Capítulo 4

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Quando se acomodaram no sofá da sala, Alejandra pegou seu telefone e mostrou a Christopher a ligação estranha sem número e sem contato.

Não durou nem cinco minutos, mas a voz estava tensa e desesperada.

O policial olhou para ela com incrédulo e perguntou:

Ela mencionou mesmo o nome de Nina Mayer?

Alejandra assentiu e contra-questionou:

Sua irmã está desaparecida?

Christopher olhou para ela, hesitante em revelar sua história, mas algo na expressão empática de Alejandra o fez se abrir:

Quando houve o incêndio na escola, eu não estava no distrito. Eu havia sido punido e enviado para trabalhar em outro lugar. Ao voltar e saber do incêndio, descobri que Nina estava na sala de aula. Ela protegeu seus alunos, todas crianças de 5 a 7 anos, mas infelizmente não conseguiu salvar todas. Todas as crianças da sala dela morreram, e ela desapareceu. Quando encontramos os corpos, quatro pessoas ainda estavam desaparecidas. Durante dias, eu fiquei com medo de encontrá-la morta, então foram encontrados três corpos, mas os testes de DNA feitos nos três corpos encontrados no rio queimados mostraram que nenhum deles era Nina.

Christopher respirou fundo, tentando manter a emoção à distância das lembranças.

Até hoje, tento encontrar minha irmã, mas nunca consegui. Algumas pessoas do bairro acusam Nina de ter sido responsável pelo incêndio, mas eu sei quem ela é. Ela jamais faria uma coisa dessas. Caso contrário, não teria protegido as crianças.

Instintivamente, Alejandra tocou nas mãos do policial e, olhando diretamente em seus olhos, disse:

Você tem certeza absoluta de que ela não é culpada?

Christopher encontrou firmeza na voz de Alejandra, e percebeu que no meio de tantas dúvidas sobre a inocência de sua irmã, alguém finalmente perguntava a ele sobre a responsabilidade da irmã.

Eu conheço minha irmã, e tenho certeza de sua inocência.

Alejandra, com um olhar determinado, disse a Christopher:

Vamos descobrir quem é o assassino, encontrar sua irmã e trazer paz para a cidade de Foulerton. Mas te aviso que não vai ser fácil, e se as provas durante a investigação ficarem difíceis, você vai ter que se manter firme. Promete?

Prometo. Espero que tudo se resolva logo e ela apareça.

Alejandra, concordando com Christopher, disse com determinação:

Certo, então, de acordo com o que aprendi na investigação em Duskwood, só podemos encontrar sua irmã com pistas. E eu não tenho um ponto de partida.

Ela parou por alguns instantes, mergulhada em seus pensamentos, até que seus olhos se iluminaram:

Por que não pensei nisso antes?

Levantando-se do sofá, ela caminhou rapidamente até seu quarto e voltou minutos depois com um celular diferente.

Christopher franziu o cenho, intrigado com a aparição de outro aparelho. Ela, percebendo sua curiosidade, explicou:

Esse é meu antigo celular, que usei durante a investigação em Duskwood. Eu troquei de celular depois daquilo, mas mantive esse guardado comigo. Nunca se sabe quando vai precisar de uma ajudinha extra.

O policial, ainda confuso, perguntou:

E como isso vai nos ajudar?

Sentando-se novamente no sofá, Alejandra abriu a pasta onde havia armazenado o aparelho antigo e iniciou um aplicativo de mensagens.

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