capítulo 15

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P.o.v Marília

Eu estava levemente nervosa com a conversa de meu pai, só me passava pela cabeça que eu não estava fazendo um bom trabalho e ele tava ali para me cobrar isso.

- Então pai?

- Primeiramente, não custa nada você ser um pouco mais legal com essa moça, Maraisa é uma ótima funcionária filha, e um ser humano incrível.

- Eu apenas a trato formalmente pai, como minha funcionária.

Mentira, eu e ela estávamos quase transando, eu tô sem calcinha, e minha excitação quase escorrendo pelas minhas pernas.

- Ela sempre foi ótima, a trate mais amigável Marília, não encontra outra secretaria tão boa e confiável facilmente.

- Okay senhor Mario, veio até aqui apenas me falar como tratar sua querida secretaria?

Meu pai se levantou e foi até a mesinha, uma moça tinha deixado uma garrafa com chá, ele serviu um copinho.

- Prefiro uma dose de whisky, mas meu médico proibiu bebida alcoólica!

Ele falou e tomou um pouco do chá.

- Filha, estava tão alheio com essa doença, que quando te liguei para assumir os negócios, esqueci uma coisa muito importante.

Meu pai voltou para a mesa e se sentou novamente de frente pra mim.

- Algum problema?

- Marília... Eu havia deixado uma cláusula na sua herança, você só poderia assumir a empresa se estivesse casada, ou que já trabalhasse aqui dentro a um bom tempo, antes de assumir.

As palavras dele pareciam uma bomba que tinha sido jogado nas minhas mãos.

- Como assim? Eu não posso assumir a empresa simplesmente por que não sou casada? Papai isso é ridículo!

- Me desculpe, eu agora percebo meu erro, só que você passou anos longe, eu não sabia como você voltaria filha, se teria pulso firme para assumir a empresa, eu tenho apenas a visão de quando você morava comigo.

- Achava que eu nunca iria crescer e amadurecer? Que sempre seria aquela adolescente?

- Quando foi discutindo anos atrás sobre isso com os acionistas, eles colocaram muita pressão para que eu não deixasse a empresa nas mãos de uma menina. No fim, pensei que você voltaria e assumiria os negócios alguns anos comigo, para se adaptar a empresa.

Eu passei a mão no meu cabelo nervosa, isso só podia ser uma brincadeira.

- Por isso os acionistas me deram essa proposta a dias atrás, ou eu iria pra um cargo mais baixo, ou me casaria com alguém para me auxiliar. Por Deus, isso só pode ser um pesadelo.

Eu massageei minhas têmporas, uma dor de cabeça me atingiu no mesmo momento.

- Eu tenho ao menos algum prazo para arrumar alguém e me casar?

- São 3 meses, mas filha, eu sei que você não está namorando, eu não quero que saia fazendo loucuras com sua própria vida pessoal, apenas para não deixar a nossa empresa nas mãos de terceiros.

Eu respirei fundo, santo Deus, como eu arrumaria um casamento em 3 meses? É impossível, eu nem tô ficando com ninguém, a única pessoa que eu tive algo foi com Maraisa, e sinceramente, ela jamais se casaria comigo em tão pouco tempo, e muito menos eu com ela. Acho que eu e Maraisa deve ser apenas fogo momentâneo.

- Papai por favor, tenta mudar essa cláusula, o senhor tá vivo, sabe que eu não preciso de nenhum macho me auxiliando, eu sei muito bem o que fazer ou não fazer, eu estudei 7 anos exclusivamente pra isso, eu parei minha vida 7 anos dedicando apenas a estudos.

Eu nem percebi quando uma lágrimas escorreu pelos meus olhos, apenas senti ela descendo pela minha bochecha.

- Filha, eu não especifiquei gênero, mesmo você nunca tendo me falado, eu sei que você se interessa mais por mulheres. Como disse antes, não faça nenhuma loucura, não coloque sua vida pessoal em jogo por isso.

Ele se levantou, deu a volta apenas para dar um beijo na minha testa e sair.

Fiquei sozinha com minha cabeça batendo a mil, o ódio tava instalando dentro de mim.

Ouvi uma batida na porta e mandei entrar, imaginei ser meu pai novamente, mas dessa vez era Luisa.

- Bom dia meu amor! - Luisa tava com sua animação de sempre.

- Péssimo dia Souza!

Me levantei e fui até minha mesa me servir de uma generosa dose de whisky.

- Você bebendo? Que foi? Passei por seu pai quando ia pegar o elevador.

Eu virei uns 3 dedos de whisky, senti ele ir me queimando por dentro.

- Meu pai deixou uma cláusula na minha herança, para eu assumir a empresa teria que já trabalhar aqui a algum tempo, ouuuu que eu me case, para provar que eu realmente amadureci.

Luisa fez uma careta pra mim.

- E se você não se casar?

- Eu perco meus direitos, tenho que começar a trabalhar em um cargo mais baixo.

- Seu ego é muito alto pra aceitar trabalhar em um cargo mais baixo, em sua própria empresa. Não tá pensando em fazer nenhuma besteira não é Marília? Por Deus, é sua vida pessoal!

- Eu não tenho o que fazer Luisa, como diabos vou conhecer alguém e me casar em tão pouco tempo? Além do fato de ser importante a pessoa ter que entender de negócios.

Ela colocou o dedo indicador no queixo parecia pensar

- Cadê Maraisa? Achei estranho ela não estar na mesa, até pensei que ia pegar vocês juntas aqui.

- Luisa eu tô com uma bomba relógio nas minhas mãos, e você tá me perguntando de Maraisa?

- Marília, você poderia se casar com ela, vocês tem química, tem tesão acumulado, e o melhor de tudo,

-Maraisa só não conhece essa empresa melhor que seu pai!

- Luisa você tá doida? Eu e Maraisa se mata na primeira semana morando juntas. Eu não entendo aquela mulher, ela tem desejo por mim, mas ao mesmo tempo quer me jogar pela janela.

- Por que você é uma chatona, e fica tratando ela mal!

- Eu nunca tratei ela mal, ela que parece ter medo de mim. Aliás, você não tava pegando ela? Por que tá jogando ela pra cima de mim?

- Eu? Tá doida? Eu tô interessada é na loira amiga dela.

Eu mordi meu lábio, ainda sentindo minha lubrificação, estava morrendo de vontade de ir no apartamento dela e fazê-la pagar com orgasmo a calcinha que rasgou.

𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora