CAPÍTULO 17

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JUNGKOOK

O despertador tocou às seis da manhã, mas eu já estava acordado, fitando o teto enquanto organizava mentalmente o dia.

A rotina nunca parava, mas a responsabilidade de cuidar de Minjun era algo que eu carregava com amor. Ele estava crescendo rápido, e eu queria que cada dia fosse especial, mesmo os mais comuns.

Levantei devagar, tentando não acordar o silêncio que dominava o apartamento. Aquele momento antes do caos do dia começar era quase sagrado.

Caminhei até a cozinha, acendi a luz suave e vesti o avental. Sorri ao lembrar da reação divertida de Jimin ao me ver usando isso no dia anterior.

Bom, pelo menos alguém acha graça, pensei, enquanto abria a geladeira.

Separei os ingredientes: ovos, frutas, leite e pão. Nada muito elaborado – hoje seria simples, mas feito com o mesmo carinho de sempre.

Comecei pelos ovos, quebrando-os na frigideira, e depois cortei maçãs e morangos, arrumando-os no prato de Minjun em forma de um rostinho sorridente.

A torradeira estalou, e o aroma do pão tostado preencheu a cozinha. Peguei uma xícara de café para mim e tomei um gole, aproveitando a quietude por um breve momento.

Quando terminei de organizar a mesa, olhei para o relógio. Hora de acordar o pequeno.

Subi as escadas em silêncio, empurrando a porta do quarto dele devagar. Minjun estava enroscado nos cobertores, o cabelo bagunçado contra o travesseiro e Moumou firmemente preso em seus braços. Parecia um quadro, um momento de pureza que só ele conseguia criar. Não pude evitar sorrir.

Ajoelhei ao lado da cama e sussurrei:

— Mon trésor, hora de acordar.

Ele se mexeu, mas manteve os olhos fechados.

— Mais cinco minutinhos, papai... — murmurou, a voz ainda carregada de sono.

Segurei o riso e sentei na beira da cama, puxando o cobertor suavemente para longe do rosto dele.

— Cinco minutinhos podem virar cinco horas. E, pelo que eu sei, sua professora Choi vai sentir sua falta. — Falei, tentando convencê-lo com um toque de humor.

Ele resmungou algo incompreensível e virou de lado, enterrando o rosto no travesseiro. Respirei fundo. Era hora de apelar. Peguei Moumou e fiz a voz mais engraçada que consegui:

— Minjun! Acorda! O Moumou quer ir pra escola também!

Isso arrancou um sorriso preguiçoso dele. Ele abriu um olho, depois o outro, e olhou para mim com um brilho de curiosidade.

— Você promete que tem rostinho no café? — perguntou, ainda fingindo estar indeciso.

— Prometo. E tem maçã e morango, só porque você merece. — Respondi, piscando.

Ele riu e finalmente se sentou, esfregando os olhos e segurando Moumou com força.

— Tá bom, papai. Mas só porque você e o Moumou são muito legais. — Disse, levantando os braços para que eu o pegasse no colo.

— Claro, chefe. — Brinquei, levantando-o. Ele deitou a cabeça no meu ombro enquanto o carregava até o banheiro. — Mas antes, vamos escovar esses dentes, hein? Nada de assustar os coleguinhas com hálito de dragão.

Ele riu novamente, um som que fazia todo o esforço valer a pena. Cada manhã era um lembrete de que, apesar de todos os desafios, ele era meu mundo, meu pequeno tesouro. E eu faria qualquer coisa para que ele começasse o dia sorrindo.

Cuidando Do Coração Do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora