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- Hey, nova amiga - disse um voz familiar.

Abri os olhos e vi que a pessoa por cima de quem eu tinha caído era o rapaz que eu tinha conhecido na noite do baile de boas-vindas.

Levantei-me rapidamente, dando-lhe também oportunidade para se pôr de pé.

- Peço imensa desculpa. Eu vinha a correr e nem vi para onde ia. Desculpa.

- Sem problema - disse ele, relaxando-me com um sorriso super fofo. - Novamente a afastares-te de uma pessoa com quem não queres falar.

Relembrei a desculpa que lhe tinha dado quando choquei com ele no baile e respondi:

- Não. Desta vez é essa pessoa que se está a afastar de mim.

- Não será melhor afastarem-se os dois um do outro durante um tempo e falarem quando já estiverem mais calmos?

- Provavelmente. Mas é difícil manteres-te afastado de uma pessoa com quem vives.

- Oh. Pois, assim é mais complicado.

- Nem imaginas o quanto.

Por breves segundos, um estranho silêncio instalou-se entre nós, até ele o voltar a quebrar.

- Sabes, eu fiquei à espera da tua chamada - disse ele.

De repente, lembrei-me do número que ele me tinha escrito no braço.

- Oh, desculpa. Esqueci-me completamente. Depois também andei com umas...complicações e esqueci-me de guardar o teu número. Por favor, desculpa-me.

- Tu pedes desculpa tantas vezes - observou ele.

- Há muita gente que se esquece de me pedir desculpa a mim e eu não gosto disso. Por isso faço questão de pedir aos outros quando erro.

- Humm, interessante.

- Mas desculpas-me por me ter esquecido de ti?

- Só com uma condição - disse ele, sorrindo matreiramente.

- Que condição?

- Quero que me digas o teu nome.

Soltei uma pequena gargalhada. Nem me passou pela cabeça que ainda não nos tínhamos apresentado.

- Sou a Caroline, ou Carol se preferires.

- Sou o Ashton.

- Muito prazer, Ashton.

- Igualmente Caroline. Posso acompanhar-te a casa?

- Claro - aceitei, sorrindo.

Quando chegámos a minha casa, o meu pai deve-me ter ouvido a falar com o Ashton porque veio logo à porta.

- Caroline, quem é o rapaz? - perguntou ele, com um tom severo.

Pronto, ia começar o questionário.

Quando eu me preparava para responder, o meu novo amigo antecipou-se:

- Boa tarde, senhor. Desculpe mas não sei o seu apelido. O meu nome é Ashton Irwin. Encontrei a Caroline na rua um pouco cansada e decidi acompanhá-la a casa. Espero que não haja problema.

A expressão na cara do meu pai suavizou bastante ao ouvir a justificação do Ashton.

- Não há problema nenhum, rapaz. Até lhe agradeço por ter trazido a minha filha. Pode chamar-me Sr.Smith e será sempre bem-vindo a esta casa.

Wow! O que é que estava a acontecer? Isto não era normal. Normalmente, o meu pai afastava quase ao pontapé qualquer rapaz que se aproximasse de mim. Mas desta vez não. O que quer que o Ashton tenha feito ao meu pai, esperava que ele continuasse.

- Muito obrigada, Sr.Smith.

- Não quer ficar para jantar?

- Agradeço o convite, mas terei que recusá-lo. Já tenho um compromisso e não posso adiá-lo tão em cima da hora.

- Não faz mal. Fica para outro dia.

- Com certeza. Bom, agora tenho mesmo que ir embora. Foi um prazer conhecê-lo, Sr.Smith.

Deu um aperto de mão ao meu pai e deu-me um beijo em cada bochecha, indo depois embora.

Eu esperava uma reação de raiva por parte do meu pai, mas ele apenas disse:

- Bom rapaz, o teu novo amigo.

Será que eu estava só a sonhar? Ou será que o meu pai se drogou?

Foi com estas perguntas na cabeça que me dirigi ao meu quarto, pousando imediatamente a mochila no chão.

Mal a mochila caiu no chão, ouvi alguém a bater à porta do meu quarto.

Abri a porta para ver um Luke cheio de irritação nos olhos escurecidos.

- Quem era o rapaz? - perguntou ele, monocórdico, tentando parecer calmo.

Pensei seriamente na resposta que ia dar e nenhuma me pareceu mais adequada que a seguinte:

- O meu namorado.

E fechei-lhe a porta na cara.

Eu sei, eu sei. Eu devia ter tentado falar com ele, visto que foi isso que tentei fazer o dia todo, mas não fui capaz. Por muito que o meu coração discordasse, a minha mente continuava a achar que isto tinha sido o melhor a fazer.

E, sinceramente, se calhar até foi merecido. Ele ignorou-me o dia todo e não quis saber de mim e agora, só porque o Ashton me trouxe a casa, ele já se importava e já decidiu dirigir-me a palavra??

Sim, ele mereceu.


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N/A:

Olá amigos e amigas.

Esperam que estejam a gostar da história e que tenham gostado do capítulo. 

Quero agradecer por todas as leituras que a fic já tem, também pelos votos e é claro por todos os vossos comentários fantásticos.

Tenho que fazer um aviso: eu agora estou com problemas de net e muito provavelmente não poderei publicar duas vezes por semana como tenho feito até agora. Se calhar só vou poder publicar aos domingos. Mesmo assim vou esforçar-me para continuar a dar-vos os habituais dois capítulos semanais.

Fiquem bem meus queridos leitores.

Muitos kisses,

heart_in_love 

Exchange • l.h. •Onde histórias criam vida. Descubra agora