MEU PROFESSOR É UM MAFIOSO- KIM TAEHYUNG

capítulo 17

SN

Ainda envolta nos braços de Taehyung, sentia seu calor e a suavidade do seu toque enquanto ele acariciava meus cabelos. O silêncio entre nós era confortável, minha cabeça repousava em seu ombro, e eu podia ouvir o ritmo calmo da sua respiração. Era um momento de paz que eu não queria que terminasse.

De repente, o som de uma batida na porta interrompeu nossa tranquilidade. Era minha mãe, chamando para avisar que estava na hora de comer alguma coisa. Levantei a cabeça devagar, relutante em deixar aquele abrigo seguro. Taehyung me olhou e, com um sorriso suave nos lábios, disse.

Taehyung- Vou descer um pouco. Mas se precisar de alguma coisa, é só me chamar.

Assenti com a cabeça, um pouco triste por ele ter que sair. Quando ele se afastou, sentei-me na cama, observando-o ir em direção à porta. Ele parou na frente da minha mãe e, com uma expressão séria, disse que queria conversar com ela mais tarde.

Taehyung- Quero conversar com você depois.

Ela apenas assentiu, um olhar curioso no rosto.

Minha mãe entrou no quarto com uma bandeja nas mãos. O cheiro do café da manhã encheu o quarto ,ovos mexidos, queijos cremosos, um copo de suco fresco e frutas coloridas dispostas de maneira apetitosa. Ela se sentou ao meu lado na cama e colocou a bandeja entre nós.

Nicole- Come algo, querida,- ela insistiu com uma voz suave mas firme.-Você precisa se alimentar.

Olhei para o prato à minha frente e percebi que mesmo sem fome, a preocupação nos olhos dela era evidente. Tentei mover minhas mãos para pegar os talheres, mas uma pontada de dor surgiu na palma da mão enfaixada. Os cortes estavam sensíveis, lembranças do que havia acontecido.

Nicole- Está doendo muito?-minha mãe perguntou ao notar minha hesitação-

Sn- Um pouco,-respondi baixinho, tentando esconder a dor atrás de um sorriso forçado.-

Ela franziu a testa em preocupação e puxou a bandeja para mais perto de mim.

Nicole- Você precisa comer para ficar mais forte,- ela disse com amor.-Só um pouquinho.

Respirei fundo e peguei um pedaço de fruta com cuidado, tentando não pressionar os cortes. Enquanto mastigava lentamente, olhei para ela e vi uma mistura de amor e tristeza em seu olhar.

Nicole- estou aqui- ela disse suavemente, como se pudesse ler meus pensamentos- Estamos juntas nisso.

Enquanto eu mastigava a fruta, o silêncio se instalou novamente entre nós. Minha mãe observava atentamente cada movimento meu

Decidi quebrar o silêncio.

Sn- Mãe, você acha que... tudo vai ficar bem?- Perguntei, a voz quase um sussurro.-

Ela me olhou com ternura e uma força que eu admirava.

Nicole- Sim, minha filha. Eu realmente acredito que sim,- respondeu, a voz firme- Estamos aqui para enfrentar isso juntas. Você não precisa carregar esse peso sozinha.

Senti um nó na garganta ao ouvir suas palavras. Era reconfortante saber que ela estava ao meu lado, mas ao mesmo tempo, a realidade do que havia acontecido me esmagava. Olhei para os ovos no prato e percebi que não conseguia comer mais. O estômago estava embrulhado, não por fome, mas pela ansiedade.

Nicole- Você precisa comer mais um pouco- minha mãe insistiu suavemente, percebendo minha hesitação-

Sn- Eu não consigo-respondi honestamente, olhando para ela com os olhos brilhando de lágrimas contidas- Só... só não consigo.