Capítulo 4

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       SN


Assim que abri a porta de casa, o barulho da televisão ecoou nos meus ouvidos. Minha mãe e meu padrasto estavam lá, imersos em algum programa bobo, de tv. Eu apenas passei por eles, sem conseguir forçar um sorriso. A única coisa que eu queria era subir aquelas escadas e me trancar no meu quarto.

Ao entrar, joguei minha mochila na cama com um pouco mais de força do que o normal. O envelope com o dinheiro estava ali, me encarando como um lembrete cruel da realidade que eu não queria enfrentar. Com mãos trêmulas, guardei o envelope dentro da banquinha do quarto e fechei a gaveta com a chave. Era como se trancar aquele dinheiro fosse trancar também todos os meus problemas.


Corri para o banheiro e liguei o chuveiro, deixando a água quente escorrer pelo meu corpo enquanto as lágrimas começavam a cair. A sensação de estar sozinha era esmagadora. Pensar no emprego que eu perdi me fazia sentir como se estivesse afundando em um mar de desespero. A gerente tinha dito que era uma redução de funcionários, mas isso não fazia a dor menos intensa. Eu precisava daquele trabalho para ajudar a pagar minha faculdade, e agora tudo parecia desmoronar.


O som da água caindo misturava-se com meus soluços, e por alguns momentos, eu me permiti sentir toda a tristeza que estava guardando dentro de mim.

Quando ouvi a batida na porta, meu coração disparou.

Nicole-  Sn, querida! Você não vai descer pra jantar?

Com um nó na garganta,  sai do banheiro, abri a porta apenas o suficiente para ela entrar.

Sn- Não estou com fome — murmurei, tentando esconder o quanto estava quebrada por dentro—

Ela se sentou na beira da cama e eu me juntei a ela, sentindo seu olhar preocupado em mim.

Nicole- Por que você está tão triste?—ela perguntou suavemente.—

Sn-  Fui demitida do trabalho—respondi, tentando manter a voz firme, mas falhando miseravelmente—

A expressão dela mudou instantaneamente para surpresa.

Nicole- Por qual motivo?
— Sua preocupação era palpável.—

Sn- Ela disse que foi por redução dos funcionários—expliquei, sentindo uma nova onda de tristeza me invadir.—


Nicole- , amanhã você pode procurar outro emprego—minha mãe disse com um certa tristeza na voz— Vamos dar um jeito.

Senti seu braço ao meu redor enquanto ela me puxava para perto e acariciava meus cabelos longos. O calor do abraço era reconfortante e me fez sentir um pouco mais forte. Naquele momento, percebi que mesmo em meio ao caos e à incerteza, eu ainda tinha alguém ao meu lado para enfrentar as dificuldades da vida.


Quando acordei naquela manhã, o sol já estava alto, e eu sabia que não podia deixar mais um dia passar sem tentar encontrar um emprego. Depois de tomar um banho rápido e me arrumar com a melhor roupa que tinha, peguei minha mochila e preparei uma xícara de café. O cheiro forte do café me deu um pouco de ânimo, mas a ansiedade logo tomou conta.

Ao sair de casa, senti os olhares do meu padrasto em mim, enquanto minha mãe estava tomando café.

A porta se fechou atrás de mim e eu respirei fundo, decidida a enfrentar o dia.

Fui para a cidade e comecei a percorrer as lojas uma por uma. A primeira foi uma loja de roupas. Entrei com um sorriso tímido e perguntei à atendente se estavam precisando de alguém. Ela olhou para mim com uma expressão neutra e disse que não havia vagas no momento. Meu coração afundou, mas continuei caminhando.

MEU PROFESSOR  É UM MAFIOSO- KIM TAEHYUNG Onde histórias criam vida. Descubra agora