várias em seu caixão.

102 12 17
                                    

Ao trocar as alianças, Jisung as olhou com os olhos brilhando de felicidade. Quando nessa vida ele iria imaginar que, com uma simples entrevista de emprego, acharia o amor da sua vida?
Nunca imaginou que se entregaria tanto a um relacionamento assim. Nunca foi impulsivo, mas com Minho as coisas fluíam. Por mais que existissem tantas muralhas, ex-louca e tudo mais, eles sempre davam um jeitinho de estarem juntos, e isso era o que importava para eles.

— Eu preciso ir pra casa e mostrar isso para o Felix. — disse empolgado.

— Ok, vamos. O dia já está acabando mesmo. — respondeu Minho, levantando-se. Jisung se pôs de pé também.

Minho arrumou todas as coisas que haviam trazido para passar o dia juntos. Pegou a toalha de piquenique que estava no chão e a dobrou. Olharam mais uma vez o céu, que agora já tinha tons de azul escuro e preto no meio do laranja que ia embora.

Minho entrelaçou seus dedos aos de Jisung e se pôs a caminhar pelo mesmo caminho de antes, parando apenas quando viu um vendedor de flores parado com rosas lindas e bem vermelhas.

Minho andou um pouco à frente, soltando a mão de Jisung, escolheu a flor mais bonita dali e a pegou. Virou-se para Jisung e a entregou.

— Por que tá me comprando uma rosa do nada? — disse, cheirando a flor.

— Nada, só quis te presentear. E também porque te amo.

Jisung assentiu sorrindo e deu um selinho em sua bochecha. Minho pagou o senhor e entrelaçou seus dedos novamente com os do menor, continuando o caminho até seu carro.
Quando chegaram perto do portão de onde tinham vindo, não havia mais ninguém por ali. As pessoas não costumavam ficar de noite no parque; era sempre deserto.

Chegaram perto do carro, e o ruivo abriu a porta traseira para colocar o cesto no banco. Assim que voltou para frente, Jisung já tinha entrado e sentado no banco do passageiro. Minho abriu a porta do carro e quase entrou, mas viu um papel no para-brisa e saiu para pegar, achando ser uma multa.

— Sério que levei uma multa? — entrou no carro e fechou a porta.

— Sério, amor? — Jisung o olhou — Mas você estava no lugar certo.

— Jisung... — Minho olhou para trás, para fora do carro pela janela ao seu lado e para a de Han.

— O quê? Que cara é essa? — disse, já meio preocupado.

— Que porra... — Minho bateu no volante.

— Minho, o que foi? — Jisung já quase gritava, enquanto Minho deixava uma lágrima cair.

— Olha. — disse, entregando o papel para Jisung, que arregalou os olhos ao ler o que estava ali.

"Que sejam felizes com seu casamento! Não sabia que gostava de rosas, Hanzinho. Irei jogar várias em seu caixão quando te enterrarem vivo. Haha."

[...]

— Minnie, vou correr um pouco no parque, ok? — disse, saindo pela porta, enquanto colocava seus óculos escuros e uma touca que escondia bem a cor de seu cabelo.

— De óculos e touca? — apareceu na porta — Tá doida?

— Ninguém pode me ver, idiota, esqueceu? — deu um tapinha em sua cabeça — Já volto.

Disse isso e saiu correndo na direção do parque, que não ficava longe de sua casa.

Quando chegou no parque, pôde ver diversos casais e crianças brincando. Tinha cachorros correndo e idosos alimentando pombos — não façam isso — sentados nos banquinhos de madeira. Porém, o que realmente chamou sua atenção não foi nenhuma daquelas pessoas, e sim um casal de recém-noivos sentados perto do lago.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora