Capítulo 19

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VALENTINA SANTINELLE (+18)

-Eu sei, eu sei, foi terrível! - Emma ri e eu a acompanho - Imagine o susto que levei quando os encontrei assim. Na cabeça de Luca e Pietro não havia problema algum em amarrar as mãos e se jogarem no lago para tentar escapar.

-N-não sei como c-conseguiu, eu teria enl-louquecido.

-Tive minha cota de loucuras ao longo dos anos. - Emma sorri nostálgica, balançando a cabeça para o nada - Fico feliz que tenha se juntado à nossa família, Valentina. É muito bem-vinda.

-N-não que tenha sido r-realmente uma escolha. - Brinco com a situação.

-Sempre é uma escolha, querida. Sendo sincera com você, é bom ter uma nova relevância na vida de Pietro. Meu filho sempre pareceu temer a si mesmo, como se nunca estivesse pronto para assumir tudo o que sua genética trás. Acredito que por isso ele tenha se formado em medicina, nunca foi paixão pela profissão de verdade, era mais uma escapatória para o que ele realmente é.

-O que s-seria?

-Um Santinelle. Parece egocêntrico, eu sei, mas há algo sobre essa família que parece hereditário e às vezes contagioso. É como se todo Santinelle tivesse uma força, como um demônio interno que os leva a apreciar toda a matança que nosso mundo proporciona. As pessoas fantasiam nossos interrogatórios e toda a tortura, mas consegue imaginar como é difícil ferir alguém sabendo que terá que matá-la para conseguir informações? Aos não preparados os gritos de horror podem aterrorizá-los pelo resto de suas vidas.

-A se-senhora tem isso t-também? A força interna?

-Não, talvez uma perspectiva diferente das coisas, é contagioso quando se passa tanto tempo sob o peso desse sobrenome. Não sou uma Santinelle de "sangue puro", os verdadeiros amaldiçoados da história, meu pai foi adotado e por isso estávamos na família.

-Pietro optou p-pela medicina para fugir então?

-É a minha teoria. Ele nunca assumirá isso para alguém, não o faz nem para si mesmo. Meu filho passou todos esses anos tentando fugir do que era só para chegarmos a este momento.

-Qu-qual?

-Pietro voltou a matar e não acho que parará agora. Ele está finalmente assumindo o legado de sua família e aceitando quem realmente é.

Um som de destrave ecoa por todo o apartamento, acompanhado de passos despreocupados até que Pietro surja na entrada da sala, com uma sacola na mão e as roupas imundas de sangue. Não que ele pareça se importar com o próprio estado.

-Senhoras.

-Veja que coincidência, eu estava de saída! - Emma pega sua bolsa e salta do sofá com uma velocidade impressionante - Nos vemos depois querida, ainda temos muito o que conversar.

-Será um p-prazer. - Sorrio em concordância e me levanto também, nos despedindo com um beijinho na bochecha antes dela sair.

-E você, meu querido, está urgentemente precisando de um banho. - Ordena ao filho, parando para lhe beijar também.

-Sim, senhora. - Pietro dá-lhe um sorriso brilhante e Emma desfila pelo hall de entrada até a porta.

Sentindo-me um pouco inquieta, caminho até a cozinha para guardar todo a louça que a senhora Emma e eu sujamos durante o café com bolinhos na lava-louças. Não percebi que Pietro havia me seguido e pelo silêncio opressor do apartamento posso garantir que a senhora Emma já se foi também.

-Está f-feito? - Pergunto, sem conseguir esconder minha agitação.

-Está. - Mexe a cabeça em concordância e me estende a sacola - Trouxe um presente para você. Uma pequena surpresa.

-S-surpresa? Para mim? - Sorrio e pego a sacola, olhando a embalagem de presente dentro - E-eu nunca ganhei u-uma.

-Tornarei um hábito recorrente então. - Dá-me um pequeno sorriso e coloco a sacola sobre o balcão, para conseguir desfazer o embrulho.

-Um celular?! - Pergunto admirada - E-eu nunca tive um celular!

-Agora é seu e já está protegido com o sistema da Famiglia, pode usar como quiser.

-Grazie! - Pulo em seu pescoço, abraçando-o com força - Grazie per tutto. Grazie.

-Não precisa agradecer, passione mio. - Pietro me coloca sentada sobre a ilha da cozinha, suas mãos firmes em meu quadril - Me perdoe por hoje, eu deveria ter chegado antes.

-Você e-estava lutando contra o-outro invasor, não é sua culpa. - Encolho meus ombros, colocando a caixa do celular ao meu lado, sobre o mármore - O c-culpado já pagou.

-Sinto tanto. - Ele segura meu rosto em suas mãos e beija suavemente meus lábios para não incomodar meu lábio machucado - Tanto.

-N-não é sua c-culpa. - Seguro seu rosto, acariciando suas bochechas com meus polegares - V-você é a melhor coisa que j-já me aconteceu, Pietro. Eu te a-amo.

-Eu te amo, Valente. Minha Valente. - Nos beijamos suavemente outra vez - Está dolorida?

-Só meu olho.

-Bom. Eu não quero te obrigar a nada...

-E-eu quero também. - Seguro em seus ombros - M-mas você está com u-um cheiro forte de s-sangue.

-Oh, desculpe. - Pietro rapidamente abre os botões de sua camisa e a joga para longe, os sapatos, meias e calça em sequência. Agora está diante de mim, com apenas uma cueca boxer. Posso não ter muita experiência, mas sei que o quero... muito, assim como ele também, ninguém consegue fingir o volume que se destaca no tecido preto.

Suas mãos sobem por minhas pernas e desaparecem sob meu vestido. Seu polegar brinca entre as minhas pernas e um tremor forte percorre minha espinha enquanto Pietro brinca comigo usando o tecido de minha peça íntima como atrito.

Seu dedo se afasta e serpenteia por minha pele até minhas laterais. Seus dedos agarrando o tecido e me fazendo remexer contra o mármore fria para que minha calcinha saia do meu quadril, deslizando sem dificuldade por minhas pernas até cair no chão. Seguro a barra do meu vestido, puxando-o para cima e para fora de mim, deixando que caísse sobre o mármore. Pietro separar minhas pernas e se coloca entre elas, suas carícias em meu ponto mais sensível retornando.

-Isso, passione, relaxe. - Pietro elogia, mordiscando meu pescoço enquanto meus dedos afundam em seu braço e seu ombro. Seu polegar acelera os movimentos e o estímulo deixa-me trêmula.

-P-Pietro.

Sua mão desce a boxer até que ela tenha desaparecido da minha vista e escorregado por suas pernas. Ele segura sua ereção, posicionando-se em minha entrada sem parar de me estimular. Ao contrário da última vez Pietro não optou pelo progresso medido, simplesmente colocou-se dentro de mim, fazendo-me arfar de surpresa.

Seus movimentos são lentos e gradualmente acelerados. Pietro abandona minha sensibilidade para segurar meus quadris e enterrar o rosto em meu pescoço, beijando e mordiscando outra vez. Não contive meus gemidos, que juntamente com o barulho de choque entre nossos corpos, ecoaram pelo silencioso apartamento.

Pietro me tirou dali, colocando-me no chão e me fazendo debruçar contra a ilha. O mármore gelado contra meus seios aquecidos tornou a experiência ainda mais singular. Ele continuava suas investidas enquanto, de alguma forma, debruçava em minhas costas e continuava a me estimular. Pietro aperta meus quadris com força e sinto seu gozo dentro de mim, consigo ver por cima do ombro sua cabeça jogada para trás, os músculos endurecidos proporcionando uma belíssima visão e as veias em seus braços e pescoço parecendo saltar. Quando se recupera, Pietro volta a se debruçar sobre mim, estimulando meu ponto sensível até que eu mesma tenha alcançado o clímax.


O Mestre - Contos Santinelle 02Where stories live. Discover now