Rosella Swan, a filha mais velha do ex casal Charlie Swan e Renée Dwyer, foi uma criança doce em sua infância, apesar de sua peculiaridade, Ella nunca deixou de ter uma vida normal, tinha muitos amigos na escola, saia em ocasiões sociais com amigos...
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"Só mais uma lágrima para chorar Uma gota de lágrima do meu olho É melhor você a guardar Para o meio da noite"
End of Beginning - Djo
Rosella encarava Theodore com um brilho intenso nos olhos. Os olhos vermelhos dela estavam fixos no bebê que, apesar de ter apenas seis dias, aparentava ter no mínimo seis meses de idade. Theo já tinha até mesmo dentes nascidos, um sinal da velocidade de seu crescimento, uma consequência da gestação acelerada de apenas 29 dias.
— Ma- ma. — Theodore balbuciou, mordendo o mordedor de silicone em suas mãos.
Rosella sorriu ao ouvir a tentativa de seu filho de chamá-la. Ela o pegou no colo, e Theodore deu uma risada alta, encantado com a atenção da mãe. Ella esfregou seu nariz no de Theodore, provocando mais risadas do bebê, enquanto segurava seu rostinho pequeno e adorável.
— Meu monstrinho. — Ella disse, sorrindo para ele. — Desculpa... acho que a mamãe pegou muito pesado com você. Mas eu estava apenas assustada, você me perdoa?
Theodore apenas encarou a mãe com seus olhos azuis fixos nos olhos vermelhos dela, sua expressão inocente e cheia de curiosidade.
— Ele te perdoa. — Edward disse, aproximando-se silenciosamente.
Ella se virou para encarar Edward, surpresa com a súbita presença do cunhado.
— Consegue ouvi-lo? — Ella perguntou, curiosa.
— Sim, e ele é bem mais maduro do que parece. — Edward respondeu, sentando-se ao lado da cunhada no chão. — Assim como o meu filho.
— Deve se sentir aliviado agora que sabe que não são como vocês. — Ella comentou, observando o sobrinho e refletindo sobre a situação.
— Sim... — Edward olhou para o sobrinho e sorriu. — Ele ama você e sente muito por ter te feito sofrer.
Rosella arregalou os olhos, olhando imediatamente para Theodore, sentindo-se extremamente culpada. Pelas palavras duras, pelo que fez com seu próprio bebê. Theodore deve ter sofrido muito mais do que ela.
Seus olhos azuis estavam cheios de curiosidade e inocência, mas a mente de Rosella estava longe dali, presa em um turbilhão de emoções conflitantes.
A transformação em vampira havia sido uma experiência dolorosa e aterrorizante. A sede constante era um lembrete implacável de sua nova condição. Seus sentidos aguçados, se transformaram em uma maldição. Cada som, cada cheiro, cada visão era intensificado a um ponto quase insuportável. A pior parte, no entanto, era a perda da capacidade de chorar. A dor emocional que ela sentia era avassaladora, mas não havia lágrimas para aliviá-la.
Enquanto Theodore balbuciava e tentava alcançar seu rosto com suas pequenas mãos, Rosella sentiu uma onda de tristeza esmagadora. Ela amava seu filho mais do que tudo no mundo, mas a culpa por tudo o que ele tinha passado e pelo que ela havia se tornado era imensa. Ela queria ser uma mãe perfeita para ele, mas a verdade era que ela se sentia quebrada por dentro.
