𝐀 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐪𝐮𝐢𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫💫𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐚̃𝐨

━ xxi. ♕

* Será ser um cap. longo, mas é o último desta fase. 

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²¹ By Shaena *

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— Princesa Shaena, é uma honra recebê-la em minha cidade.

O Príncipe de Pentos diz, abrindo os braços em um gesto exagerado.

Eu mal o noto.

Esperei duas semanas para vir até aqui. Duas semanas sufocantes, tentando ignorar a ausência de Maegor e tentando dizer a mim mesma que estava fazendo a coisa certa.

Disse a meu pai e ao conselho que vinha em busca de informações sobre a guerra. Mas era mentira. Vim por Maegor. Vim para trazê-lo de volta. Para casa. Para mim.

— É um belo palácio.

— Seu pai disse a mesma coisa quando veio aqui.

Sinto o calor sufocante desse lugar me envolver assim que piso nele. Meus olhos percorrem o salão luxuoso, mas estou impaciente. Voei para cá com um único propósito, e quanto mais tempo passo ouvindo as formalidades do príncipe, mais me sinto nervosa.

— Devo me sentir lisonjeado de receber a filha primogênita e herdeira de Aegon, o Conquistador em minha casa. Irei mandar reservar a melhor ala do palácio, com os melhores aposentos e...

— Me sinto honrada. Mas não pretendo ficar aqui — corto direto. — Preciso ver o meu irmão, onde ele está?

O príncipe sorri, como se achasse graça da minha pressa.

— Vejo que a fama da princesa Shaena não é exagero. Impetuosa como dizem...

Não respondo. Apenas estreito os olhos.

Ele ri baixo, erguendo as mãos.

— Muito parecida com o seu pai. Venha comigo.

Sigo seus passos pelos corredores do palácio. O cheiro de incenso e especiarias me enjoa. Mas, não tenho tempo para absorver os detalhes do lugar — tudo que quero é vê-lo.

Ele me leva até uma ala afastada, onde segundo ele, é um espaço dado especialmente para Maegor.

O Príncipe de Pentos para diante das portas e abre um sorriso educado.

Mas eu já nem presto mais atenção.

Meu coração martela no peito.

— Vejo que o príncipe não está por aqui. Talvez ele esteja descansando em seus aposentos — ele diz, mas logo tomo a frente.

— Bom, eu vou entrar então. Podem nos dar licença.

O príncipe me olha com curiosidade, mas logo faz uma reverência e sai, fazendo um sinal para que seus guardas façam o mesmo.

Respiro fundo antes de empurrar a porta.

Entro no quarto e fecho a porta atrás de mim. As cortinas estão fechadas, e a única iluminação vem de velas espalhadas e da pouca luz solar que entra pelas brechas das janelas.

Meus olhos varrem o lugar rapidamente, absorvendo os detalhes. A mesa repleta de taças e garrafas. As roupas espalhadas pelo chão.

E então vejo a cama.

Mas Maegor não está aqui. Só vejo uma mulher.

Em cima da cama. Deitada. Nua entre lençóis.

Seus cabelos escuros caem soltos pelas costas, e os olhos — olhos afiados e brilhantes, como os de um gato — me analisam com uma expressão de um susto exagerado, mas também de algo mais.