MOONWOOD- The last drawing

Capítulo 13

Enquanto ela olhava ao redor, ele a observou com atenção, seus olhos parecendo captar cada detalhe do rosto dela em câmera lenta.

Alejandra era realmente bonita; seus traços bem definidos, os cílios longos dançando ao vento, e seus lábios, mesmo sem batom, tinham uma cor rosada irresistível. O jeito como ela movia os lábios enquanto engolia em seco a tornava ainda mais atraente. Jake queria elogiá-la, mas sua timidez e os sentimentos secretos que nutria por ela o impediam.

Então, Alejandra se virou e disse:

— Ninguém a vista. Enfim, eu vi desenhos macabros na parede. Acho que o responsável ateou fogo na escola como uma forma de vingança.

— Você acha mesmo? - Jake perguntou.

Ela assentiu e continuou:

— Acredito que sim. Os desenhos mostram crianças com olhos brancos observando outras crianças na cama. Cada pessoa que ele matou era parente de alguém que trabalhava na escola. Só consigo pensar em vingança pessoal. Pode ser um aluno ou um funcionário, não sei. O estranho é que havia uma porta de metal intacta.

— De metal? - Jake franziu a testa ao perguntar.

Alejandra confirmou e prosseguiu:

— E tinha uma fechadura digital. Por que ninguém mencionou essa porta no relatório da polícia?

Ele retrucou:

— Talvez eles não soubessem.

Ela respondeu:

— Impossível. A porta estava no corredor que leva ao refeitório e do outro lado havia mais salas de aula. O que faremos agora? Podemos chamar um carro e voltar pra casa, e você me explica por que veio até aqui.

Jake sinalizou para se afastarem para um lugar mais discreto e explicou:

— Como eu disse, não podia deixar você em perigo sozinha. Decidi vir até você para protegê-la. Consegui acessar seu smartphone e localizei seu GPS durante a corrida de táxi, então cheguei primeiro—e no momento certo.

Ela revirou os olhos, mas acabou concordando:

— Sim. Enfim, sinto que atrás daquela porta está Nina Mayer.

Jake hesitou um momento e perguntou:

— Você tem certeza disso?

Ela confirmou:

— Minha intuição diz que sim.

Jake respondeu:

— Então confio na sua intuição.

Alejandra sorriu timidamente e questionou:

— Mas a única dúvida é: por que ele a manteve viva todo esse tempo?

O hacker refletiu:

— Essa é uma ótima pergunta.

Quando Jake se aproximou de uma árvore com uma sombra escura, ele removeu o plástico preto, o brilho da moto se destaca, revelando suas linhas elegantes e a pintura vibrante.

O olhar dela é de surpresa e curiosidade, um cenho franzido mostrando que ela não esperava por aquilo.

— Não se preocupe, não é roubada. Eu comprei. - Ele disse com um sorriso no rosto.

— Comprou? - Ela perguntou, ainda cética.

Jake sorriu ainda mais, colocando o capacete na cabeça dela e prendendo com cuidado. Seus olhares se encontraram e, de repente, ele ficou nervoso.