𝐀 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐪𝐮𝐢𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫💫𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐚̃𝐨

━ xxxvi. ♕

* Vamos para a reta final e só restam mais dois capítulos para finalização da história (recomendo que leiam meu fixado)... ❤️

* Alerta de capítulo longo. 

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³⁶ By Shaena

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Acordo com a cabeça latejando.

Sinto como se tivesse corrido uma noite inteira sem descanso. Meu corpo dói e minha boca ainda guarda o gosto amargo do veneno que Tyanna me forçou a engolir. O medo me corta por dentro antes mesmo de abrir os olhos por completo. Minha primeira reação é levar a mão trêmula ao ventre.

Meu bebê.

Sinto um pânico ao pensar que algo pode ter acontecido, mas não sinto dor e não há sinal de sangramento. Está tudo bem. Repito a mim mesma.

Uma luz fraca entra pela fenda estreita de uma janela alta, que só percebo agora. Já é dia. O tempo passou, e eu não sei o quanto. Pelos deuses.

Faço força para me levantar e as correntes presas nos meus pulsos arrastam-se pelo chão. Consigo apenas dar alguns passos até que o metal me puxe de volta com brutalidade, impedindo que eu alcance a claridade que entra pela parede.

Frustração e medo se misturam na minha garganta. Seguro nas correntes, puxando, tentando forçar o ferro a ceder, mas é inútil. Minhas pernas cedem e caio de joelhos.

Escuto som de passos vindo pela sala. Lentamente, ergo o olhar e vejo Tyanna surgir da sombra da porta.

— Vejo que acordou — diz, com um sorriso falso no rosto. — Estava curiosa para saber como foi a sua noite.

— O que... — minha voz sai fraca. — O que você fez comigo?

Ela caminha devagar até mim, inclinando a cabeça, como se me analisasse por completo.

— Nada que vá matá-la tão cedo — responde, ajoelhando-se à minha frente. Seus dedos frios tocam meu queixo, forçando-me a encará-la. — Mas, quero que sinta cada gota do que derramei em você. Quero que saiba o que é viver sem nunca confiar no próprio corpo.

Meu ventre estremece de novo sob minha mão. Ela percebe e o maldito sorriso se alarga em seu rosto.

— Ah... é claro. O bebê — ela diz, enojada.

Minha mão aperta o ventre com força protetora.

— Se você ousar tocá-lo... — minha voz sai rasgada. — Se fizer mal ao meu filho... você não sabe do que eu seria capaz.

Ela gargalha, uma risada baixa e melodiosa, como se minhas palavras fossem apenas uma piada.

— Ora, ora... vejo que peguei no seu ponto fraco — seus olhos me percorrem, avaliando cada tremor do meu corpo. Então, com um suspiro fingido, completa: — Relaxe, querida. A dose que tomou foi pequena demais para causar algo... a sua cria.

Meu estômago revira, mas não abaixo o olhar.

— Covarde — a faço me encarar. — Usa esses truques porque não tem coragem de me enfrentar de verdade.

Os lábios dela se curvam num sorriso indulgente.

— E por que eu desperdiçaria coragem quando inteligência me serve melhor?

Fecho os olhos por um instante, inspirando fundo.

— Onde está Lyanna? — pergunto. — O que você fez com ela?