capítulo 57

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P.o.v  Marília

Eu sempre acordava primeiro, e Maraisa, só acordava se eu chamasse.

Fiquei na cama pensando em meu pai, então resolvi levantar, não queria passar o dia chorando, preciso seguir em frente. Tomei um banho rápido. Olhei minha aparência no espelho, e percebi o quão acabada eu estava.

Abri meu armário, e peguei uma máscara facial. Coloquei e voltei para a cama.

Estava mexendo no meu celular, quando me assustei com um grito, e Maraisa caindo da cama.

— Caralho Marília que susto!

Ela estava sentada no chão, olhando para mim, com uma mão sobre o coração.

— O que foi?

— O que é isso preto na tua cara mulher?

— Eu estava com o rosto acabado. Deixa eu fazer em você?

— Não, eu tô bem, não se preocupe.

Eu pulei da cama e fui no banheiro pegar a máscara.

Quando voltei, estava Maraisa deitada na cama mexendo no meu celular.

— Meu celular Maraisa Henrique?

— Estou jogando coin master, ataquei a vila da Luisa.

— Você está gastando meu giros, com vila da Luisa?

— Seu cartão de crédito tá cadastrado? Vou comprar algum pacote e destruir a Luisa.

— Maraisa tu vai gastar dinheiro com jogo?

Ela fez um bico nos lábios.

Me sentei do lado dela, e coloquei a máscara facial, a menina estava tão concentrada no jogo que nem percebeu.

— A não, Bruno é um gay mesmo! Bichinha!

Ela reclamava com o celular.

— Amor, por que você não baixa esse jogo no seu celular?

— Porque é mais empoderado aparecer "Marília Mendonça atacou sua vila" do que "Maraisa Henrique atacou sua vila".

— Isso não faz nenhum sentido Maraisa.

Eu fui no banheiro remover a máscara, eu não lembrava que isso colava tanto na pele.

Comecei a rir imaginando o drama que Maraisa vai fazer quando eu for tirar a dela.

Voltei pro quarto um tempo depois, ela continuava mexendo no celular.

— Marilia, como que tira isso da minha pele?

Ela mexia na máscara, mas não puxava.

— Puxando!

Ela tirou a visão do celular para mim, rapidamente.

— Tá brincando? Não tem nenhum produto que deixa mais fácil? Parece uma silver tape na minha pele!

Ela começou a puxar um lado e fazer careta.

— Marilia!

— Deixa eu tirar meu bem.

Me sentei do lado dela na cama. Fui puxando com calma, Maraisa reclamando e gritando de dor em qualquer puxão que eu dava.

— Maraisa para de ser dramática!

Ouvi meu celular tocando, Maraisa mesma atendeu.

— Marilia você atacou minha vila!

𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora