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"Tudo que eu quero é um amor que dureIsso é pedir demais?Há algo de errado comigo?"

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"Tudo que eu quero é um amor que dure
Isso é pedir demais?
Há algo de errado comigo?"

All I Want - Olivia Rodrigo


Após a intensa batalha e a fuga bem-sucedida, Jasper, Ella e Ethel finalmente chegaram de volta a casa onde estavam hospedados. O caminho de volta foi silencioso, cada um perdido em seus próprios pensamentos sobre o que havia acontecido e o que significaria para o futuro.

Ao chegarem na casa, Ethel olhou em volta, ainda um pouco tímida, mas claramente aliviada por estar em um lugar seguro.

— Você está segura agora, Ethel. — disse Rosella, olhando nos olhos da garota e sorrindo de maneira encorajadora. — Vamos cuidar de você.

Jasper, ao lado de Rosella, observava a garota com um olhar protetor. Ela havia desenvolvido um carinho inesperado pela híbrida, talvez porque ela lhe lembrasse Theodore.

— Está tudo bem, Ethel. — disse Jasper carinhoso para ajudar a quebrar o gelo. — Aqui, você terá uma chance de viver sem medo.

Ethel, sentindo a sinceridade nas palavras deles, sorriu timidamente. Ela estava começando a perceber que essas pessoas não eram como aqueles que a mantiveram presa. Eles realmente se importavam.

Rosella se aproximou e se agachou para ficar na altura dos olhos de Ethel.

— Você está com fome? — perguntou ela suavemente. — Podemos arranjar algo para você comer. — Ethel hesitou por um momento antes de responder.

— Eu... eu acho que sim.

Rosella sorriu e fez um gesto para ele se sentar no sofá enquanto ela se dirigia à cozinha improvisada do quarto do resort para preparar algo simples para a garota. Jasper ficou com Ethel, sentado ao seu lado e tentando fazê-la se sentir mais à vontade.

— Você tem algum dom especial, Ethel? — perguntou Jasper, curioso, mas também querendo iniciar uma conversa que pudesse distrair a garota.

Ethel olhou para baixo, mexendo nervosamente nas mãos antes de responder.

— Acho que sim. — Ela parou por um momento, parecendo incerto se deveria continuar. — Eu posso... posso fazer as pessoas me ouvirem. Mesmo que elas não queiram.

Jasper franziu a testa, intrigado.

— Como assim? Você pode controlar as ações delas?

— Não exatamente. Mas eu posso fazê-las me escutarem e acreditarem no que eu digo.

Rosella voltou com um prato de frutas, pois era a única coisa que havia na casa, entregando-o a Ethel e ouvindo a conversa.

— Isso é um dom incrível, Ethel. — disse ela, sentando-se ao lado dela. — Pode ser muito útil, mas também deve ser usado com sabedoria.

Ethel assentiu, parecendo um pouco mais confiante com o apoio que estava recebendo. Ele pegou o prato e começou a comer lentamente, ainda processando tudo o que havia acontecido.

— Nós vamos te ajudar a entender e controlar esse dom. — continuou Jasper. — E vamos garantir que você nunca mais tenha que usar ele para se proteger de pessoas que querem te fazer mal.

Ethel olhou para Jasper e Rosella, sentindo uma mistura de alívio e gratidão. Pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu que tinha uma chance real de ser feliz e seguro.

Enquanto Ethel comia, Rosella e Jasper compartilharam um olhar silencioso de compreensão. Eles sabiam que estavam começando uma nova jornada, não apenas como um casal recém-casado, mas também como pais, e agora protetores de uma criança especial que precisava deles.

Depois que Ethel terminou de comer, Rosella o levou para ver o quarto que Jasper e ela estavam "usando". Os olhos da garota se arregalaram ao ver o espaço acolhedor e cuidadosamente decorado.

— Isso... isso é para mim? — perguntou Ethel, incrédula.

— Sim. — respondeu Rosella, sorrindo. — Este é o seu quarto agora. Esperamos que você goste.

Ethel olhou ao redor, tocando timidamente os móveis e as decorações, pois onde viveu a maior parte da sua vida era sujo e escuro, não se parecia nada com o lugar onde ficava presa.

— Eu nunca tive um quarto só meu antes.

— Agora você tem. — disse Jasper, entrando no quarto e se posicionando ao lado de Rosella. — Aqui você pode ser quem quiser ser, sem medo.

Ethel sorriu, seus olhos brilhando com uma nova esperança.

— Obrigada. — Murmurou ela, olhando para Rosella e Jasper. — Obrigada por tudo.

— Nós estamos felizes de ter você conosco. — disse Rosella, colocando uma mão carinhosa no ombro de Ethel. — Agora descanse um pouco. Você teve um dia muito longo.

Ethel assentiu e se deitou na cama, sentindo uma paz que há muito não experimentava. Jasper e Rosella saíram do quarto, fechando a porta suavemente atrás deles.

— Ela vai ficar bem. — disse Jasper, envolvendo Rosella em um abraço. — Nós vamos garantir isso.

— Sim, vamos. — respondeu Rosella, descansando a cabeça no peito de Jasper. — Estou com saudade do Theo.

— Eu também. — Jasper beijou a testa da esposa.

Enquanto os dois se abraçavam, sentiam uma renovada determinação. Jasper e Rosella ficaram alguns minutos abraçados, desfrutando da sensação reconfortante do contato físico e do apoio mútuo. A lua cheia brilhava através da janela, iluminando o quarto de Ethel e refletindo na pele pálida dos vampiros, criando um ambiente sereno e ao mesmo tempo cheio de expectativa.

— Ela está segura agora, Rosella. — Jasper disse suavemente, mantendo os braços ao redor da esposa. — Não vamos deixá-la sozinha.

Rosella levantou a cabeça para olhar nos olhos de Jasper. Havia uma determinação profunda em seus olhos, uma promessa silenciosa de proteção e amor. Ela sabia que, com Jasper ao seu lado, poderiam enfrentar qualquer adversidade.

— É difícil acreditar que ela passou por tudo isso, não é? — Rosella comentou, sua voz cheia de tristeza e indignação. — Como alguém pode fazer isso com uma criança? Não consigo nem imaginar nosso filho nessas condições...

Jasper apertou-a um pouco mais, tentando transmitir todo o seu apoio e carinho.

— Não vamos pensar nisso agora. Vamos focar em como podemos ajudá-la, em como podemos fazer com que ela se sinta segura e amada.

— Sim, é isso que importa. Eu não quero que ela sinta medo ou solidão nunca mais. Ela vai crescer, com a nossa família.

Eles se separaram lentamente, mas ainda segurando as mãos um do outro, prontos para o que estava por vir. Caminharam pelo corredor em direção à sala, onde o silêncio da noite parecia amplificar o peso das decisões que haviam tomado. 


Twiligth Waning Moon - Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora