Capítulo 21

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Arthur Knox

Sorrio de lado, perverso, voltando a minha forma normal, me olhando através do reflexo da água, o vermelho de meus olhos sumindo lentamente, assim como a fumaça que se dissipa.

Olho ao meu redor, observando com satisfação os corpos sem vida, empilhados um sobre o outro, o sangue ainda fresco, escorrendo de seus corpos, manchando todo o lugar.

Duarte me observava com o mais puro medo em seus olhos, enquanto Beaufort não expressava nada através de seus olhos, na realidade, ele pareceu gostar de ver a matança que fiz.

O que não faço por você, Cateline?

- Ela está com a curandeira do norte - falo, saindo do meio da água, pisando sob alguns corpos que estavam no meu caminho.

- Mandarei os soldados irem buscá-la - Beaufort fala, se preparando para sair dali, mas o paro, sinalizando com minhas mãos.

- Não, ainda não, quero brincar um pouco com ela, a levá-la ao limite, quero que saiba quem está no controle de tudo... - falo, sorrindo de modo diabólico, limpando o sangue que escorria em meu corpo.

- Quero que saiba que por mais que tente, ela nunca vai conseguir fugir de mim, unicamente por que não quero e por que ela é minha - concluo, ainda mantenho o sorriso em meus lábios, me lembrando exatamente de sua expressão ao me ver, o medo e a excitação brilhando em seus olhos.

Ainda podia sentir a maciez de sua pele sob meus dedos, a pele que tanto anseio em marcar como minha, deixar bem claro a todos a quem ela pertencia, que era malditamente minha.

- Como quiser, Majestade - Beaufort fala, fazendo uma leve reverência em minha direção, saindo dali, me deixando sozinho com Duarte, que não tirou nem por um segundo sua expressão de medo.

- O que está olhando? Pode se retirar também - falo, bufando baixo, irritado com sua imprestável presença, sinalizando para ele sair dali também.

- S-sim, senhor... - e assim ele o faz, saindo dali quase que de imediato, me fazendo rir divertido pelo seu medo e temor.

Estava finalmente sozinho, ou nem tanto, observo os vários corpos que estavam empilhados, sentindo satisfação em saber que fui em quem os matei, fui eu quem tirou a vida de seus corpos.

Suspiro baixo e fundo, me sentindo fraco por alguns instantes, vender sua alma ao diabo tinha suas condições e consequências, minha alma já estava basicamente consumida pelo inferno, usei mais magia do que costumo usar, mas em breve aquela sensação deixaria de existir.

Mas, valeu a pena cada maldito segundo, ter tido a chance de ver e tocar Cateline, mas ela irá aprender por que todos me chamam de diabo.

Cansei de bancar o bonzinho, esse papel não combina comigo, irei adorar brincar com ela, apenas para que ela aprenda que nunca vai conseguir fugir de mim, que por mais que tente, ela pertence a mim e jamais sairá do meu lado, nem mesmo após a morte.

- Ego sum malum, quod frequentat te (Eu sou o mal que te assombra) - rio perverso, imaginando todas as coisas que posso fazer com Cateline até levá-la ao seu limite, em pouco tempo, ela estará em minhas mãos.

- Ego sum malum, quod frequentat te (Eu sou o mal que te assombra) - rio perverso, imaginando todas as coisas que posso fazer com Cateline até levá-la ao seu limite, em pouco tempo, ela estará em minhas mãos

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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