Capítulo 7

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Christopher pegou um envelope do bolso e entregou-o a Alejandra que passava pomada no pescoço.

Enquanto ela abria o envelope e tirava as folhas de jornais sobre o incêndio e o laudo pericial do corpo de bombeiros, Chris explicou brevemente que havia conseguido os documentos para ajudá-la a entender melhor os eventos que levaram à tragédia.

Ele estava prestes a sentar-se ao lado dela e começar a investigar juntos quando seu rádio chamou, solicitando sua presença urgente para ajudar no caso da vítima morta. Chris olhou para Alejandra, sem jeito, tentando esconder a preocupação em sua voz:

Vou ter que ir.

Ela, empática, respondeu:

Não se preocupe, eu te mantenho informado com o que precisa saber. Vá.

Chris concordou em ir, ainda hesitante, mas sabendo que era sua obrigação como policial.

Enquanto Chris partia, ela começou a ler o jornal, buscando pistas que pudessem ligar o incêndio aos recentes assassinatos.

Ela fixou seu olhar no laudo pericial, lendo com atenção cada detalhe da sequência do incêndio:

8h00: Início normal das aulas.

9:34: Alunos relatam fumaça na escada.

9:37: O alarme de incêndio na escola soa.

9:38: Evacuação ordenada das aulas, direcionando os alunos para as saídas de emergência.

9:39: Problemas com aulas no porão e na torre oeste. Alunos relatam a falta de algumas pessoas.

9h46: Alunos desaparecidos.

Ao analisar os pontos principais, ela reparou na rapidez com que o incêndio se espalhou e o fato dos alunos não terem conseguido evacuar a tempo.

Ela fechou os olhos, tentando visualizar o caos e o pânico durante aqueles momentos.

Enquanto tentava absorver todas as informações, seu smartphone tocou novamente.

Era Jake.

Ela ficou surpresa por ele ter lido tudo tão rapidamente, mas o que ela ouviu não a deixou feliz.

Em um tom frustado e decepcionado, Jake perguntou:

"Por que não me pediu ajuda antes, quando a primeira ligação da vítima veio?"

Ela respondeu, tentando conter o próprio temperamento:

"Porque você disse há três anos que ia desaparecer?! Que não entraria mais em contato?! Desculpa, mas não entendi o motivo da pergunta tão repentina."

Jake insistiu:

"Estou preocupado com sua segurança, Alejandra. Esse policial não faz nada além de ficar o tempo todo na sua casa?"

Ela disse, defendendo seu colega:

"Esse policial tem nome. E por que está dizendo isso? O foco é encontrarmos Nina, esqueceu?"

Jake ficou envergonhado por ter demonstrado ciúmes e se recuperou:

"Tem razão, desculpe. Não estou pensando com clareza. Deixe-me rever tudo novamente e te enviarei meus insights."

Alejandra concordou, tentando diminuir a tensão:

"Estou aqui para te ajudar, assim como você está aqui para me ajudar. Vamos nos concentrar em encontrar Nina e esclarecer esse mistério."

Enquanto encerrava a ligação com Jake, ela olhou para o laudo pericial e os artigos de jornal espalhados na mesa. Ela sabia que, juntos, eles poderiam resolver o caso.

MOONWOOD- The last drawing Onde histórias criam vida. Descubra agora