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Depois de muitos abraços e recomendações, os meus pais lá saíram de casa e partiram a caminho dos Estados Unidos.

Aqui em Londres, fiquei eu e Luke, hiperativos de tanto entusiamos que sentíamos pela semana que íamos passar juntos.

Bem...juntos mais a minha tia Helen. Mas ela não seria um problema, ela era provavelmente a quarentona mais fixe de sempre e eu adorava-a por isso.

- Vá, crianças, agora que estamos sozinhos entre as quatro paredes desta casa, estou pronta para ouvir a vossa história - disse ela, sentando-se no sofá da sala e forçando-nos a fazer o mesmo.

- Tia, não há história nenhuma para contar - disse eu, ligeitamente envergonhada.

- Luke, visto que a minha sobrinha está com vergonha de falar sobre este assunto, queres fazer tu esse favor, querido?

- Claro - respondeu ele, entusiasmado. Poisou o seu braço sobre os meus ombros e continuou: - Então, como já deve saber eu vim para Londres num programa de intercâmbio e por acaso vim parar a esta casa onde conheci a Carol. No princípio, tivemos as nossas confusões e discussões mas parece que o amor falou mais alto - terminou ele, olhando-me nos olhos com um dos sorrisos mais bonitos que alguma vez lhe vi nos lábios.

- Aww que queridos! Mas parece que a tua mãe tem outra opinião, Caroline.

- Pois, quanto a isso...ela não sabe. Nem ela, nem o meu pai. Eles nunca iriam aceitar. Para eles, eu e o Luke somos apenas uma espécie de irmãos e nada mais. Por favor, tia, não lhes contes - pedi eu.

- Claro que não, meu amor. Longe de mim estragar um amor tão lindo como o vosso. Fica só entre nós.

- Obrigada - agradeci com um sorriso. - Então e tu? Não achas que já está na altura de encontrares também uma relação séria?

- Oh, mas eu já encontrei! Não vos contei? - Acenei que não com a cabeça. - Sou mesmo distraída, desculpem lá. Há uns meses, fui a uma discoteca fantástica com umas amigas e conheci um homem bastante simpático. E giro, tenho que admitir. Trocámos contactos para saírmos juntos e vim a descobrir que ele é um grande milionário, dono de várias empresas de sucesso. Nós demo-nos bem e há umas semanas ele pediu-me em casamento. Eu aceitei, claro. E que nem vos passe pela cabeça que vou casar com ele por dinheiro, eu gosto mesmo do Tommy.

- Wow! - exclamei. - Que história, tia. Nunca pensei que fosses finalmente assentar. Estou muito feliz por ti, parabéns.

- Obrigada, querida.

- Quem vai gostar mesmo de ouvir essa notícia é a minha mãe. Ela nunca gostou das tuas aventuras e queria mesmo que encontrasses um marido.

- Pois, ela vai ficar mesmo feliz. Não lhe digas nada, mas eu quero convidá-la para ser minha madrinha de casamento.

- Eu não conto. Tenho a certeza que ela vai aceitar. E já marcaram a data? - perguntei, entusiasmada.

- Não, ainda há imensas coisas para preparar antes de escolhermos uma data. Mas fica descansada. Assim que escolhermos, vais ser a primeira a saber.

- Fixe. Obrigada.

- Vá, já chega de conversa. E que tal se fossemos fazer umas comprinhas? - a minha tia sugeriu e eu e Luke aceitámos euforicamente.

*

Quando a tia Helen disse 'comprinhas', ela quis dizer tudo menos essa palavra. Sim, porque quando cada um de nós já carrega 10 sacos de compras, sem exagero, o significado da palavra comprinhas deixa de fazer qualquer sentido.

A minha tia tinha comprado maioritariamente vestidos, bem curtos e justos, tal como era normal ela usar.

Luke ficou-se pelas calças justas e pelas camisolas de bandas.

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