capítulo 28

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P.o.v  Maraisa

Estava sentada a minha mesa para mais um dia de trabalho, vi Marília saindo do elevador com seu olhar frio, cara fechada, e sua típica pose de ignorante.

Me pergunto o que teria acontecido nessa sala, se eu não tivesse descoberto que Marília estava apenas me usando.

Eu não posso deixar de acha-la sexy, ela com essa cara de brava só me faz ter vontade de invadir essa sala.

Eu respirei fundo antes de entrar na sala para falar sua agenda, todos os dias após o "nosso término" eu entro na sala dela com medo dela me mandar embora.

A trato profissionalmente, e ela também me trata assim.

— Bom dia senhora Mendonça! Recebi um ligação de San Diego das empresas da família Bardot, perguntando sua confirmação pra uma festa de abertura da nova sede depois de amanhã.

— Meu Deus, tinha esquecido completamente disso. Eu tenho algum compromisso inadiável para os próximos dias, senhorita Henrique?

— Não senhora!

— Okay, então pode confirmar.

Meus olhos se cruzaram com os de Marília, nem eu mudava a visão nem ela. Eu engoli em seco, me recuperei do gay panic e mudei a visão pra meu caderninho.

— Mais alguma coisa?

— Eu preciso que viaje comigo para San Diego senhorita Henrique, terei uma reunião importante com Savannah Clarke e preciso que faça anotações. Está disponível?

Eu engoli em seco e não pude deixar de ficar nervosa em ter que viajar com Marília. Eu já viajei um milhão de vezes com o senhor Mario, mas eu sempre fico nervosa com qualquer coisa que envolva eu e Marilia.

É apenas seu trabalho Maraisa, seja profissional.

— Sim Senhora!

— Ótimo! Viajaremos essa noite senhorita Henrique, eu passo no seu apartamento as 17:00, tire a tarde de folga para arrumar suas bagagens.

— Preciso comprar passagens?

— Vamos de jatinho particular, não se preocupe.

Burguesa metida, nem o pai dela viajava comigo de jatinho particular.

Sai da sala dela e me sentei em minha mesa.

Marília passou a manhã inteira trancada em sua sala, não me enviou nenhum documento, nem fez nenhum contato comigo.

As 12:30 eu fui até a sala dela e bati, ouvi ela me mandar entrar.

— Senhora Mendonça, já passa das 12:30, eu posso ir?

— Sim senhorita Henrique!

Ela tava concentrada lendo algo, olhando assim parecia apenas um neném que necessita de carinho e atenção.

Droga, eu já tava apaixonada por você Marília Mendonça.

Respirei fundo e sai da sala dela.

Almocei com Maiara e Bruno que fizeram um milhão de piadas por que eu ia viajar com Marília. Depois eu vim pra casa começar a arrumar minhas coisas pra viajar.

Coloquei roupas sociais, alguns moletom e calças pra quando tiver no quarto, casacos bem reforçado de frio, e meu melhor vestido, caso Marília me obrigasse a ir a festa com ela.

Fazer mala é um saco, eu sempre fico receosa de ter esquecido alguma coisa.

Aparentemente eu tinha colocado tudo.
Tomei banho, e me arrumei para viagem.

Depois de uns 30 minutos sentada no sofá da sala, enfim Marília apareceu.

Achei fofo da parte dela me ajudar com minhas bagagens, por mais que fosse apenas uma mala e uma mochila que eu poderia levar nas costas.

Marília realmente alugou um jatinho particular. Ainda tive que ouvi-la reclamar que era muito desconfortável para um preço tão elevado.

Eu olhei para ela, Marília iria viajar no seu típico trage social, apenas levemente desleixada, ela tava com uma calça, uma sandália baixa, e a camisa social folgada com alguns botões desabotoado e as mangas levantadas até a altura de seus cotovelos.

Marília se sentou em uma poltrona de frente pra mim, acabou me dando uma pequena visão de seus seios.

Caramba, ela tem um piercing no mamilo...

Maraisa sua pervertida, para de olhar pro corpo dela. – Meu próprio cérebro me repreendia.

Mas não tenho culpa, ela quem desabotoou a camisa quase toda, e não usa ao menos sutiã por baixo.

Decidi abrir meu Kindle e gastar meu tempo no vôo lendo um livro.

Comecei a ler a saga a seleção, era livros bem comentados, que eu tinha curiosidade em ler.

Vez ou outra eu olhava pra Marília, ela tava vendo um filme, mas em alguns instantes acabou dormindo, e passou toda a viagem assim.

Quando pousamos em San Diego, já tinha um carro que Marília alugou nos esperando.

O rapaz entregou a chave a ela, e ajudou a colocar as malas no porta-malas.

Entrei do lado de passageiro, ela ligou o GPS e saiu pelas ruas concentrada dirigindo. Notei que ela tinha abotoado uns dois botões da camisa social.

— Maraisa eu não reservei vagas em hotel, meu pai tem um apartamento aqui em San Diego, achei melhor ficar lá. Você quer que eu te deixe em um quarto de hotel? Ou vai ficar comigo? Tem dois quartos no apartamento.

Okay, eu vou ficar dois dias com Sabina em um apartamento, só eu e ela. O destino quer ver é você se foder Maraisa Henrique.

— Não tem problema senhora. Posso ficar no apartamento em sua companhia.

Marília sorriu e voltou a sua total atenção para o trânsito.

Eu nunca tinha vindo em San Diego, o bom de trabalhar com gente rico, é que de vez enquanto eu viajo de graça. Senhor Mario já me levou pro Brasil, Paris, Austrália, todas viagens de negócio, mas ele sempre me dava um dia de folga nos países e contratava um guia para que eu não me perdesse.

O apartamento não era tão grande e luxuoso como o que Marília morava, mas ainda sim, era bem maior que o que eu dividia com Maiara e Bruno.

Marília me mostrou o quarto que eu ficaria, e falou que ia tomar um banho.

Eu aproveitei para fazer a mesma coisa. Depois que eu daria notícia a Maiara e Bruno de que tinha chegado viva.

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𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘔𝘦𝘯𝘥𝘰𝘯𝘤̧𝘢 - 𝘮𝘢𝘭𝘪𝘭𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora