MOONWOOD- The last drawing

Capítulo 22

Alejandra, com o tornozelo ainda doendo, caminha devagar e com dificuldade em direção ao agente que prendeu Jake.

Seus passos são hesitantes, mas sua determinação a mantém em movimento. Ela encara o agente, seus olhos se conectam e, sem hesitar, ela pergunta:

— Posso falar com ele? Ele ajudou a encontrar a professora desaparecida.

O agente, sem conseguir desviar o olhar dos olhos intensos e emocionados de Alejandra disse:

— Você é a pessoa que ele manteve contato naquela época, não foi?

Ela assente e o agente continua:

— Agradeça por não a termos encontrado antes. Vá e seja rápida.

Ele abre a porta do camburão e puxa Jake para fora, mantendo-o próximo o suficiente para que ela possa falar com ele.

O agente se afasta.

Jake e Alejandra se encaram, uma mistura de emoções iluminando seus rostos. Ela franze o cenho, uma centelha de indecisão cruzando seu olhar, e então ela toma uma decisão.

Alejandra se aproxima e o beija, seus lábios se tocam em uma promessa silenciosa.

Ele a encara surpreso, mas devolve o beijo com a mesma intensidade.

Ele desejava abraçá-la, mas as mãos algemadas dele o impedem.

Eles se afastam lentamente, seus olhares se prendendo um no outro, como se tentassem transmitir tudo o que não foram capazes de dizer em palavras.

Alejandra finalmente quebra o silêncio, sua voz é suave e triste:

— Você sempre foi como um amigo para mim. Mas eu não sei mais o que ou como me sinto em relação a você. Mas eu vou te esperar. Demore o tempo que for. Estarei aqui, esperando você sair e vir até mim.

Uma lágrima escorre pelo rosto de Jake, suas emoções finamente equilibradas entre a gratidão pela promessa de Alejandra e o remorso pelo seu passado. Ele olha para ela e diz:

— Eu queria ter conhecido você anos antes de fazer o que fiz.

Ela concorda com a cabeça, partilhando o mesmo sentimento:

— Eu também.

Como se quisessem compensar o tempo perdido, eles se abraçam apertadamente, tentando memorizar a sensação de estarem juntos.  E Jake faz um último pedido:

— Por favor, não me visite. Eu não quero que você frequente aquele lugar. Me prometa.

Ela pensa e assente.

O agente, vendo que a conversa chegou ao fim, afasta Alejandra e coloca Jake de volta no camburão. Jake não consegue desviar o olhar de Alejandra, tentando encher-se de sua presença até o último momento.

A viatura do FBI leva Jake preso e Alejandra fica parada, observando-o ir embora.

Ela pode sentir o gosto do beijo de Jake em seus lábios, como uma promessa silenciosa de que eles se reencontrarão.

Um policial se aproxima e a leva até os paramédicos para verificar se ela está ferida.

Alejandra menciona o tornozelo, e eles rapidamente a atendem.

Enquanto isso, Alejandra e Jake, embora separados, pensam um no outro.

Ele, encarcerado e encarando um futuro incerto, mantém o coração aquecido pela promessa de Alejandra.