𝐀 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐪𝐮𝐢𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫💫𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐚̃𝐨

━ xxv. ♕

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²⁵ By Maegor *

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Shaena definitivamente me enlouquece.

Ela. Gozou. Na. Minha. Frente.

Ofegante, quase gozei junto, com a dançarina - que eu estava - sugando meus dedos, se esfregando contra mim.

Shaena gozou com Aenys, me assistindo. Eu sei que gozou. Eu sei que seu rosto fica vermelho quando sente prazer. Que caras faz quando está gostando. Pior, mesmo eu não a vendo completamente, posso jurar que a ouvi gemendo o meu nome.

Errado...?

Porra.

Cacete, eu não posso pensar, cogitar ou sequer querer que ela chame meu nome daquele jeito. Meu coração estava em disparada e a dançarina que estava comigo me olhou estranho quando travei imediatamente, parando.

Voltei meu olhar para Aenys e Shaena, que se beijavam agora, devagar. Eles sorriam um para o outro quando ele moveu a boca para o ouvido da infeliz, que parou para me encarar por cima do ombro dele envolvendo-o pelo pescoço. Ofegante, a assisti da mesma forma, e ela assentiu para algo que ele disse. Entendi que era um convite para irem embora e quase fui junto. Quis ir junto. Mas a dançarina segurou o meu rosto, perguntando o que estava acontecendo.

Eu precisava esquecer isso. Aquilo não deveria ter acontecido. Balancei a cabeça, pedindo desculpas, e ela suspirou, frustrada. Nada acabou rolando depois disso e eu voltei para o castelo com os dentes cerrados.

A noite segue. Eu bebo. Muito. Nada resolve. A lembrança dela continua lá. O gosto, o olhar, o momento em que ela me encarou por cima do ombro de Aenys.

Aperto um travesseiro contra o meu rosto, abafando meu grito. E não consigo dormir a noite inteira.

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O pátio está vazio. Ou ao menos deveria estar.

Estou de volta há poucos dias, e o castelo já parece que mudou por completo.

Ou deve ser apenas a minha inquietude que me faz pensar assim.

Caminho em direção ao pátio de treinamento, decidido a encontrar qualquer guarda desavisado para duelar — ou bater — até que a minha raiva passe. Até que o pensamento de Shaena não esteja mais cravado na minha cabeça. Preciso bater em alguma coisa. Quebrar algo. Qualquer coisa que não seja a mim mesmo.

Mas quando passo pelas colunas e desço os degraus da lateral, algo me chama atenção.

Movimento nos arbustos.

Paro.

Franzo o cenho.

Alguém se esgueira por ali, achando que está sendo discreto. Pequeno demais para ser um soldado. Leve demais para ser um espião.

Dou mais alguns passos, devagar.

E então vejo. Cabelos dourados. Um vestido que já foi branco, agora manchado de terra.

Uma garotinha.

Ela se move com cuidado, como se estivesse fazendo tudo ás escondidas.

— Você aí — digo, mas sem forçar a voz.

Ela congela. Não corre. Apenas vira o rosto devagar. Um par de olhos violeta me encara. A menina deve ter cinco anos, talvez seis. Cabelos dourados presos num laço frouxo e sujos de poeira. Está claramente onde não deveria estar.