Luiza

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Eu não acreditei quando vi a mensagem de Jonas. Li e reli várias vezes. Não respondi no mesmo dia, queria estar mais calma e no dia seguinte tomei coragem e respondi. Sabia que ele estava puxando assunto, mas qual era o objetivo? Um dia agiu como se eu não fosse ninguém e agora vem como quem não quer nada? Eu fui direta e até um pouco dura. Precisava me impor e não queria me iludir, mas quando Jonas pediu para voltarmos a ser amigos eu balancei. O que diria? E se ele precisasse se mudar e sumir de novo? Iria pensar muito bem antes de responder, estava certa de que dessa vez manteria só na amizade. Era mais seguro. Não podia me envolver até que ele partisse novamente, eu não aguentaria outra vez. Mas será que conseguiria ser só amiga? Lembrei da conversa que tive no dia anterior com Théo. É tão difícil gostar de alguém e ser somente amigo, será que isso ia dar certo? E se ele já tiver mulher e talvez até filho? Tanta coisa passou pela minha cabeça que decidi deixar essa resposta para depois. Voltei a rotina e tentei não pensar nessa pergunta o quanto pude, mesmo sabendo que teria que dar uma resposta em algum momento.

Passei alguns dias pensando, e decidi brincar com ele como fiz quando nos conhecemos. Se ele ainda fosse o meu Jonas, iria perceber. A gente sempre brincava e fazíamos desafios e jogos de palavras o tempo todo. Eu vou mexer com a cabeça dele e dar um castigo, ele merece pelo jeito que me tratou depois de tantos anos. Se ele tiver mesmo disposto, vai entender a minha resposta. Senão, vou entender como um sinal que não era para ser.

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