Capítulo 23 - Alta Inquisidora de Hogwarts

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Como parecíamos ter um infeliz azar a cada ano, o daquele aparentemente tinha o nome de Dolores Umbridge, nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. No caso, o título de professora era inadequado para o tipo de cargo que ela realmente gostaria de ter naquela escola, visto que ela mais gostava de criticar os métodos de ensino do que de fato ensinar alguma coisa para a gente.

Bastaram cinco minutos de aula para percebermos que aquele horário seria um completo desperdício para todos nós. Não poderíamos praticar magia, muito menos falar nada. Só ler aquele livro tedioso sobre o básico de magia para crianças.

A única coisa que me fez aguentar aquela primeira semana foi a aula avançada com Snape na sexta-feira. Aquele último dia da semana estava perfeito, com a manhã voltada para as aulas de Herbologia e Feitiços e pela tarde com ambas as Poções.

- Só você para ficar animada com uma aula dupla de Snape em plena véspera de final de semana. - Gina resmungou enquanto seus olhos me seguiam ao saltitar pelo corredor.

Assim que vi Draco Malfoy ali naquela sala, não pensei nem duas vezes ao me sentar junto a ele. Eu estava intrigada da mesma forma que ele parecia estar comigo, mas era estranha a mudança de postura que tinha depois de algum comentário mais brincalhão ou até mais íntimo. Talvez minha casa e meus amigos ainda fosse um empecilho grande para Malfoy querer ser meu amigo, da mesma forma que suas atitudes com as pessoas que eu gostava era um problema para mim.

E eu entendia aquilo. Meu foco ali era as aulas, que eram impressionantemente diferentes do que eu esperava. Para melhor, claro!

- Não seja tão amarga, maninha. - Imitei os gêmeos, batendo meu ombro no dela. - Você tem seu quadribol e eu meus experimentos.

- A diferença é que o meu é bem mais divertido. - Retrucou ela, cruzando os braços irritadinha.

- Há controvérsias. - Ri, beliscando seu braço logo antes de entrarmos na sala da masmorra, escura e com a fumacinha dos caldeirões já enchendo o ambiente.

Eu amava aquele lugar, silencioso e aquecido e com o cheiro das especiarias queimando.

Aquelas duas primeiras semanas foram interessantes. Enquanto Draco cuidava da maior parte do cozimento, eu esperava pela noite de lua cheia, que seria em dois dias. Alguns dias eu passava pelo banheiro feminino abandonado da Murta seja para ver o desempenho de Draco, para conversar um pouco com ele e com a fantasma da menina morta naquele banheiro anos antes ou até para ficar em silêncio observando a fumacinha que saia do caldeirão, tão pacífica.

Na aula, Snape nos contava curiosidades a respeito da poção Polissuco, como o motivo de ser utilizada durante as guerras, os perigos e até sobre encantamentos defensivos e outras poções que neutralizaria os efeitos do Polissuco.

Era um momento agradabilíssimo. E eu tentava ao máximo ignorar a presença de Draco ao meu lado, seu cheiro doce e picante e... tudo o que ele me causava. Meu foco era a aula e nada além do conhecimento a ser adquirido.

Além disso, ainda tinham os experimentos dos gêmeos. Suas atividades estavam de vento em polpa.

Fred e Jorge estavam começando a testar alguns de seus itens nos alunos e isso deixava Hermione doida e me deixava atolada em trabalhos com os contra-feitiços para o novo kit mata-aula daqueles dois. Eles faziam balinhas para desmaiar e eu com a que fazia acordar; Uma que fazia vomitar ou escorrer sangue do nariz e outra que parava ambas as coisas.

Uma em particular estava quebrando minha cabeça, o febricolate. Não sabia como tirar aqueles furúnculos todos, mas pelo menos o efeito passava rapidinho, então estava tudo certo.

Light in the Darkest of Times || Malfoy WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora