25 ❃ BONS SENTIMENTOS

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Eu não acordei na minha casa.

Em vez disso, acordei em algum lugar com a claridade vindo da janela que estava em algum lugar. Erguendo devagar na cama macia, eu gemi de dor. Minha cabeça doía tanto.

- Como está se sentindo?

Vi de onde estava vindo a voz e encontrei Jack sentado em uma cadeira e com seu tablet na mão. Ele estava aqui o tempo todo? O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? Estou no hotel?

- O que aconteceu?

Ele ergueu da cadeira e deixou o tablet de lado, veio em minha direção e sentou na cama, de frente para mim. Ele parecia sério e levou a mão para tocar meu queixo. Respirando fundo, ele disse:

- James tentou me dar um soco, mas você, teimosa, foi tentar me defender e ele acabou te batendo.

Gemendo, respondi:

- Isso explica a dor.

Ele sorriu de leve e depois franziu a testa.

- Você caiu no chão e precisei de forças pra não matar o meu irmão.

Isso me fez rir.

- Eu não entendo por que vocês brigam tanto.

Jack deu de ombros.

- James e eu sempre fomos assim um com o outro e, por você ser ex-namorada dele, ele acha que você ainda é dele.

Eu percebi que Jack ficou calado e eu aproximei. Coloquei as duas mãos no seu rosto e olhei em seus olhos.

- Ei, não fica assim. Eu não sou do James, tá? Deixa esse bico pra ocasiões sem noção - nós dois rimos.

- Vem cá.

Sorri para ele e lhe beijei, e em seguida gemi de dor.

- Você não devia ter entrado na frente - ele murmurou.

- Eu achei que ele ia me ver a tempo e iria parar.

- Ele ficou espantado, nunca o vi tão branco e assustado.

- Mesmo? - ergui as sobrancelhas.

Jack concordou com a cabeça.

- Onde eu estou, afinal? - perguntei ao olhar o quarto.

- No meu quarto - ele quase sussurrou.

Surpresa, eu comecei a notar realmente a decoração. O quarto era do tamanho ideal, nem muito grande e nem muito pequeno. As paredes eram em tons pastéis, teto revestido com gesso muito bem esculpido, um closet no lado direito e no lado esquerdo... uma varanda. A janela ia do chão ao teto. As cortinas balançavam conforme o vento vinha e tive a sensação de sentir cheiro de rosas. As roupas de cama eram brancas e havia uma porta ao lado do closet.

- É o meu escritório, passo a maior parte do tempo ali.

- Vendo pornografia?

Ele riu.

- Não... trabalhando - ele sorriu.

Sorrindo, eu mordi o lábio e puxei Jack para deitar na cama. Fiquei por cima dele enquanto o beijava.

- Para de ficar pensando, eu vou ficar bem - falei entre o beijo.

- Não me pressione, mulher - ele resmungou.

Rindo, beijei seus lábios, rosto, queixo e depois o pescoço.

- Dá pra ouvir você pensando - sussurrei no seu ouvido.

Ele riu novamente e trocou as posições: agora ele estava por cima.

- Hmmm, é realmente gratificante ficar nessa posição - disse ele ao abaixar para me beijar.

Ele começou pelo rosto.

- Te beijar aqui, - e o queixo - aqui, - meu pescoço - e, definitivamente, aqui.

Jack explorou meu pescoço até me deixar em carne viva de desejo. Me debati para ele soltar minhas mãos, mas ele não soltou. Em vez disso, riu de meu desespero e me deu um beijo.

- Você vai me destruir - ele murmurou.

Franzi a testa.

- Não confio em ninguém há muito tempo, Holly. Com você, a confiança e todos os outros bons sentimentos vem junto com muita facilidade. E é algo tão poderoso que eu tenho pensado seriamente se isso pudesse me destruir.

- Eu não quero te destruir, Jack - falei.

Ele balançou a cabeça.

- Eu sei, querida. Não faz ideia do quanto eu sei.



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