capítulo 36

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P.o.v  Maraisa

Ontem quando cheguei em casa já passava das 15:00 e obviamente Maiara e Bruno não estavam em casa. Eu acabei tomando um banho, e lavei minhas roupas que havia usado na viagem.

Quando conclui procurei algo pra comer e acabei me deitando.

Acordei de madrugada com fome, fiz um lanchinho, vi que Maiara e Bruno tavam dormindo.

Me joguei na cama, peguei meu celular e vi uma mensagem de Marília.

Senhora Mendonça: Me desculpe por mandar mensagem essa hora Senhorita Henrique, espero que não te acorde. Minha mãe acabou me levando ao hospital. Agora estou na casa dos meus pais, mas tô melhor não se preocupe. Só quero avisar que não irei trabalhar amanhã.

Maraisa: Se cuide. Pode mandar algum motorista ir buscar seu carro na empresa?

Senhora Mendonça: Por que está acordada essa hora Maraisa? Não se preocupe com carro, vá trabalhar nele.

Maraisa: Passei a tarde dormindo. Você tá realmente melhor?

Senhora Mendonça: Estou melhorando. Obrigada por cuidar de mim.

Maraisa: Não precisa agradecer.

Eu travei meu celular, fiquei bolando na cama até sentir sono novamente.

Já pela manhã, tomei banho, vesti um terninho com saia combinando, estava com meus pés um pouco destruindo, então optei por usar um tênis branco.

Cheguei na cozinha Maiara e Bruno tavam tomando café.

Quando eles me viram se levantar e me abraçaram.

— Sentimos saudades! – Bruno falou ainda agarrado comigo.

— Marilia dormiu aqui? – Disse Maiara.

— Marilia? Não?

— Vimos o carro dela no estacionamento Maraisa. – Bruno falou e voltou a se sentar a mesa.

Agora era a hora que eles iam surtar por eu tá com o carro de Marília.

— O carro dela tá comigo...

Eles se viraram em sincronia pra mim.

— Marília te deixou com o carro dela? – Disse Maiara.

— Ela tava doente.

— E o que isso tem a ver com você estar com o carro dela?

Acabei explicando por cima tudo que aconteceu pra eles.

Já no caminho pra empresa, Maiara obviamente largou Bruno e veio no carro de Marília comigo. Bruno chamou ela de traidora e disse que ela voltaria a pé.

Passei o dia na empresa sem fazer muita coisa produtiva, tínhamos muita coisa acumulada com esses dias fora, mas sem Marília na empresa é impossível eu fazer alguma coisa.

Já estava no fim do meu expediente, Marília não tinha mandado ninguém vim buscar o carro. Tive vontade de ligar pra ela novamente, é um carro que custa milhares de dólares, não dá pra esquecer ele por aí.

Ouvi um pib do elevador e olhei em direção, a porta abriu e por ela entrou Marília Mendonça, ela não estava em seu típico trage de senhora Mendonça, eu até estranhei ela vim até a empresa vestida tão a vontade.

— Boa noite senhorita Henrique! Acho que te dei uma ordem para sair da empresa as 18:00, já são 19:23.

Eu peguei a chave do carro na minha bolsa e joguei pra ela. Marília pegou a chave no ar.

— Como se sente senhora Mendonça?

— Estou nova novamente. Amanhã estarei de volta. Podemos ir?

— Podemos? Vai me levar em casa?

— Certamente senhorita Henrique. Não vou te deixar em uma esquina esperando um táxi.

Desci com Marília, vez ou outra eu ficava encarando o corpo dela. Deus que vontade de beijar essa mulher.

Eu entrei no carro com ela. No caminho até meu apartamento apenas o som do carro tocando CNCO preenchia o ambiente.

Quando Marília parou o carro em frente a meu prédio e me olhou, eu perdi o rumo da minha vida.

— Até amanhã Maraisa...

Eu fiquei em silêncio encarando ela.

— Que foi? – Ela falou e soltou um riso nasal.

Eu segurei no rosto dela e passei meu polegar fazendo carinho.

— Você é tão linda Marília.

Eu me aproximei um pouco dela, dei um beijo no canto da boca, em seguida deixei nossas testas grudadas. Passei meu nariz sobre o dela de um lado pro outro.

— Maraisa...

— Eu sou solteira Marília, se é isso que te impede. – Nossos lábios estavam quase se tocando.

Eu acabei com a distância de nossas bocas, deslizei meus lábios sobre os de Marília com calma, era um beijo lento, molhado, e tentador.

Ela segurou meu lábio inferior entre os dentes e puxou, eu soltei uma respiração pesada.

Marília puxou o freio de mão do carro, me empurrou pelo ombro e se sentou no meu colo.

Minhas duas mãos foram pra cintura dela. Eu driblei o tecido da camisa com uma mão e fiquei com minha mão descansada em sua pele, vez ou outra fazendo carinho naquela região.

Nossas testas estavam grudadas, eu desci uma de minhas mãos para a coxa dela e dei um aperto.

— Você toca meu corpo como ninguém...

Marília acabou a distância novamente, ela tava com as duas mãos no meu rosto. O beijo agora era mais safado, não demorou a eu sentir Marília pedir passagem com a língua. A boca dela tava com gosto de menta, devia ter chupado alguma pastilha forte para gripe.

Quando o ar foi necessário, Marília cortou o beijo com três selinhos.

Ela continuou sentada no meu colo, não tinha clima sexual, apenas duas pessoas, em um carro trocando alguns beijos um pouco quentes.

— Você terminou com sua namorada?

— Ela nunca existiu.

— Então por que diabos inventou isso? Queria me afastar de você por que?

— Medo, insegurança e mais algumas outras coisas.

Marília me abraçou e escondeu o rosto na curva do meu pescoço, eu e ela ficamos em silêncio no carro, apenas apreciando a presença uma da outra.

Eu tô fazendo de Marília minha casa, eu me sinto bem com ela, eu tenho vontade de ter ela pra mim, de cuidar, proteger, dar amor, carinho e atenção. Talvez eu acabe me machucando novamente.

Nossa história parece uma grande montanha-russa, e o final pode ser apenas eu e ela descendo e nossos caminhos se separando. Como duas pessoas que se conhecem no parque de diversão, se divertem juntas e depois nunca mais se vêem.

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𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora