Quando o casaco de Seungmin se prendeu ao para-brisa do carro, Yeji entrou em desespero pelo amigo. Minho poderia não o reconhecer, mas o bilhete que deixou ali e o fato de seu casaco estar preso em seu carro levantaria muitas suspeitas, e seriam questões de minutos até relacionarem ele com Yeji.
Assim que o carro do homem saiu de sua vista, ela se apressou a caminhar até onde Seungmin se escondia atrás dos arbustos.
Ajudou o amigo a se levantar e se limpar. Não tinha quebrado nada, só caiu de mau jeito no chão.
Se apressaram em voltar para casa; alguém poderia os ver ali, e tudo o que menos queriam era levantar qualquer tipo de suspeitas.
Adentraram a casa silenciosa e escura. Seungmin se jogou no sofá, relaxando seu corpo sobre ele, enquanto aproveitava os segundos de silêncio que teria até a ruiva começar com seus questionamentos, suposições e chiliques diários.
— Será que te viram? — rodeava a sala.
— Não. — suspirou — Se tivessem me visto, você não acha que iriam me interrogar? — sentou-se.
— É, pode ser. Precisamos ser cautelosos. — sentou-se ao lado do amigo.
— Cautelosos? Garota, você foi ao parque correr e quer que tenhamos cautela? — a olhou descrente com a controvérsia de atitudes.
— Tanto faz. — levantou-se e foi para o quarto com o outro atrás.
Seungmin sentou na cama, encostando as costas na cabeceira.
— Amiga, o que fez com Kang? — disse abrindo o Instagram.
— O que fiz? Nada. Ele saiu da Coreia, é um frouxo! — parou em frente ao guarda-roupa, escolhendo roupas e acessórios como bonés, luvas, laces e máscaras.
Pegou uma mala um pouco grande e a pôs sobre a cama, atraindo um olhar de dúvida no amigo. Voltou ao guarda-roupa e começou a escolher sapatos.
Os colocou dentro da mala também e a fechou. Seungmin observava tudo quieto, esperando que a ruiva desse explicações sobre aquilo, mas ela não deu. Simplesmente saiu para fora do quarto e foi até a cozinha.
Pegou o celular que se encontrava em cima do balcão da cozinha e se sentou no banquinho ao lado da bancada. Em suas mãos tinha um cartão de alguma empresa de telemensagem — aquelas que as pessoas costumavam mandar no aniversário — coisa que nem sabia que existia ainda.
Yeji usava um celular diferente do seu. Era menos moderno, provavelmente descartável. Ouviu a mulher discar os números que estavam no cartão e conversar com o atendente.
— Alô? Oi, boa noite! — dizia de uma forma meiga — Eu quero mandar uma mensagem para o meu marido. Isso. Estou voltando de viagem e quero que ele saiba por meio de seus canais, exatamente.
O atendente dizia como a mulher deveria fazer e enviar a mensagem, para que eles pudessem enviar para o número escolhido por ela.
Assim que terminou de acertar todas as coisas e o horário que deveriam ligar para o número, e a voz feminina de uma das funcionárias soar no ouvido do destinatário, Yeji finalmente pôde dizer qual mensagem queria enviar ao "seu amado marido".
Ela falava algo sobre voltar e para a pessoa não a decepcionar. O que isso queria dizer? Yeji era completamente louca.
E assim que terminou a mensagem, o atendente agradeceu pela preferência.
Seungmin ainda a encarava com a mesma cara de antes. Ela simplesmente enviou uma telemensagem para alguém com palavras super estranhas e suspeitas, e nem ao menos disse a ele sobre. E outra: para que aquela mala arrumada?
— Você vai dizer ou preciso juntar peças desse quebra-cabeça? — entrelaçou os dedos, pondo as mãos juntas sobre a bancada.
— Para que quer saber? — desceu do banquinho onde estava sentada — Você vai me julgar e depois vir atrás de mim de qualquer forma.
— Está dizendo que sou seu capacho?
— Claro que não, Min. — o abraçou por trás — Estou dizendo que é um rabugento, mas sempre me acompanha em tudo, e eu devo te agradecer por isso. — beijou a bochecha direita do moreno.
[...]
No outro dia de manhã, Minho acordou primeiro que Jisung. Levantou-se para tomar um banho e escovar os dentes. Entrou no banheiro, despiu-se por completo e encheu a banheira com água morna e essência de lavanda, que descobriu recentemente que amava — quem sabe, sabe.
Entrou na banheira, sentando-se e deixando que seu corpo se acomodasse na água, que relaxava cada partezinha dele. Fazia tempos que não se sentava em sua amada e aconchegante banheira para relaxar o corpo sem preocupações; mesmo que houvesse algumas pendências a serem resolvidas.
Por uns instantes, chegou até mesmo a cochilar ali, acordando somente quando ouviu a porta se abrir um pouquinho e um Jisung muito sonolento aparecer.
— Bom dia. — disse, escorando-se no batente da porta — Pensei que tivesse ido trabalhar e me deixado aqui.
— Bom dia, meu amor. — disse calmo, fechando os olhos — Só voltarei quando você estiver cem por cento bem.
Jisung balançou a cabeça, assentindo, mesmo não precisando.
— Posso entrar? — por algum motivo, estava agindo de forma tímida.
— Se pode entrar? Mas é claro que pode, Sung. — Minho se afastou da borda da banheira e o encarou pela primeira vez no dia — Está usando minha camisa?
Sorriu meigo ao ver o menor com sua camisa toda amarrotada e os cabelos bagunçados, sem contar o rostinho inchado que deixava as bochechas ainda maiores.
Jisung entrou no banheiro, retirando a camisa de Minho e sua cueca, deixando-as sobre a pia. Entrou na banheira e se banhou com Minho.
Quando desceram as escadas da casa, não havia mais ninguém ali. Bang e Chaeryeong já deviam ter ido embora desde ontem ou hoje de manhã. O casal caminhou até a cozinha, onde comeriam seu café da manhã, que Minho se arriscou a fazer.
Comeram tranquilamente, aproveitando da companhia um do outro.
Jisung observou a hora e viu que precisava ir à sua casa logo, ou talvez não encontraria Felix em casa, e ele precisava do amigo mais que tudo. Fazia tempos que não ficavam sozinhos e conversavam como antes, o que era até meio triste.
Deixou um beijinho nos lábios de Minho assim que pediu um táxi e entrou nele, seguindo para o endereço solicitado.
Minho observou o carro sair de seu condomínio e sentiu seu bolso vibrar. Era seu celular indicando uma chamada de um número desconhecido. Atendeu.
— Estou voltando, meu amor. Agora tudo vai ocorrer como eu esperava. Não me decepcione desta vez.
E mais uma vez, Minho sentiu o medo de perder Jisung. Só que agora, ele estava sozinho em um táxi com um desconhecido.
notas
o vocês acham que vai acontecer?
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my new secretary - minsung
Fanfiction》minho é ceo de uma empresa multinacional e precisa urgentemente de um secretário. |minsung| • +18 • lemon • longfic • yaoi #1 - secretary #3 - jyp #1 - minsung × disponível no spirit @hannie_12. © todas as minhas histórias são de min...