, esperando que os processos finais fossem concluídos. Finalmente, o Conde Valtein chegou.

“Que a luz brilhe sobre Estia.” O Conde Valtein a cumprimentou cortesmente, parecendo tão sombrio quanto alguém indo a uma funerária. “Princesa, esta é sua certidão de casamento.”

Leah abriu o papel sobre a mesa com as mãos trêmulas, mas pegou uma pena e assinou sem hesitar.

[Leah De Estia]

As palavras que ela escreveu no papel eram tão claras quanto sua determinação. Atrás dela, suas damas de companhia começaram a chorar. Mas Leah era indiferente. Ela se lembrava dos presentes que havia deixado para elas, e esperava que fossem algum conforto para as damas e nobres que lamentariam a notícia de sua morte.

“Pare. Já estou atrasada há muito tempo”, ela disse, sacudindo as mãos agarradas. Assim que ela estava prestes a subir na carruagem, ela ouviu um chamado alto.

“Leah!”

Leah olhou para trás para ver cabelos prateados e sorriu. O pensamento de não ter que ver Blain mais a fez dar um sorriso genuíno. Blain parecia estar prestes a ligar novamente e sorriu ao vê-la olhando. Mas seu sorriso desapareceu quando ele viu a arrogância em seu rosto.

“No dia em que eu ascender ao trono, a primeira coisa que farei será trazer você de volta.”

Até mesmo suas últimas palavras para ela foram ameaçadoras. Leah não respondeu enquanto subia em sua carruagem. Sentada ereta, a porta da carruagem se fechou atrás dela e as rodas começaram a girar. Ela observou o palácio atrás dela recuando. Finalmente tinha acabado. Mas ela não estava calma. Sua mente estava caótica.

Ela sentia falta dele.

Leah recostou-se na cadeira e tentou limpar a mente dos pensamentos complicados. Em vez disso, ela tentou imaginar apenas o descanso eterno que a esperava. Mas não foi fácil. A carruagem indo em direção ao território de Byun Gyeongbaek entrou nas planícies fora da capital, e Leah lutou para se livrar do homem que ocupava sua mente.

Eles avançaram pelos campos de eulalias, com cavaleiros reais cercando a carruagem.

Ao longe, ouvia-se o som de uma trompa de batalha.