Tempo curto

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LISSE ROSSI

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LISSE ROSSI

Minha cabeça está um pouco longe e acabo me assustando, assim que o braço me rodeia e me aperta pelos ombros. Eu paro com os passos e endureço o meu corpo. Eu deixo claro que o idiota está prestes a levar um bom chute em suas partes baixas. Eu estou pronta para furar o desgraçado que achou que seria uma boa ideia me agarrar no meio do corredor da universidade, como se fôssemos íntimos.

— Calminha, princesa — Jason diz do seu jeito humorado e eu relaxo em seguida. Talvez não sejamos tão desconhecidos assim — O gigante não está fazendo um bom trabalho para amansar a fera? — ele pergunta, me tirando uma risada bufada.

Sua resposta malcriada e relacionada com a nossa última provocação, me diverte. Eu venho liberando mais dos meus sorrisos, depois de tudo. Nada como quando o lutador está por perto, mas bonito o suficiente para pessoas como Jason.

Lembrar do homem dos olhos azuis expressivos, me faz suspirar. As três semanas se passaram depressa e por mais que o nosso tempo juntos tenha aumentado, ainda não me parece o suficiente.

São poucas as vezes que venho em meu carro agora. Sua moto virou algo mais recorrente e suas noites em sua própria casa, foram esquecidas. Ele me diz que minha cama é mais confortável e eu não sei mais se isso é a verdade nua e crua.

Eu não me lembro tão bem da sensação do colchão. Eu não me lembro perfeitamente se ele é tão diferente assim, já que logo após de nos perdemos um no outro, logo após de eu ser limpada com todo o seu cuidado, sou arrastada e acomodada em cima do seu corpo grande e quente. Eu adormeço em menos de 5 minutos, depois de balbuciar sonolenta algumas palavras sobre meu passado.

Os pesadelos não sumiram, eles ainda me perseguem, mas a dor diminui quando meus olhos se abrem desesperados e sua pele decorada pelas cicatrizes e tatuagens, está lá. Os braços me apertando e me segurando feito um casulo, me confunde. Eu jurei que o mesmo estava acordado, em um dos episódios. Mas eu conferi, seus olhos estavam fechados e sua respiração continuava pacifica. Eu soltei um suspiro aliviado por isso.

— Isso não é da sua conta — tento rosnar em sua direção, mas isso não causa o efeito desejado no mesmo. Ele me encara com os olhos brilhantes e divertidos.

— Sabe, eu me sinto um pouco mal — ele recomeça com o papo furado — Você não pensou duas vezes pra dar uma chance para o cara — meus lábios tremem — Eu percebi desde que me fez invadir aquele lugar. Aquele papo de "o grandão é meu" e "não toque neste" é ridículo agora — a sua tentativa miserável de me imitar, faz a missão de não liberar um sorriso ficar ainda mais difícil — Você poderia ter me falado antes. Eu poderia ter me humilhado menos, gatinha — ele pisca por fim, sendo um babaca cafajeste.

Apesar do jeito engraçado do mesmo tocar no assunto, isso me faz pensar na situação. Kaillan e eu não nos anunciamos para ninguém. Eu não vi isso como algo que precisava ser feito, deixamos claro nossa situação um para o outro e isso é o suficiente. Porém, sei que assim como Jason, os outros também perceberam a mudança entre nós.

Aprendendo a ser seuOnde histórias criam vida. Descubra agora