pegamos ela.

26 4 0
                                    

Yeji era uma pessoa de muita sorte, muita sorte mesmo; a probabilidade de ela fugir, tendo tantos policiais capacitados ao seu redor, era mínima, mas mesmo assim ela foi lá e fez. Talvez tudo isso estivesse calculado em seus pensamentos sobre uma possível fuga, ou ela soube executar muito bem todo o imprevisto.

A mulher conseguiu se safar mesmo depois de levar um tiro na coxa, o que a fez acelerar mais do que já estava. Ela não sabia nem para onde estava indo. Ao contrário de Yeji, Seungmin, coitado... foi pego e preso sem nem mesmo ter chance de dizer alguma coisa. Até porque nem tem como se defender quando você é pego em flagrante saindo da casa roubada.

Depois que os detetives e policiais perderam Yeji de vista, eles voltaram para dentro da casa e começaram a vasculhar tudo e qualquer canto da mansão. A área ao redor foi lacrada e restrita como local do crime, e a passagem foi proibida. Os detetives, Yeosang e Yunho, colocaram suas luvas e começaram a procurar provas que incriminariam e declarariam Yeji como a autora do roubo e da tentativa de homicídio. Ela já estava muito encrencada, e qualquer coisa a mais poderia ajudar nisso. Ela poderia até arrumar um bom advogado, mas nem ele conseguiria livrá-la da cadeia. Claro, se eles a capturassem.

Yunho entrou no quarto onde a ruiva estava e abriu algumas gavetas, procurando por evidências, mas não tinha nada de muito relevante. Eram somente roupas e sapatos comuns. Isso estava o frustrando profundamente. Foram meses neste caso, noites mal dormidas, para no fim ela fugir e ele não achar uma coisinha sequer naquela casa que colocaria aquela mulher atrás das grades para sempre.

Ele abriu o guarda-roupa pela última vez e suspirou ao não encontrar nada. Fechou a porta e se virou para a cômoda que tinha do outro lado. Ele não tinha olhado ali direito. Abriu a primeira gaveta e não tinha nada. Abriu a segunda e encontrou dois livros embalados — provavelmente ela iria ler. Olhou a terceira e, bem... havia uma caixa na cor vinho, parecia ter uns 20 cm e era de veludo. O detetive a abriu, já que não tinha tranca, e tirou um paninho fino de cima, vendo os itens que havia embaixo.

Dentro tinha uma, duas, três fotos em grupo e uma foto em casal. O casal, em específico, era Minho e Yeji. Porém, o que chamou a atenção não foi a foto em si, e sim o cinto que ela estava usando: uma cobra de duas cabeças.

— Puta merda. Yeosang! — gritou o parceiro, que logo apareceu no quarto
— Qual era o cinto que o San estava procurando?

— Uhm... um cinto com a fivela de cobra. Por quê? — colocou as mãos na cintura e franziu as sobrancelhas.

— Esse? — mostrou a foto para o outro, que chegou mais perto para olhar — Esse cinto aqui? — apontou para a cintura de Yeji na foto.

— Sim! Puta merda, Jeong. — pegou a foto da mão de Yunho e o olhou — Pegamos ela.

Yunho grunhiu animado com a sensação de finalmente terem uma prova concreta de que ela era a dona do cinto e de que aquilo a incriminaria sem sombra de dúvidas. A casa e o cinto... ela estava ferrada demais.

— O que tem mais aí? — perguntou Yeosang, abrindo as outras gavetas que restavam. Não havia mais nada — Isso aqui é uma prova clara de que ela tem o cinto. — balançou a foto — Será que tem mais coisas por aí?

— Bem, tem outras fotos aqui e alguns bilhetes — pegou dois e começou a ler. — "Tudo o que eu mais queria é ter você de volta. Você não faz ideia do quão ruim é te ver feliz com ele. Eu te amo muito." "Todos os dias eu acordo pensando que tudo isso foi um pesadelo e que ainda estamos juntos." — olhou para Yeosang — Nossa, mas ela ama mesmo esse carinha.

E não estava mentindo. Apesar de tudo, ela amava Minho...

— Vamos levar essa caixa com tudo dentro para a delegacia e mostrar para o Choi. Ele vai ficar doido. — riu, pensando na reação do outro.

my new secretary - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora