não pode ser.

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Minho largou tudo que estava consigo e correu, correu como se não houvesse o amanhã. Correu tanto pela sua vida quanto pela de Jisung.

Todos que estavam consigo na delegacia gritaram e correram atrás de si para que ele parasse, mas ele não parou um segundo sequer.

Chegou em seu carro e entrou desesperado, tentando colocar a chave no buraco, mas seu desespero era tanto que ele não conseguia se concentrar. Suspirou, tentando se acalmar, e finalmente conseguiu colocar a chave. Deu partida no carro e saiu cantando pneu pela rua enquanto os meninos corriam, tentando chamá-lo.

O trânsito naquela cidade era um inferno — tanto que Jisung se atrasou para sua entrevista de emprego — e, naquele dia, não seria diferente, não é?
Os carros, ônibus, vans e caminhões nem saíam do lugar enquanto a lua iluminava o teto de cada um deles.

— Mas será que nem de madrugada isso melhora? — bateu no volante e buzinou.

Alguns segundos depois, os automóveis começaram a se mover, mas nada muito significativo para quem tinha pressa.

Seu celular tocou, indicando ser Bang — pela foto dos dois juntos com Christopher segurando uma colher de pau. Minho ignorou alguns toques, mas aquele canguru — como o próprio Lino o chamava — era insistente.

Atendeu.

— Que foi, Bang? — perguntou com a voz irritada e frustrada.

— Você saiu igual um louco, Min. Onde você está?

— Tô na est– — o sinal era péssimo — mas esse trân– — cortou — Inferno– — cortou — Christopher.

— Quê? Tá cortado.

— Eu t– — cortou — caralho. — Presta atenção! — gritou, fazendo Bang se irritar e desligar.

Minho achou estranho o comportamento do outro, mas não ligou o suficiente para isso.

Os carros finalmente começaram a andar de verdade, e o ruivo pôde dirigir na velocidade que queria.

Tentou ligar para sua irmã enquanto dirigia, mas dava caixa postal. Começou a correr mais do que deveria com o carro, passando perigosamente perto de outros veículos e desviando rapidamente para não bater.

Ele poderia se acidentar e machucar não só a si, mas outras pessoas que não tinham nada a ver com isso? Poderia. Mas, naquele momento, ele não ligava pra mais nada.

Tudo que ele precisava era chegar ao hospital o mais rápido possível. Como o hospital era longe de onde ele estava, isso demoraria um pouco, mas nada que uns 250 km/h não resolvessem, não é mesmo?

Passava tão rápido pelos carros que parecia um foguete. Entre um carro e outro, ultrapassava todos.

Até que...

Seu carro parou.

Ou melhor, foi parando aos poucos. Bem aos poucos, ele sentiu o carro pesado até que um barulho se fez presente.

Seus dois pneus traseiros tinham furado.

Parou o carro e desceu, indo até a traseira do veículo.

— Não pode ser! — gritou de frustração ao ver os dois pneus furados. Bateu dando socos e chutes na lateral do carro até se abaixar, começando a chorar e gritar de desespero.

Tudo o que ele queria era encontrar o menor. Por que tudo isso estava acontecendo?

A estrada estava completamente vazia e deserta no momento, então ele decidiu ligar para Christopher.

Dois, cinco, sete toques até cair.

Ligou novamente, e o telefone tocou, mas não foi atendido.

— Porra, Chris, você é o pai de todos daqui, atende essa merda! — mas novamente ninguém atendeu.

Ligou para Changbin, mas aparentemente ele não havia colocado o celular para carregar.

Ele ia até ligar para Felix, mas dois homens apareceram e tomaram o celular de suas mãos.

— E aí, playboyzinho. — zombou um deles — Tá perdido? E esse carrão aí? — passou a mão por cima do carro — Daora, vou levar.

— Vai levar uma porra que você vai.

— Qual foi? Tá afim de levar uns furinhos, playba? — puxou a arma.

Minho recuou, e o outro entrou no carro. Apesar dos pneus estarem furados e dificultarem a movimentação, os homens levaram o veículo assim mesmo.

Minho gritou, esperneou, mas nada adiantou.

Ele estava sozinho em uma estrada deserta, sem celular e sem carro.

Quando a vida começaria a dar descanso?

notas

att curtinha, mas importante.

ps: playba pq não sei como esses caras falam kkk

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora