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- Carol, onde está o Luke? - perguntou a minha mãe, aparecendo à porta da sala de estar onde eu estava a ver televisão.

- No quarto - respondi.

Desde o dia em que ela me bateu que a nossa relação não está como antes. As minhas respostas são muito à base de sim e não e, tirando assuntos da escola, evito falar com ela e com o meu pai.

- Podes ir chamá-lo, por favor? Precisamos de falar convosco.

Levantei-me e subi ao andar de cima. Bati à porta e Luke deu-me permissão para entrar.

- Luke, a minha mãe quer falar connosco - informei-o.

- Sobre quê? - perguntou ele, desconfiado.

- Não sei, ela só disse para te vir chamar porque tem que falar connosco.

- Achas que...ela pode ter descoberto alguma coisa? Sobre nós?

- Não - garanti. - Ela estava muito calma. Se tivesse descoberto, ela ia parecer um furacão.

- Sim, tens razão. Vamos lá.

*

- Então, a que se deve o encontro familiar? - perguntei sarcasticamente.

Luke estava ao meu lado no sofá, a minha mãe estava sentada na poltrona e o meu pai de pé a seu lado.

- Caroline, queremos falar sobre um assunto importante. Por favor, presta atenção - pediu o meu pai.

Eu suspirei e ele continuou.

- No próximo fim de semana partimos numa viagem de trabalho para os Estados Unidos.

- O quê? - perguntei, chocada. - E nós?

- Vocês não podem acompanhar-nos. E é óbvio que não vos vamos deixar aqui sozinhos. Por isso, pedimos à tua tia Helen para vir tomar conta de vocês.

- A tia Helen? - perguntei, mudando de humor imediatamente.

Adorava a minha tia Helen. Ela era a irmã mais nova da minha mãe mas eram totalmente diferentes. A minha tia tinha uns 40 anos mas tinha uma alma muito jovem. Digamos que não era a pessoa mais responsável do mundo e que às vezes se portava como uma verdadeira adolescente, mas era muito querida e gostava sempre de ajudar os outros. Com o seu espírito tão...livre não admirava que não tivesse marido e nem sequer um relacionamento sério, o que dava bastantes dores de cabeça à minha mãe.

- Sim, a tua tia Helen - respondeu a minha mãe. - Digamos que não é a pessoa mais indicada para tomar conta de vocês mas não arranjámos mais ninguém.

- De quanto tempo é a viagem? - perguntou Luke.

- Uma semana - respondeu o meu pai. - Agora que já estão informados, nós precisamos de sair para ir tratar de documentos para a viagem.

Assim que eles saíram, Luke agarrou a minha mão e levou-me para o quarto dele. Não tive tempo de perguntar o porquê de ele me ter levado para ali pois ele colou os seus lábios aos meus assim que fechou a porta.

Rodeou a minha cintura com os seus braços e beijou-me mais intensamente. Quando ficámos sem ar interrompemos o beijo e eu perguntei:

- O que foi isto?

- Eu preciso de ti - respondeu ele e voltou a beijar-me.

Eu retribui e puxei-o mais para mim. Ele encostou-me à parede e pegou-me ao colo. Eu parei o nosso beijo e comecei a beijar-lhe toda a linha do maxilar até à orelha. Aí deixei pequenos beijos antes de lhe morder o lóbulo da orelha e senti a sua respiração tornar-se mais pesada. Eu não sabia como tinha feito isto mas estava bastante satisfeita com o resultado.

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