Capítulo 3 - Nostalgia

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Alberto

"Mais uma semana acadêmica na Universidade da Califórnia que eu e Cristina devemos enfrentar. A administração é um curso incrível. E Deus tem nos ajudado demais, mesmo com os problemas e dificuldades confiamos nEle mais que tudo.

-Albert, estudou para prova de hoje? - Diz Cristina ao me abraçar pelas costas.

- É Alberto.. Melhor, pode me chamar de Beto - Olho para ela, ajeito meu óculos sem graça e sorrio. Cristina é linda, mas não quero me apaixonar por ela, afinal ela não demonstra nenhum sentimento por mim, sem falar que ela é uma linda menina, mesmo com aparelho nos dentes seu sorriso é simplesmente perfeito e eu sou um magrelo de óculos e aparelho nos dentes, um típico nerd. Mas sei que Deus tem uma mulher para mim.

- Tudo bem Betinho. - Ela aperta minha bochecha e sinto meu rosto quente.

- Eu estudei sim e me sinto preparado - Mecho nos óculos e aliso o braço sem graça.

- Betinho, você é muito tímido, precisa se soltar mais.

- É Betinho, precisa se soltar mais. - Ouço essa voz atrás de mim e me arrepio todo, essa pessoa só pode ser Isabela. Me viro para atrás e é a mesma que vejo, com cabelos na altura do pescoço castanho escuro, de cor parda e com um sorriso, aquele sorriso irônico de quem quer fazer mau a alguém. Fiquei paralisado.

- O que foi Betinho? O gato mordeu sua língua? Pensei que fosse inteligente. Olha só.. Vou falar uma única vez. Saia do meu caminho, sua ameba de quatro olhos. - E passou por mim esbarrando em meu ombro. Nem tive coragem de olhar para trás, Isabela e seus amigos me causavam arrepios, como ela podia ser tão má?

- Alberto, não fica assim cara. Não podemos ficar com raiva das pessoas. Não fica triste também. Deus tem mais para nos dar. - Disse Cristina colocando a mão em meu ombro.

- Sim Cristina, eu só posso orar por ela. - Tento fingir um sorriso, quase que em vão.

- Não me chame de Cristina. Me chame de Cris. - Ela sorri para mim."

Começo a acordar, e percebo que estou suado. Olho para o relógio ao lado da cama, TERÇA - 21:35, parece que dormi demais. Me levanto e vou tomar um banho gelado para esfriar o corpo. Estou com uma sensação de nostalgia, e isso é.. Não sei como descrever. Talvez estranho? Algo bem perto disso. Pelo menos não foi um pesadelo. 

Vou para cozinha e encontro Judie.

- Olá Judie.

- Oi Alberto, parece diferente. Talvez, preocupado.. aconteceu alguma coisa hoje?

- Não, eu estou bem Judie. Estou só um pouco cansado, tem muita coisa para resolver na empresa e estou com a cabeça cheia.

- Não fique tão preocupado. Divida as coisas melhor com Cristina, você sempre pega o mais pesado para si. E se precisar contrate outra pessoa para lhe ajudar. - Disse ela com ternura

- Eu vou pensar no caso. - Forço um sorriso.

- O seu jantar está aqui pronto. - Ela estende a mão apontando para a comida.

- Muito obrigada Judie. - Ela vem e me dá um beijo na testa. Eu amo muito ela.

Judie

Quando vi Alberto descer pela escada e chegar na cozinha com aquela cara eu logo imaginei que tinha acontecido alguma coisa com ele. Eu conheço um pouco da sua história e sei que é um excelente e inteligente garoto, mas que as circunstâncias o fizeram quem ele hoje é. Vou cuidar dele como se fosse meu filho, afinal ele não tem mais família.

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