Sair com raiva pelas ruas era algo muito eletrizante. A adrenalina que corria nas minhas veias parecia que meu sangue corria mais rápido e suavemente quente e, de um jeito impressionantemente estranho, frio.
Quando cheguei no saguão da Indústrias Backer, sua atendente fiel, Kara, sorriu para mim.
— No que posso ajuda-la, senhora?
Eu odeio quando me chamam de senhora. Como se eu tivesse oitenta e cinco anos!
— Oi, Kara... já nos falamos por telefone. Hmm, o seu chefe está?
— Está em uma reunião, senhora, gostaria de deixar recado ou aguardar?
— Você tem como avisá-lo de que estou aqui? Agora?
Kara tentou manter o sorriso intacto quando fez a ligação. Ela falou brevemente e disse para esperar. Foram os cinco minutos mais lentos de toda a minha vida.
— Senhorita McAdams, que surpresa — disse Jack ao aparecer.
— Faz apenas algumas horas, Backer, mantenha as hospitalidades para si mesmo.
Um sorriso apareceu em seu rosto.
— Tapas e beijos, huh.
— Vamos ignorar a parte dos beijos e vamos aos tapas, preciso conversar com você.
Jack mostrou-se impaciente, mas ele me guiou até a sua sala. A sua sala era no último andar, décimo terceiro andar. A porta gigantesca abriu com um leve empurrão e mostrou uma vista espetacular. Sua sala tinha as decorações cinza, branco e preto. O chão era de um branco limpíssimo que até pensei se daria para ver o meu reflexo. A mesa em que ele ocupava era em formato de U e apenas um computador em cima dela. Alguns papéis no canto e duas coisas coloridas do outro lado. Mas ele havia outra beleza por trás: a janela que ia do chão ao teto do escritório.
Backer trabalhava no centro de Nova York, dava para ver Times Square completa. Era absurdamente chocante e maravilhoso. O fim de tarde estava chegando depressa e eu precisava tratar o assunto rapidamente.
— Então, o que devo fazer por você, McAdams? Além de ter feito interromper uma reunião onde eu tentava comprar um país.
— Comprar coisas é bem a sua cara.
— O que eu posso dizer? Sou muito consumidor.
— Não, você é um metido a besta que acha que controla todos ao seu redor — falei ao dar vários passos em sua direção. — Mas adivinha só?
— Eu estou louco pra ouvir de você, querida — ironizou.
— Eu não sou sua assistente ou dona de algum país com poucos recursos para você comprar. Muito menos um de seus empregados que faz o que você manda.
Ele encostou com o quadril na mesa, cruzou os braços e me observou.
— E o que está sugerindo?
— Eu quero uma explicação — cruzei os braços. — Por que você me ignora ou simplesmente pede pra me manter longe de você como se você tivesse sarna ou uma doença pior e contagiosa?
Jack tentou segurar o sorriso, mas lá estava o sorrisinho novamente.
— Eu só não quero te meter em problemas, Holly.
— Que diabos de problemas são esses?
— Tem coisas que você não entende, coisas que não deve saber — falou seriamente.
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Além dos Flashes
Lãng mạnHolly McAdams sempre gostou de fotografia, mas nunca teve apoio necessário para seguir esse rumo. Sua melhor amiga, Tibby, uma romântica incurável, pede ajuda para Holly vigiar e fotografar o novo "príncipe encantado" da amiga, mas com isso, vem a i...