Alejandra olha o relógio no celular, que indica 01:00 da manhã, e levanta-se, já que não consegue dormir. Ela encontra Jake concentrado no notebook, trabalhando na investigação. Ela o pergunta:
— Descobriu algo?
Jake responde:
— Encontrei algo nos arquivos da escola.
Ela senta ao lado dele, amarrando seu robe, e diz:
— Me mostra.
Ele abre um mapa da escola com várias salas, incluindo a sala com uma fechadura digital que ela havia visto na escola durante sua análise.
Era uma espécie de porta de mantimentos para a merenda. Ela encara Jake e pergunta:
— Mas por que aquela sala foi o único espaço não afetado pelo incêndio?
Jake observa seu rosto próximo ao dele, mas rapidamente se concentra na investigação novamente. Ela fica pensativa, até que ele não resiste e diz:
— Eu te amo.
Ela desvia o olhar do nada e encara-o com firmeza, dizendo:
— O que você disse?
Jake fica nervoso de repente, seu coração treme, suas mãos suam, e ele muda de assunto:
— Eu amo sua dedicação ao investigar.
Ela sorri para ele e diz:
— Na verdade, é muito aterrorizante quando a gente está literalmente envolvido na investigação presencialmente. Naquela época, estar atrás do telefone era mais fácil lidar com ataques, traumas, e decisões.
Jake fica feliz por ela não ter escutado sua declaração romântica e diz:
— Por isso não poderia permitir que você tivesse sido a mina. Eu não suportaria perdê-la.
Ela parece perdida em pensamentos para si.
Depois, ela levanta-se, pega suas investigações e monta uma linha entre a primeira investigação e a segunda sobre a mesa. Ela releu tudo enquanto pensava e pensava.
Após um momento, ela diz:— Os desenhos nas paredes pareciam... - Diz, com a voz trêmula: — Sabe, quando minha irmã fez terapia por causa da perda do olho, ela também fazia desenhos estranhos.
— Desenhos estranhos? - Pergunta Jake, curioso.
— Sim. - Responde ela, lembrando sobre as fotos na escola: — Aqueles desenhos eram uma forma dela expressar o que sentia. Na faculdade, ela sofreu muito bullying, e não conseguia colocar em palavras tudo aquilo. Os desenhos... bem, eles significavam que algo estava errado.
Jake franze a testa.
— Mas por que desenhar? O que isso tem a ver com o que ela estava passando?
— As crianças que enfrentam abusos ou traumas muitas vezes não conseguem se expressar verbalmente. Para elas, a arte se torna uma forma de comunicação. Quando minha irmã desenhava figuras distorcidas, isso mostrava sua confusão emocional. As cores escuras refletiam a tristeza que ela sentia, e as imagens repetitivas revelavam sua ansiedade.
Ela pensa nos desenhos nas paredes e, com um suspiro profundo, diz:
— Então temos uma base para o incendiário que atacou a escola infantil. O que ele fez foi um grito desesperado.
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MOONWOOD- The last drawing
FanfictionAnos após os eventos em Duskwood, Alejandra tenta reconstruir sua vida. No entanto, um pedido de ajuda a leva a descobrir que sua cidade atual é cercada por mistérios e mortes cercadas por desenhos macabros de crianças. Impulsionada por seu instinto...