O clima estava tenso no andar que ocorria o confronto entre Lúcifer e Poseidon, ambos os combatentes estavam preparados para eliminar o outro da maneira mais rápida possível e de maneira eficiente. A demônio com a sua nova habilidade, adquiriu uma grande confiança, afinal estava coberta por chamas que o deus não poderia simplesmente apagar. Aquele era um duelo onde o mínimo erro levaria a morte.
A divindade, não queria admitir, mas estava encurralado, deveria ter dado um golpe final o quanto antes, mas ao invés de se arrepender, ele respirou fundo, enchendo seu corpo com aquele ar aquecido pela presença das chamas e fixou o olhar em seu objetivo.
Movendo de leve o tridente, deixando um risco pelo piso de mármore, o som da lâmina ecoou de leve e ele decidiu que seria o primeiro a avançar. Com movimentos ágeis, cortou o curto caminho até sua adversária e com uma finta, acaba surgindo atrás dela. Um ponto cego perfeito para um ataque direto e certeiro, tudo que um lanceiro busca em combate.
Lúcifer com seus incríveis reflexos de uma antiga usuária de esgrima, girou o seu corpo em seu próprio eixo ao mesmo tempo que a chama em seus braço se moldou em um formato similar a uma lâmina curvada.
O ataque partiria Poseidon no meio, no puro improviso ele muda o alvo e atinge o chão, se impulsionando para cima, assim fugindo do golpe direto.
Lúcifer com resposta a esquiva, aponta a palma de sua mão para o deus, o atraindo para perto e logo após, disparou uma bola de chamas negras o atingindo em cheio. A explosão gerada fez um som assustador, quase que um andar inteiro foi destruído por aquele poder avassalador.
A demônio dá um salto para o andar superior para checar se havia finalizado o seu alvo. Poeira cobria sua visão, o som das chamas consumindo os destroços era similar ao som de várias fogueiras consumindo a madeira, esse era o único som notável, o que ao mesmo tempo indicava conclusão do abate, também poderia significar que o deus estava tendo uma abordagem furtiva.
Um grande pedaço no teto cai ao chão, espalhando mais a poeira, Lúcifer cobre de leve seu rosto e olhos por reflexos e se mantém atenta em busca do alvo.
Do buraco do teto, pequenas gotas de chuva caem, tanto sobre o piso levantando um leve cheiro de terra molhada, quanto no manto negro de Lúcifer, assim evaporando as gotas levantando um pouco de vapor.
Ela então fica alerta, aquilo poderia ser um ataque surpresa do próprio Poseidon. Para a sua quebra de expectativa, o senhor dos mares saiu do meio da poeira.
Queimaduras graves por seu torso, um pouco de sangue escorrendo dos ferimentos da explosão e o principal, o seu braço esquerdo foi totalmente consumido pelas chamas o que obrigou Poseidon a arranca-lo com sua própria mão restante.
— Então você tomou um puta dano, era de se esperar, afinal de contas eu só precisava de poucos bons ataques em alguém pouco resistente como você — ela se gabou um pouco, mas não dava para disfarçar seu claro desgaste físico, tanto do uso de seus poderes, quanto dos danos passados e recentes — Escuta, podemos conversar mais um pouco e eu te dou a chance de me dizer onde está o que eu possa querer, o que me diz?
— Não — Respondeu friamente e tossiu um pouco, mal parecia conseguir se manter de pé.
— Pobre Poseidon...acho que peguei pesado com você, mas eu não tinha muitas opções... — fingiu um pouco de empatia, ela queria provocar o deus.
Poseidon não deu ouvidos, ele olhou para a sua mão com algumas queimaduras e sangue seco. Sua visão turva indicava seu estado de saúde naquele momento, ele não foi forte suficiente para manter suas próprias decisões, ele queria finalizar aquilo de uma vez para recuperar o seu orgulho como um deus — Eu admito que fui muito precipitado em te atacar diretamente...essas chamas são realmente um saco de se lidar, mas eu sei muito bem o que elas consomem.
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Guerra do Valhalla: Apocalipse
Ficção HistóricaEm mais uma das reuniões anuais de cada panteão divino, eles decidem voltar ao tema recorrente dos últimos tempos: O Extermínio da humanidade. Porém Brunhilde, a mais velhas das valkirias vendo o resultado iminente da votação exige que a lei do Ragn...