CAPÍTULO 25

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TAEHYUNG

Assim que o carro virou a esquina, deixando para trás o prédio do Jungkook, minha mente já estava no próximo destino.

Minhas mãos apertavam o volante com força, como se isso pudesse conter a raiva que pulsava em mim. O sorriso agradecido do Jimin ao sair do carro ainda estava fresco na minha mente, mas só servia para alimentar o ódio que sentia.

Taemin.

Desde o dia em que coloquei aquele desgraçado para fora do apartamento do Jimin, a raiva não tinha diminuído. E depois de ver aquelas mensagens, a lembrança do seu lábio cortado... Isso foi a gota d'água. Jimin era forte, mas mesmo os mais fortes têm limites. E Taemin tinha ultrapassado todos.

Não demorou muito para chegar ao prédio onde o infeliz morava. Eu sabia que ele estaria em casa naquele horário, previsível como sempre. Jimin, sem perceber, tinha me dado todas as informações de que eu precisava. Como ele dizia? "Taemin gosta de ser o rei do pedaço no prédio dele." Bom, hoje o "rei" ia levar uma lição.

Estacionei em frente ao prédio e desliguei o motor, respirando fundo enquanto olhava para a entrada. Não era nada luxuoso, apenas um prédio comum em um bairro qualquer. O porteiro estava lá, meio distraído com o celular. Ótimo, ninguém ia me incomodar.

Me acomodei no banco, cruzando os braços. A raiva que sentia era quase tangível, uma onda de calor que subia pelo meu peito toda vez que lembrava da expressão de medo e vergonha no rosto de Jimin enquanto me mostrava as mensagens. Ele nunca deveria ter passado por isso.

— Filho da puta — murmurei, mais para mim mesmo do que para qualquer outra pessoa.

Esperei.

O relógio parecia andar mais devagar a cada minuto, mas eu estava determinado. Nada me tiraria dali antes de resolver isso. A cada pessoa que entrava ou saía do prédio, meu olhar seguia, mas Taemin ainda não tinha aparecido.

Finalmente, depois de quase meia hora, a porta do prédio se abriu e lá estava ele. A postura arrogante, o celular na mão e aquele sorriso cínico que me deu vontade de arrancar na hora. Ele estava tão distraído que nem me viu quando saí do carro e me aproximei.

— Ei, Taemin. — Chamei, minha voz baixa, mas carregada de raiva.

Ele levantou o olhar, confuso por um segundo, logo reconheceu quem era. E, claro, aquele maldito sorriso apareceu.

— Ah, Taehyung. O que foi? O Jimin mandou você correr atrás de mim? — Ele riu, mas havia um nervosismo mal disfarçado nos olhos dele.

— Não. Eu vim por conta própria. — Respondi, cruzando os braços enquanto me aproximava. — Porque, diferente de você, eu sei o que significa proteger quem você diz que ama.

O sorriso dele vacilou, mas ele tentou manter a pose. — O que é isso, hein? Veio bancar o herói? Jimin não precisa de você pra resolver os problemas dele. Ele gosta de fazer drama, você sabe disso.

Foi o suficiente.

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, minha mão segurou a gola da camisa dele, puxando-o com força. Ele tropeçou, surpreso, mas eu não soltei. Minhas palavras saíram entre os dentes, cada uma carregada de pura raiva.

— CALA ESSA PORRA DE BOCA, TAEMIN. — Rosnei, apertando ainda mais a camisa dele. — Se eu ouvir que você mandou mais uma mensagem, ligou ou sequer olhou na direção do Jimin, eu juro que você vai se arrepender.

— QUE PORRA É ESSA?! ME SOLTA, CARALHO! — Ele tentou se soltar, mas meu aperto era firme.

— Eu devia acabar com você agora mesmo. — Continuei, ignorando os protestos dele. — Você acha que pode tratar o Jimin como lixo e sair impune? Acha que pode aparecer na porta dele, mandar aquelas mensagens nojentas, e tá tudo bem?

Cuidando Do Coração Do CEO Onde histórias criam vida. Descubra agora