Exchange • l.h. •

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Na manhã seguinte, acordei com um belo sol radioso a entrar pela janela. Finalmente, o tempo primaveril já se fazia sentir.

Levantei-me, fiz a cama e abri o armário, de onde retirei a roupa que ia vestir. Quando acabei de trocar de roupa, a porta do meu quarto abriu-se repentinamente, deixando entrar um Luke muito sonolento, ainda de roupa interior e a bocejar.

Ele veio até mim a esfregar os olhos com as mãos e beijou-me suavemente.

- Bom dia - ele murmurou, com voz rouca.

Soltei uma gargalhada e respondi:

- Ainda estás assim?

- Não quero ir para a escola - ele resmungou, sentando-se na minha cama. Puxou-me para ele e rodeou a minha cintura, encostando a sua cabeça à minha barriga como se fosse uma almofada.

- Vá lá, não sejas preguiçoso - pedi, brincando com o seu cabelo.

Do nada, ele levantou a cabeça e olhou para mim como se tivesse acabado de se lembrar de algo importante.

- É suposto fingirmos que ainda estamos zangados, lá na escola? - ele perguntou.

A minha expressão tornou-se mais séria e eu desviei o meu olhar do dele para pensar um pouco no que ele acabava de questionar e ponderar a minha resposta.

- Não! - respondi decididamente. - Eu já não tenho medo da Emma, não depois do que descobri. Além disso, estive tanto tempo sem ti, agora só quero recuperar o tempo perdido.

Inclinei-me e beijei-o suavemente.

- Agora, - disse, agarrando as mãos dele para o puxar. - está na hora de te ires arranjar.

Ele fez uma nova cara de aborrecimento e caminhou lentamente para a saída do meu quarto.

*

- Bom dia - Eve e Michael disseram ao mesmo tempo, assim que se aproximaram de nós.

Eu e Luke retribuímos o cumprimento.

- Tenho uma pequena informação que vos vai deixar muito felizes - a minha melhor amiga revelou com um sorriso matreiro.

Arregalei os olhos e perguntei:

- Já sabes o dia?

Ela confirmou com um aceno de cabeça e eu abracei-a com força.

- Obrigada, obrigada, obrigada. Quando podemos falar com eles?

- Ainda hoje, se quiseres. Mas falamos melhor no intervalo, deve estar quase a tocar - ela respondeu.

- Onde é que está o Calum? - Michael perguntou. - Ele também tem que ouvir.

- Ele não tem aulas hoje de manhã - Luke respondeu. - Mas posso ligar-lhe agora e pedir-lhe para vir cá à escola no próximo intervalo.

- Sim, faz isso. Isto é muito urgente, de certeza que ele não se importa - eu disse.

Luke tirou o seu telemóvel do bolso e clicou no contacto do Calum.

- Mete em alta voz para falarmos com ele também - Michael pediu todo entusiasmado.

Luke assim fez e passados alguns toques, o moreno atendeu.

- O que foi? - Calum perguntou num tom de voz muito rude.

- Bem, alguém acordou com muito mau humor - Luke comentou.

- Diz lá o que queres de uma vez.

Antes que Luke pudesse responder, ouvimos uma voz feminina vinda do outro lado da linha: