my new secretary - minsung

depoimento.

O carro em que Jisung estava chegou à porta de Felix alguns minutos depois que saíra do condomínio de Minho. Moravam a uma distância não muito grande. Han desceu do carro e se dirigiu até a porta. Como ainda tinha a chave da casa - por mais que não fosse lá há bastante tempo - ele a abriu e entrou no local.

Felix estava na cozinha preparando brownies - que, diga-se de passagem, estavam com um cheiro ótimo. Han fechou a porta e caminhou até a cozinha, abraçando o outro por trás e, de cara, já mostrou o anel em seu dedo, o que ocasionou uma gritaria da parte de Felix.

Ele estava com os olhos esbugalhados e muito, muito feliz com aquele anel no dedo de seu melhor amigo. Era ele quem aguentava todas as lágrimas que Jisung derramava em seus relacionamentos frustrados, e ver seu melhor amigo com uma aliança e a felicidade estampada em seu rosto não tinha preço.

— Ai meu Deus! O que é essa coisa brilhante? Fiquei cego! — segurou a mão de Jisung, olhando o anel mais de perto.

— Linda, não é? — disse sorridente. — Tem o nome do Minho gravado, e o meu na dele.

— Que lindo, Sung. — disse com os olhos já se enchendo de lágrimas. Felix era muito sentimental — Estou muito feliz pelos dois, vocês merecem muito! — abraçou o amigo.

— Eu sei, obrigada! — disse entre os braços do outro — Sinto que finalmente teremos paz de novo. Por mais que ontem, quando estávamos voltando do parque, tinha um bilhete no para-brisa do carro falando sobre a flor que ele comprou pra mim e algo sobre jogar no meu caixão. — lembrou.

— Ai meu Deus, Jisung. Isso é perigoso! Vocês acham que foi quem? Yeji? — disse assustado.

— Provavelmente. — suspirou, indo até a sala e se sentando no sofá.

Jisung estava tão cansado disso tudo. Às vezes pensava se realmente valia a pena construir algo com Minho. Seria tão mais fácil se ele não tivesse tido nada com Yeji no passado; eles seriam tão mais felizes.

Felix seguiu o amigo até a sala e se sentou ao seu lado.

— Você acha que ela vai fazer algo? É perigoso você andar por aí assim. Você veio com quem?

— Calma, Felix. — sorriu com o desespero do amigo — Eu não sei se ela vai fazer alguma coisa, não sei se ela tá fazendo isso só pra perturbar, eu não sei de nada. — suspirou — Mas eu sei que amo muito o Minho e que não vou deixar ele por nada, não importa o quanto ela tente.

Felix sorriu sem mostrar os dentes. Ficava contente pela garra e determinação do amigo, por mais que tivesse medo do que poderia acontecer caso a outra surtasse.

— Tudo bem. Desde que você esteja bem — sorriu — Estou fazendo brownies... Quer me ajudar? — se levantou.

— Claro, brownie boy. — riu.

Saíram da sala e se dirigiram à cozinha novamente. Felix tinha algumas formas com os brownies no forno e mais massa em cima da bancada. Jisung não reparou quando chegou, mas a cozinha estava uma completa bagunça de chocolate e travessas. Algumas estavam sujas de chocolate e farinha.

— Você fez uma bagunça enorme. — zombou — Tenho pena do Changbin.

— Tinha que ter pena é do Minho. Vai ter que cozinhar sempre. Coitado. — retrucou, fazendo Jisung abrir a boca em descrença, o que arrancou risadas do sardento.

— Como ousa? — riu. — Sou ótimo com doces e guloseimas, ok?

— Ok! — levantou os braços em rendição.

Felix tirou as formas que estavam no forno, colocando outras ali. Ele queria fazer bastante para sobrar para Changbin também, que amava seus brownies.

Os biscoitos estavam quentinhos e com uma aparência maravilhosa, dando água na boca só de olhá-los.

— Quero levar para o Minho, tá? —disse — Ele vai amar!

— Só vou deixar porque ele é legal.

— Você iria deixar de qualquer forma.

— Cala a boca. — Pegou a vasilha com vários dentro e levou até a sala. — Vamos assistir o quê? Friends?

— Óbvio!

Passaram o resto do dia assim, comendo e fofocando enquanto assistiam à sitcom preferida dos dois. Friends é um clássico.

Quando a tarde foi chegando ao fim e a noite se fez presente, Changbin entrou pela porta do apartamento, tirando sua roupa pelo caminho, ficando apenas de cueca e blusa social.

— Amor, estou cansado. Faz massagem — entrou na sala, assustando-se ao ver Jisung ali, que também se assustou, fazendo Felix ficar vermelho de vergonha pelo namorado.

— Ai meu Deus, Changbin! — tampou os olhos.

— Amor, coloca uma roupa, pelo amor de Deus!

Seo estava pálido, coitado. Correu para o quarto e se trancou lá. Tirou o resto de suas roupas, entrou no banheiro, tomou um banho não muito demorado e voltou para a sala. Sentou-se ao lado de Felix, lhe dando um selinho.

— Me desculpe, Sung. Não sabia que estava aqui. — disse, dirigindo-se a Jisung, que sorriu.

— Tudo bem. Na verdade, está na minha hora. Não quero andar por aí à noite.

Se levantou do sofá, indo pegar suas coisas na bancada da cozinha, quando ouviu seu celular tocando.

Correu até lá e atendeu.

— Alô, Han Jisung? — disse uma voz masculina.

— Sim!?

— Aqui é o detetive Choi San, da delegacia de Seul. Estou responsável pelo seu caso de sequestro e tentativa de homicídio. Preciso que compareça à delegacia amanhã. Temos algumas informações para serem confirmadas. — Jisung arregalou os olhos — Precisamos de seu depoimento.

Jisung estava surpreso? Aliviado? Tenso? Sim, acho que tenso é uma boa definição.

notas

oh, só quem prestou atenção no capítulo do sequestro vai saber o item que vai fazer eles juntarem tudo.