capítulo 21

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P.o.v Marília

Eu não acredito que estava realmente levando Maraisa para a casa dos meus pais.

Vou ter que aguentar meu pai babando a querida Senhorita Henrique, ele ama essa menina mais que a mim se brincar.

Eu tava tentando ao máximo ser simpática com ela. Nesse momento estávamos no meu carro, ela tava calada ouvindo Adele, por incrível que pareça isso acabou me acalmando também, o barulho quase silencioso do carro, a voz de Adele, e aquele perfume gostoso invadindo meu olfato.

Fui entrando na mansão dos meus pais, o segurança logo me conheceu e liberou a entrada. Maraisa parecia admirada.

— Uau que mansão!

Eu estacionei o carro no jardim da mansão, ia abrir a porta pra Maraisa, mas ela abriu antes que eu chegasse do outro lado.

Eu ia ser cavalheira e abrir a porta pra ela, mas a menina é como eu, e tá pouco se fudendo pra cavalheirismo.

— Gostou da casa senhorita Henrique? – Eu falei olhando pra casa exagerada.

— É perfeita!

— É porque ainda não viu por dentro. Minha mãe é muito exagerada.

Eu e ela saímos caminhando em direção a mansão.

— Por que não mora aqui? Prefere viver sozinha em um apartamento?

Eu toquei a campainha, antes de responde-la.

— Eu gosto de ter meu próprio espaço, nunca soube viver sobre comandos, gosto de silêncio, e a mamãe e o papai podem ser bem invasivos as vezes. Mas eu também acho exagerado uma casa tão grande.

Eu percebi ela brincando com os próprios dedos.

— Sinto saudade dos meus pais, gostaria que eles fossem invasivos na minha vida. As vezes eu queria ouvir conselho deles.

Ela desviou o olhar para ao chão.

— O que aconteceu com eles? Desculpe a pergunta, se for incoveniente.

— Eles morreram em um acidente de carro, eu fui para um orfanato, completei 18 anos, passei pra uma faculdade, então resolvi seguir minha vida.

— Onde conheceu o senhor Marques e senhorita Pereira?

— Na faculdade, Maiara veio da Alemanha, e Bruno era aqui dos EUA, eles dois nunca se deram muito bem com os pais também.

A porta abriu, e eu pude ver o sorriso de Anjela ao me ver.

Angela me abraçou, eu retribui na mesma intensidade, eu estava morrendo de saudades dessa mulher.

— Marilia querida, custei acreditar quando seu pai mencionou que iria vir para o jantar.

— Senti saudades Anjela, como está seus filhos?

— Enormes! Crescem tão rápido. – Ela mudou a visão pra Maraisa. — E essa moça? É sua namorada?

Eu sorri da cara que Maraisa fez. Ela é teimosa demais para ser minha namorada Anjela.

— É apenas uma amiga, ela trabalha na empresa comigo. É convidada do meu pai.

— A senhorita é muito bonita!

Anjela cumprimentou Maraisa.

— Venham, entre, seus pais estão esperando.

Anjela saiu entrando na frente, eu fui logo atrás com Maraisa. Ela olhava cada centímetro, a casa dos meus pai é realmente luxuosa.

— Não acha exagerado? – Falei próximo ao ouvido dela.

𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora