Capítulo 11 - E agora?

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Alberto

[Flashback on]

- Você não consegue perceber que acabou!

- Por quê está tão irritada? - Digo.

- Você me humilha de todas as formas possíveis.

- Eu jamais faria isso, Isabela. - Tento colocar a mão no seu ombro, mas ela retira.

- Não toque em mim. Queria que você fosse à festa, mas não, você e essa sua droga de igreja.

- Eu tenho responsabilidades, não posso jogar tudo para o ar só porque você quer que eu faça. - Tento falar com carinho. - Eu quero estar com você, mas tenho outras coisas além de você, precisa entender, Bela. Eu te amo mais que tudo, mas não precisamos estar sempre juntos.

- Então isso não é amor.

- Claro que é, mas você quer submissão, e não pode ser assim, meu amor. - Tento por a mão em seu rosto, mas ela desvia.

Ela balança a cabeça de forma negativa, a abaixa e depois me encara. - Se não pode ser desse jeito, então não podemos existir juntos.

- Não fica assim. - Tento abraça lá. - Acabamos a faculdade, agora podemos ficar mais tempo juntos e sonhar.

- Não Alberto! Não! Você não entende e nunca vai me entender. - Ela se desvencilha do meu abraço.

A observo.

- Estou indo. Não podemos ficar juntos assim.

Ela pega a bolsa no sofá da minha casa e vai embora, e eu fico atônico. O que dizer? Não tem o que dizer nesse momento. Simplesmente esperar e deixar a dor se apossar do meu coração aos poucos, até que não aguento e desabo no sofá em prantos.

[Flashback off]

Não consigo parar de pensar em tudo que Cristina me disse, eu ainda não consigo acreditar que Isabela não me contou que estudamos juntos. Será que ela pensou que eu sabia? Não é possível. Estou muito confuso, não queria que Cristina estivesse certa. O que me dá mais raiva é que depois que ela falou comigo eu fiquei o resto do semana sem ir à empresa para ter um tempo para por minha cabeça no lugar e espairecer, estou tenso. Não sei o que fazer. Que ódio! Essa mulher não vai me enganar de novo. Não mais! Isabela que me aguarde!

Infelizmente meu tempo para pensar acabou, já está quase anoitecendo, também não fui para empresa, mas como hoje é sexta, é dia da despedida de Débora, e isso não posso perder.


Telefone tocando.

- Alô!

- Alberto? Alberto, é você?

- Sim, Cristina, o que foi?

- O que houve com você? Morreu e esqueceram de enterrar? Você simplesmente sumiu o resto da semana toda.

- Eu precisava pensar.

- Então seu tempo acabou. Você deve vir à despedida de Déb, entendeu?

- Sim, Cristina. Eu nunca faltaria. Pode deixar, eu vou!

- Ok, então, até daqui a pouco.

- Até. - Termino a ligação.

Então chegou a hora. Vou para o banho, faço minha higiene, visto uma calça preta jeans, uma blusa polo branca, pego minhas chaves e o carro e sigo para onde será a despedida de Débora. Cristina reservou a cobertura de um restaurante para que pudéssemos comemorar está noite. Deu como desculpa que queria conversar com Débora para arrastá-la até o local. Só Cristina mesmo. Mas eu não estou muito a fim de chegar lá e dar de cara com Isabela. Vou dar algumas voltas pelo quarteirão para que eu não chegue cedo e tenha que cumprimentá-la.

Finalmente depois de umas mínimas 5 voltas pelas redondezas eu chego à cobertura e todos já estão festejando, quase toda empresa está presente, e alguns amigos de Débora que também são nossos amigos. Respiro aliviado quando olho ao redor e nada de Isabela, então vou cumprimentar Débora.

Ela está de costas conversando com algumas pessoas.

- Débora!

- Alberto! - Ela me dá um forte abraço. - Então você já sabia de tudo isso né.

- Claro, não poderíamos deixar sua saída passar em vão, certo?

- Não não mesmo. - Ela me dá outro abraço. E fala no meu ouvido. - Obrigada por tudo.

- Eu que agradeço por sua companhia todos esses anos. - Lhe dou um sorriso. - Bem, aproveite, pois hoje é o seu dia.

- Eu queria falar algo com você, Alberto.

- Débora. - Outra pessoa a chama. - Vem aqui, queremos falar com você.

- Daqui a pouco falo contigo. - Débora fala.

- Tudo bem, pode ir lá. - Ela sai andando rápido.

Estou indo pegar um aperitivo quando vejo Cristina.

- Meu amigo, como está?

- Ah eu estou bem, levando. - Olho ao redor. - E pelo visto você fez um ótimo trabalho aqui.

- Eu sei né. Acho que ela gostou.

- Acha não. Ela amou.

Isabela

Estou nervosa, finalmente vou ver Alberto. Só achei estranho, porque desde que voltamos do Congresso, ele não veio falar comigo. Isso sim é estranho. Então estou muito tensa. O importante é aproveitar essa noite, afinal ela é minha também, pois hoje oficialmente serei apresentada como a nova gerente, então preciso me preparar para isso.

Me junto a um grupo para conversar, fico mais aliviada quando não vejo Alberto de imediato. Mas logo aquele alívio vai embora, quando meus olhos entram em contato com os olhos de Alberto, meu coração acelera.

- Boa noite, Senhores.

- Boa noite Alberto. Boa noite. - Ouço todos falando e eu continuo imóvel.

- Gostaria de pedir licença para falar com a senhorita. - Ele se vira para mim. O que será?

- Tudo bem. Me deem licença.

- Sim. Tudo bem. - Diz o grupo com quem eu conversava.

Ele me pega pelo braço e vamos para a sacada. Solta meu braço de forma brusca, eu paro e ele continua a caminhar, então para e fica de costas para mim. A sacada é linda, tem uma vista maravilhosa sobre toda a cidade e seus prédios iluminados, a noite está com uma lua se apresenta no céu de forma exuberante, não há muitas estrelas.

- Está tudo bem, Alberto? - Pergunto sorrindo, mas ele permanece sério.

- Você que vai me dizer, Isabela pareço estar bem?

Mudo meu semblante de nervosa para preocupada. Ele está blefando?


O capítulo de hoje foi pequeno, para deixar vocês com um gostinho de quero mais rsrs.

Estou com uma grande falta de tempo, as provas estão chegando, mas pela graça imaculada de Jesus, todos seremos vitoriosos. Deus abençoe suas vidas e obrigada por acompanhar essa linda história que promete. Indiquem o livro!

No seu coração.

P.


Confia em Mim?Onde histórias criam vida. Descubra agora