Capítulo 19

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Alejandra olha o relógio no celular, que indica 01:00 da manhã, e levanta-se, já que não consegue dormir. Ela encontra Jake concentrado no notebook, trabalhando na investigação. Ela o pergunta:

Descobriu algo?

Jake responde:

Encontrei algo nos arquivos da escola.

Ela senta ao lado dele, amarrando seu robe, e diz:

Me mostra.

Ele abre um mapa da escola com várias salas, incluindo a sala com uma fechadura digital que ela havia visto na escola durante sua análise.

Era uma espécie de porta de mantimentos para a merenda. Ela encara Jake e pergunta:

Mas por que aquela sala foi o único espaço não afetado pelo incêndio?

Jake observa seu rosto próximo ao dele, mas rapidamente se concentra na investigação novamente. Ela fica pensativa, até que ele não resiste e diz:

Eu te amo.

Ela desvia o olhar do nada e encara-o com firmeza, dizendo:

O que você disse?

Jake fica nervoso de repente, seu coração treme, suas mãos suam, e ele muda de assunto:

Eu amo sua dedicação ao investigar.

Ela sorri para ele e diz:

Na verdade, é muito aterrorizante quando a gente está literalmente envolvido na investigação presencialmente. Naquela época, estar atrás do telefone era mais fácil lidar com ataques, traumas, e decisões.

Jake fica feliz por ela não ter escutado sua declaração romântica e diz:

Por isso não poderia permitir que você tivesse sido a mina. Eu não suportaria perdê-la.

Ela parece perdida em pensamentos para si.

Depois, ela levanta-se, pega suas investigações e monta uma linha entre a primeira investigação e a segunda sobre a mesa. Ela releu tudo enquanto pensava e pensava.
Após um momento, ela diz:

Os desenhos nas paredes pareciam... - Diz, com a voz trêmula: — Sabe, quando minha irmã fez terapia por causa da perda do olho, ela também fazia desenhos estranhos.

Desenhos estranhos? - Pergunta Jake, curioso.

Sim. - Responde ela, lembrando sobre as fotos na escola: — Aqueles  desenhos eram uma forma dela expressar o que sentia. Na faculdade, ela sofreu muito bullying, e não conseguia colocar em palavras tudo aquilo. Os desenhos... bem, eles significavam que algo estava errado.

Jake franze a testa.

Mas por que desenhar? O que isso tem a ver com o que ela estava passando?

As crianças que enfrentam abusos ou traumas muitas vezes não conseguem se expressar verbalmente. Para elas, a arte se torna uma forma de comunicação. Quando minha irmã desenhava figuras distorcidas, isso mostrava sua confusão emocional. As cores escuras refletiam a tristeza que ela sentia, e as imagens repetitivas revelavam sua ansiedade.

Ela pensa nos desenhos nas paredes e, com um suspiro profundo, diz:

Então temos uma base para o incendiário que atacou a escola infantil. O que ele fez foi um grito desesperado.

MOONWOOD- The last drawing Onde histórias criam vida. Descubra agora