CAP CXVIII - MANTO DE ESCURIDÃO

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Athena não escutava mais os trovões do lado de fora do palácio, algo preocupante, principalmente porque significava que a luta do lado de fora havia acabado. Ela não sabia se seu pai estava bem ou não, não sabia o que ele havia sacrificado por aquele poder. O que ela poderia fazer agora, era se manter firme no combate.

Joana e Athena intensificaram mais e mais o combate, aquela luta estava violenta, principalmente por parte da grega que que balançava violentamente a sua lança, variando entre golpes pesados e rápidos, assim dificultando e quebrando a base da humana.

A santa cada vez mais viu suas vestimentas serem danificadas pelos golpes de Athena, aos poucos mais e mais golpes surgiam em seu corpo e sangue escorria, manchando suas vestes brancas.

Elas se encontram no meio da sala, e Joana ataca com sua espada, distorcendo o ar com o balanço potente de sua lâmina, Athena em resposta ergueu seu escudo para absorver o impacto, porém o dano excedeu as capacidades defensivas da deusa.

A lâmina de Joana cortou boa parte do escudo, o que assustou a grega. Não era como destruir uma arma divina, principalmente uma focada na defesa e com tantas habilidades para tal. Athena precisava tomar mais cuidado a partir de agora, se não acabaria morta.

Ambas se afastam, Athena ofegante, o que não era tão comum em um tempo tão breve de combate, a santa se mostrou uma oponente mais assustadora do que da última vez e a pior parte, a parte que mais frustrava Athena, era que sua oponente parecia não querer a matar — Vai ficar se fingindo de boa moça até quando? Já estou farta desse seu olhar bonzinho...principalmente com tudo que está fazendo.

— Então você não acredita na minha índole...não te julgo, afinal eu realmente não estou fazendo algo ético...peço desculpas pelo o que Lúcifer fez — Disse cabisbaixa — é a única coisa que posso fazer no fim das contas...

— Por que está do lado deles...? Na nossa luta passada, eu percebi que você é uma boa pessoa. Alguém que luta para proteger quem ama e não alguém que simplesmente invade a casa dos outros e começa a destruir tudo! — Disse indignada, não conseguia entender as motivações de Joana.

— Athena, eu sei que é difícil de acreditar, mas existem motivos maiores pelos quais eu luto. Se eu lutar e sacrificar um pouco de mim, posso ser peça fundamental para o fim das guerras — Falou crente em suas convicções — não é a primeira vez que luto em nome de alguém, eu nasci para mudar esse mundo e se eu tiver que morrer mais uma vez ou lutar contra aqueles que considero boas pessoas, eu farei, para alcançar o paraíso. Mas não vou manchar esse meu objetivo com sangue!

As palavras de Joana surpreendem Athena, mas de maneira negativa. A grega aperta as tiras de couro de seu escudo e o cabo de sua lança mais um vez, controlando suas emoções com esses simples gestos apaziguadores — por mais que seus objetivos sejam nobres e altruístas, você ainda é a minha inimiga...seus aliados não ligam de derramar sangue, principalmente os de meus familiares. Não estamos mais no torneio e muito menos estou apenas me defendendo, aqui vamos decidir o destino de nossas raças e eu vou lutar para matar você...não importando por quem ou por que você luta e muito menos por suas motivações, sejam elas altruístas ou não.

— Faça como quiser mademoiselle...eu estou pronta — apontou sua longa espada que refletia a luz ambiente e o reflexo dela mesma.

Athena cerrou seus olhos fechando sua guarda, apoiando a sua lança na fenda do escudo, pronta para avançar mais uma vez.

O último ato entre a santa da batalha e a Deusa da sabedoria, está em fim no seu final.

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Lúcifer travava um intenso combate contra Poseidon, o grego era muito versátil, até demais para alguém que aparentava apenas um ótimo combate físico. Mas a divindade sabia equilibrar bem o combate com lança e suas habilidade de manipulação de água.

Guerra do Valhalla: ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora