Eu não acordei na minha casa.
Em vez disso, acordei em algum lugar com a claridade vindo da janela que estava em algum lugar. Erguendo devagar na cama macia, eu gemi de dor. Minha cabeça doía tanto.
- Como está se sentindo?
Vi de onde estava vindo a voz e encontrei Jack sentado em uma cadeira e com seu tablet na mão. Ele estava aqui o tempo todo? O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? Estou no hotel?
- O que aconteceu?
Ele ergueu da cadeira e deixou o tablet de lado, veio em minha direção e sentou na cama, de frente para mim. Ele parecia sério e levou a mão para tocar meu queixo. Respirando fundo, ele disse:
- James tentou me dar um soco, mas você, teimosa, foi tentar me defender e ele acabou te batendo.
Gemendo, respondi:
- Isso explica a dor.
Ele sorriu de leve e depois franziu a testa.
- Você caiu no chão e precisei de forças pra não matar o meu irmão.
Isso me fez rir.
- Eu não entendo por que vocês brigam tanto.
Jack deu de ombros.
- James e eu sempre fomos assim um com o outro e, por você ser ex-namorada dele, ele acha que você ainda é dele.
Eu percebi que Jack ficou calado e eu aproximei. Coloquei as duas mãos no seu rosto e olhei em seus olhos.
- Ei, não fica assim. Eu não sou do James, tá? Deixa esse bico pra ocasiões sem noção - nós dois rimos.
- Vem cá.
Sorri para ele e lhe beijei, e em seguida gemi de dor.
- Você não devia ter entrado na frente - ele murmurou.
- Eu achei que ele ia me ver a tempo e iria parar.
- Ele ficou espantado, nunca o vi tão branco e assustado.
- Mesmo? - ergui as sobrancelhas.
Jack concordou com a cabeça.
- Onde eu estou, afinal? - perguntei ao olhar o quarto.
- No meu quarto - ele quase sussurrou.
Surpresa, eu comecei a notar realmente a decoração. O quarto era do tamanho ideal, nem muito grande e nem muito pequeno. As paredes eram em tons pastéis, teto revestido com gesso muito bem esculpido, um closet no lado direito e no lado esquerdo... uma varanda. A janela ia do chão ao teto. As cortinas balançavam conforme o vento vinha e tive a sensação de sentir cheiro de rosas. As roupas de cama eram brancas e havia uma porta ao lado do closet.
- É o meu escritório, passo a maior parte do tempo ali.
- Vendo pornografia?
Ele riu.
- Não... trabalhando - ele sorriu.
Sorrindo, eu mordi o lábio e puxei Jack para deitar na cama. Fiquei por cima dele enquanto o beijava.
- Para de ficar pensando, eu vou ficar bem - falei entre o beijo.
- Não me pressione, mulher - ele resmungou.
Rindo, beijei seus lábios, rosto, queixo e depois o pescoço.
- Dá pra ouvir você pensando - sussurrei no seu ouvido.
Ele riu novamente e trocou as posições: agora ele estava por cima.
- Hmmm, é realmente gratificante ficar nessa posição - disse ele ao abaixar para me beijar.
Ele começou pelo rosto.
- Te beijar aqui, - e o queixo - aqui, - meu pescoço - e, definitivamente, aqui.
Jack explorou meu pescoço até me deixar em carne viva de desejo. Me debati para ele soltar minhas mãos, mas ele não soltou. Em vez disso, riu de meu desespero e me deu um beijo.
- Você vai me destruir - ele murmurou.
Franzi a testa.
- Não confio em ninguém há muito tempo, Holly. Com você, a confiança e todos os outros bons sentimentos vem junto com muita facilidade. E é algo tão poderoso que eu tenho pensado seriamente se isso pudesse me destruir.
- Eu não quero te destruir, Jack - falei.
Ele balançou a cabeça.
- Eu sei, querida. Não faz ideia do quanto eu sei.
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Além dos Flashes
RomanceHolly McAdams sempre gostou de fotografia, mas nunca teve apoio necessário para seguir esse rumo. Sua melhor amiga, Tibby, uma romântica incurável, pede ajuda para Holly vigiar e fotografar o novo "príncipe encantado" da amiga, mas com isso, vem a i...