Capítulo 2

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Alejandra, ainda em choque com a notícia, decidiu se aproximar do policial responsável pela investigação.

Ela caminhou com passos hesitantes, seus olhos encontrando os do homem à medida que se aproximava.

Senhor policial?! - Disse ela com firmeza.

O policial se virou, encarando a bela mulher diante dele, e com um tom gentil respondeu:

Por favor, se afaste, esta é uma área isolada.

— Eu falei com Kaya ontem à noite. Ela parecia bem. - Ela contou.

Ele a encarou por um tempo até que perguntou desconfiado:

Então a senhorita foi a última pessoa que a viu viva ontem?

Alejandra, sem se intimidar, continuou:

Eu estava sentada na minha varanda quando ela chegou do trabalho. Trocamos algumas palavras, e ela entrou em casa. Depois disso, não a vi mais até esta manhã. O que aconteceu?

O policial encarou-a, meditando sobre suas palavras antes de responder:

Sinto muito, mas apenas familiares e amigos têm direito à informação.

Alejandra, sentindo a necessidade de entender a situação, rebateu:

Se há uma possibilidade de existir um assassino à solta neste bairro, todos devemos ter acesso a informações cruciais para proteger nossa comunidade. Essa é uma questão de segurança pública, e merecemos saber o que está acontecendo.

O policial a observou por um momento antes de dizer:

A senhorita pode se arrumar? eu gostaria de pegar seu depoimento na delegacia.

Alejandra concordou e entrou em sua casa para se arrumar.

Enquanto o corpo de Kaya era levado pelo IML, a multidão de vizinhos, apavorados e em choque, retornava para suas casas.

Pois após o acidente na escola, as histórias sobre o incendiário ganharam proporções amedrontadoras.

Desde o incêndio ocorrido há três meses, uma série de coincidências alarmantes surgiram no pequeno bairro. Desenhos macabros começaram a aparecer do lado de camas de crianças, retratando figuras sombrias que observavam outras crianças dormindo.

Alguns desenhos representavam crianças segurando facas em suas mãos, enquanto outros mostravam crianças em meio ao fogo. Cada pessoa que recebia um desses desenhos misteriosos era encontrada assassinada logo em seguida.

Alejandra, que não estava ciente dessas histórias até então, estava prestes a descobrir os detalhes sórdidos dessa série de eventos sinistros que assombravam o bairro.

E o que antes parecia apenas um pequeno e tranquilo distrito agora se transformava em um lugar de horror e suspeitas.

Após alguns minutos, ela emergiu da porta de sua casa, agora vestindo uma camisa de algodão branca elegante, uma calça preto confortável e um blazer marinho sobre os ombros, combinando com um par de sapatos de salto baixo em tom nude. Ela encontrou a viatura do policial ainda estacionada em frente à sua residência, esperando para levá-la até a delegacia.

Os dois trocaram um breve olhar antes que o policial abrisse a porta para ela entrar no carro.

O trajeto até a delegacia foi feito em silêncio, com Alejandra observando o cenário pela janela, enquanto tentava digerir as recentes informações e se preparar para o depoimento.

MOONWOOD- The last drawing Onde histórias criam vida. Descubra agora