Maya é uma doce menina que esconde seu jeitinho de todos, rejeitada pelos seus pais e irmã, Maya só tem o seu ursinho de companhia, oq será que vai acontecer quando dois mafiosos chegam para cobrar uma dívida com pai da menina e o seu genitor acaba...
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O som do despertador foi interrompido pelo choro suave de Maya vindo do quarto ao lado. Um choro abafado, mas que eu reconhecia imediatamente. Era o tipo de som que fazia meu coração apertar, como se a necessidade dela fosse mais intensa que qualquer outra coisa no mundo. Ainda meio adormecido, estiquei o braço para desligar o alarme, mas logo o som do choro se intensificou, forçando-me a me levantar.
Eu sabia o que isso significava. Maya, com seu infantilismo, às vezes regredia em momentos de estresse ou quando algo a deixava emocionalmente sobrecarregada. O que, às vezes, parecia um simples ajuste de rotina, se tornava um grande desafio para ela e para nós. Era a forma dela de pedir ajuda, de buscar conforto.
Corri até o quarto dela, e ao abrir a porta, a cena foi ainda mais angustiante do que eu esperava. Maya estava deitada em sua cama, com o rosto coberto de lágrimas, os olhos grandes e assustados, como se o mundo ao redor dela estivesse desmoronando. Ela estava regredida, como tantas vezes antes, com seu comportamento infantil. Seus brinquedos estavam espalhados pelo chão, e o ursinho que sempre a acalmava estava jogado ao lado dela, como se ela não tivesse forças nem para pegá-lo.
- Shhh, minha princesa, está tudo bem - falei, me aproximando dela, sentindo uma dor no peito ao vê-la assim.
Ela me olhou, os olhos cheios de medo e confusão, antes de estender os braços para mim, em um gesto desesperado por conforto. Eu a puxei para o meu peito com carinho, sentindo o calor do seu corpo pequeno e frágil, e comecei a acariciar seus cabelos com a mão, tentando acalmá-la.
- Está tudo bem, baby. Daddy está aqui, Matteo está aqui. Nada vai te machucar.
Meu coração estava apertado, a ansiedade crescia em mim. Eu sabia que isso passaria, mas o medo de vê-la sofrer de uma maneira tão vulnerável, regredida para um estado de criança pequena, nunca deixava de me afetar. Olhei para o outro lado do quarto e vi Matteo, que já estava ali, com os olhos suaves, mas também carregados de preocupação. Ele se aproximou, também com os braços abertos para Maya, e em um movimento sincronizado, ambos nos tornamos os pilares de apoio que ela tanto precisava.
- Vai ficar tudo bem, Maya - disse Matteo, a voz suave, mas firme, tentando oferecer a estabilidade que ela buscava.
Maya se agarrou mais forte a nós, como se não quisesse nos deixar escapar. A sensação de estar tão perto dela, vendo sua necessidade por nós, me fez lembrar de quanto ela significava para nós, quanto éramos responsáveis por sua segurança emocional e física. Tudo o que mais queríamos era que ela fosse feliz, e ver esse momento de fragilidade me fez perceber que o que mais importava, mais do que qualquer outra coisa, era ser os daddies que ela precisava, que nós precisávamos ser.
- Vamos fazer você se sentir melhor, querida. Você vai ver, vai passar - falei com a voz embargada. Sabia que minha confiança precisava ser sentida por ela, que precisava acreditar nas minhas palavras.
Matteo sentou-se na beirada da cama, passando a mão nas costas dela, e juntos, criamos o refúgio que ela tanto precisava. Era doloroso vê-la assim, mas sabíamos que isso era apenas uma fase, que logo ela se sentiria mais segura. O importante era estarmos ali, para ser o apoio e os daddys que ela merecia.
~QUEBRA DE TEMPO~
O sol já começava a entrar pela janela da cozinha, iluminando suavemente o ambiente com a luz dourada da manhã. O cheiro de café fresco preenchia o ar, enquanto o barulho das panelas sendo ajeitadas e a água fervendo para os ovos cozidos preenchiam a casa. No entanto, apesar da rotina já começar a se desenrolar, havia uma pequena mudança no cenário. Maya estava, como sempre, ao nosso lado, mas hoje, mais do que nunca, ela estava grudadinha em mim.
Eu a tinha no colo, seus bracinhos apertados em meu pescoço, como se não quisesse me soltar de jeito nenhum. A visão dela, com a chupeta na boca, era um lembrete sutil, mas constante, de quão frágil ela podia se tornar em momentos assim. Seu rostinho, ainda marcado pelas lágrimas de momentos antes, estava mais calmo, mas os olhos ainda pareciam pedir mais do que um simples conforto.
Matteo estava ao meu lado, com um sorriso tranquilo, já com a xícara de café na mão. Ele sabia o que significava ver Maya assim. Ambos sabíamos. Isso não era apenas uma regressão emocional, mas uma necessidade que ela tinha de sentir que tudo estava seguro ao seu redor, que ela poderia ser criança e se refugiar nos nossos braços. Era um lembrete de que, mesmo em sua independência, ela ainda precisava do apoio dos pais.
- Como você está, minha princesa? - perguntei baixinho, acariciando seus cabelos enquanto ela estava ali, aconchegada no meu pescoço. Ela não respondeu com palavras, mas o simples jeito como se aninhava em mim dizia tudo. O contato físico, o calor humano, era o que ela precisava para se sentir completa novamente.
Matteo deu um gole em seu café e olhou para nós com um sorriso carinhoso. Ele não parecia preocupado, já que sabia que o que Maya mais queria naquele momento era tempo e proximidade, e que logo ela estaria mais tranquila.
- Vamos fazer você um café da manhã especial hoje, Maya? - Matteo perguntou, a voz suave, como se estivesse brincando com ela. Sabíamos que ela estava em seu mundo, mas isso não impedia de darmos atenção a cada necessidade que ela tinha.
Eu assenti, continuando a embalar Maya, tentando dar-lhe o máximo de conforto possível. Ela, com sua chupeta ainda no lugar, olhava para a cozinha ao redor, mas parecia distante, como se tudo o que ela quisesse agora fosse estar no nosso colo, sem pressa para voltar a ser quem ela costumava ser todos os dias.
- O que você quer comer, princesa? - Perguntei, na esperança de arrancar um sorriso dela.
Ela olhou para nós por um momento, ainda com um ar tímido, e finalmente fez um pequeno gesto com a cabeça, como quem dizia que não sabia o que escolher, mas que só queria estar perto de nós. Isso foi o suficiente para Matteo, que se levantou da cadeira, começando a preparar algo simples, mas especial.
- Eu vou fazer panquecas, com mel e frutas. - Ele sorriu, tentando fazer a atmosfera mais leve e confortável. Eu fiquei ali, observando, com Maya ainda aconchegada em mim, saboreando o momento de proximidade. Mesmo que ela estivesse regredida em sua idade emocional, era nesses momentos que eu percebia o quão forte era o vínculo entre nós três, e como, independentemente do que a vida nos reservasse, sempre estaríamos ali para ela.
Enquanto Matteo preparava o café da manhã, Maya começou a relaxar mais, seu corpo mais tranquilo. Ela finalmente tirou a chupeta da boca, mas ainda estava bem agarrada a mim, com os olhinhos quase fechando, como se fosse voltar a dormir a qualquer momento.
- Isso tudo vai passar logo, Maya - falei suavemente, sentindo o calor de seu corpo pequeno e frágil ainda no meu colo.
E naquele momento, eu soube que, independentemente de tudo, ela estaria bem. Com Matteo e eu ao seu lado, o mundo poderia ser o que fosse lá fora. Dentro da nossa casa, com nosso amor e cuidado, ela sempre teria um lugar seguro.
Mais um capítulozinho para vocês meus amores, vocês estão gostando?! querem que eu mude algo? Por favor me falem tudo que esteja incomodando vocês viu!!💖