Capítulo 12

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Alejandra se via presa em um pesadelo.

Quando os passos pesados começaram a ecoar pelo corredor, um frio na espinha a percorreu. O som da borracha das botas abafadas pelo piso úmido era como um aviso sinistro, um prenúncio do que estava por vir. Com o coração acelerado, ela olhou para o lado direito e, em um impulso de sobrevivência, desligou sua lanterna. O escuro a envolveu como um manto pesado, mas não havia tempo para hesitar.

Sem pensar duas vezes, Alejandra se lançou na escuridão. Cada movimento seu era calculado, tentando minimizar qualquer barulho que pudesse denunciar sua posição.

O silêncio da noite era cortado apenas pela sua respiração ofegante e pelo eco dos passos atrás dela. A adrenalina pulsava em suas veias enquanto ela corria, a visão limitada a sombras indistintas que se moviam ao seu redor.

De repente, a desgraça aconteceu: seu pé encontrou uma mesa que parecia ter surgido do nada. O impacto foi brutal, e ela sentiu a dor aguda subir pela perna enquanto levava as mãos à boca para abafar um grito involuntário.

O som da madeira batendo no chão parecia ensurdecedor no silêncio ameaçador do corredor. Ela estava certa de que o assassino havia ouvido e, com isso, o som dos passos pesados aumentou, aproximando-se rapidamente.

Desesperada, Alejandra correu sem olhar para trás, seu peito subindo e descendo em pânico. A cada passo que dava, sentia que o horror estava prestes a alcançá-la. Ao se aproximar de uma sala à direita, ela não percebeu a figura à espreita na escuridão até ser puxada abruptamente pelo braço. Seu corpo colidiu contra a parede gelada com um baque surdo.

Uma mão forte e firme foi colocada sobre sua boca antes que pudesse emitir qualquer som. Ela apenas ouviu um "Shiiii"

Ela lutou contra a figura invisível, acreditando ser o temido assassino Void.

Mas então, uma voz rouca, forte e calma masculina emergiu da penumbra:

"Sou eu, Jake".

O reconhecimento veio como um sopro de alívio em meio ao terror; Jake estava ali com ela.

Ela assentiu rapidamente com a cabeça, e ele retirou a mão de sua boca. Antes que pudesse perguntar o que ele estava fazendo ali ou como ele tinha chegado até aquele lugar, o assassino irrompeu na sala escura. Ele parou à porta, próximo o suficiente para que seus olhos pudessem discernir seu perfil ameaçador.

Os dois ficaram imóveis por um instante interminável, apenas suas respirações entrelaçadas quebrando o silêncio opressivo. Foi então que um gato atrevido atravessou a janela aberta e atraiu toda a atenção do assassino. Em um acesso de fúria cega, ele ergueu uma cadeira e arremessou-a em direção ao felino que já havia desaparecido pela janela. O grito macabro dele ecoou pelas paredes frias enquanto ele deixava a sala.

Jake respirou aliviado ao perceber que estavam temporariamente fora de perigo. Ele puxou Alejandra para fora da janela antes que o assassino pudesse voltar. Com agilidade, ele saltou primeiro e a segurou firmemente quando ela seguiu logo atrás dele.

Os dois correram juntos pela noite escura, deixando para trás não apenas aquele lugar aterrorizante mas também uma parte de si mesmos marcada pelo medo e pela adrenalina da fuga desesperada.

Quando finalmente decidiram parar para descansar, o ambiente ao redor parecia ter se aquietado, como se o mundo estivesse respeitando aquele momento.

Ela se jogou nos braços dele com uma mistura de alívio e emoção. O peso da adrenalina escapava de seus corpos, e por um instante, o perigo que os cercava parecia distante.

Por um momento pensei que iria morrer. - Disse ela, a voz trêmula ainda da experiência intensa que acabaram de viver.

A preocupação a levou a agir por impulso, e agora, ali nos braços dele, sentia-se segura.

MOONWOOD- The last drawing Onde histórias criam vida. Descubra agora