capítulo 43

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P.o.v. Maraisa

Passei aquela noite no hospital, e no outro dia fui liberada, o médico me pediu para ficar alguns dias em repouso e retornar ao hospital em 5 dias, apenas para retirar os pontos da pequena cirurgia na barriga. Fiquei uma semana inteira trabalhando de casa, alguns dias Marília foi até o meu apartamento a trabalho, mas obviamente alguns beijinhos e safadeza rolou.

Esse final de semana, Marília me convidou a ir a casa dos Mendonças, agora eu não estava indo como secretaria, mas sim como namorada de Marília.

Ela vai contar para os pais dela, e eu tô morrendo de medo do senhor Mario achar que eu quero apenas o dinheiro da filha dele.

Agora, estávamos no carro de Marília, ela me mandou dirigir, já que eu amo, e ela não se importa muito com isso.

Eu apertava o volante do carro com uma força desnecessária, as pontinhas do meu dedo chegava a ficar brancas.

— Maraisa se acalme, eu tô vendo a hora você ter um ataque de ansiedade do meu lado!

— Marilia eu estou indo a casa dos seus pais... A casa do senhor Gomes!

— Você conviveu dois anos com meu pai, vendo ele todo dia, aí agora está com medo dele?

— Nesses dois anos eu não namorava a única filha dele!

Ela começou a rir.

— Para me comer você não tem um pingo de vergonha na cara, aí pra enfrentar meu pai você não quer!

— Para de falar assim! Seu pai tem que acha que apenas andamos de mãos dadas.

— Maraisa meu pai não é um tapado. Você sabe disso mais que eu.

— Seu pai pode me demitir ainda?

— Meu bem, meu pai não vai te demitir por namorar comigo.

— Eu demitiria, se estivesse no lugar dele. 

Olhei pra Marília ela tinha um olhar de diversão. Queria ver se fosse ela no meu lugar.

Chegamos na mansão Mendonça, encostei o carro no jardim e desci. Marília segurou na minha mão, eu olhei pra ela que apenas deu um sorriso simples

Marília não tocou a campainha dessa vez, apenas abriu a porta e entrou. Os pais dela estavam sentados na sala, quando vi o senhor Mario girando a cabeça em nossa direção, eu tentei soltar minha mão da de Marília rapidamente, ela apenas segurou a minha mão mais forte não dando liberdade para isso.

— Bom dia pai, bom dia mãe...

Ambos responderam quase em sincronia.

— Bom dia senhor Mario e senhora Ruth!

Eles sorriram pra mim. Olhei se tinha alguma janela aberta, caso precisasse de um plano de fuga.

— Eu falei que era ela Ruth, sua sorte que não quis apostar. Teria perdido.

— Papai vocês iam apostar quem era minha namorada?

— Ah Marília, não seja chata!

Marília foi em direção ao sofá e eu apenas fui lhe seguindo. Ela não soltou minha mão momento algum.

— Maraisa como consegue aguentar Marília na empresa, e agora como namorada?

Senhor Mario falou bem humorado.

— Não é uma tarefa muito fácil senhor. Mas eu consigo!

— Eu não queria imaginar o que ela faz pra acalmar nossa filha querido. – Senhora Ruth falou e eu engoli em seco.

𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora