esse cinto é dela!

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Jisung estava com o coração a mil neste momento. Em sua cabeça, só passavam as palavras daquele homem com quem havia falado há poucos segundos no telefone. Felix e Changbin o encaravam preocupados e atordoados; Jisung não dizia nada há dois minutos, e o casal começava a se inquietar.

Felix foi até o filtro e pegou um copo de água para que ele bebesse algo e se sentasse um pouco antes de explicar o que havia acontecido durante a chamada e o motivo de ter ficado tão atordoado com uma ligação aparentemente simples.

Jisung pegou o copo com água e se sentou em um dos banquinhos, apoiando os cotovelos na bancada e grunhindo de nervosismo.

— Sung, você não quer contar o que aconteceu? — perguntou Changbin, sentando-se no banquinho ao lado.

— É, Sung, tá deixando a gente preocupado. — tentou Felix, sentando-se no colo do namorado.

Jisung suspirou pelo menos três vezes antes de se virar para os amigos, encarando-os com um nervosismo aparente.

— Bem... Era um tal de Choi San. Ele é o responsável pela investigação do meu caso e acho que do dinheiro do Minho também. Ele quer que eu compareça à delegacia. Eles têm coisas pendentes para solucionar o caso e prender a Yeji. — suspirou ao terminar de explicar.

Todo esse caso estava o consumindo por inteiro. Todos os dias, ele pensava em como sua vida seria se não tivesse ido àquela entrevista de emprego. Certamente, não estaria sendo convocado para prestar depoimento.

Mas, no instante seguinte, percebeu que, se não tivesse ido até aquela empresa, não teria encontrado o amor de sua vida lá e provavelmente continuaria entrando em relacionamentos frustrados.

— Oh, meu Deus! Isso é ótimo, Jisung! — exclamou Felix, feliz — Finalmente iremos ver aquela bruxa atrás das grades! — bateu palminhas.

— Calma lá, defensor. — brincou Changbin — Se eles têm coisas pendentes, quer dizer que as provas não são completamente concretas. Ou seja, pode haver uma reviravolta nisso tudo e ela não ser presa.

— Por que você é tão pessimista? — disse Felix, enquanto seu brilho começava a sumir.

Enquanto o casal conversava, Jisung olhava para um ponto específico do mármore da bancada. Ele precisava se concentrar, ir para casa e conversar com Minho.

De repente, levantou-se de supetão, pegou sua bolsa da bancada e olhou para o casal.

— Preciso ir. — disse, já se dirigindo à saída, mas foi puxado por Felix.

— Calma, eu te levo. — disse Felix, começando a andar, até Changbin o puxar.

— Eu levo vocês, é perigoso.

— Calma, ativo. Sung e eu fizemos três anos de judô. — disse Felix, convencido.

— Na infância. — falou Han.

— Você é fã ou hater? — perguntou Felix a Jisung — Enfim, pegue as chaves, amor.

Changbin assentiu, e todos saíram.

O caminho até a casa de Minho — ou de Jisung também, já que ele praticamente não saía de lá — foi tranquilo e até rápido, na verdade. Chegaram poucos minutos depois, e aparentemente Minho estava em casa. Jisung desceu do carro e acenou para os amigos.

— Ei! — Felix o chamou, e Jisung se virou em sua direção — Quando vai buscar suas coisas lá de casa? — Changbin o encarou no mesmo instante.

— Está me expulsando da minha própria casa? — olhou incrédulo — Aquela casa também é minha!

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora