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Tinha criado a minha conta no Skype há dois anos atrás por influência da Emma que me obrigara a criá-la, literalmente, mas nunca cheguei a usá-la. Finalmente, e tanto tempo depois, a conta fez-se útil.

Por volta das dez da noite, recebi um pedido de videochamada do Calum, que logo aceitei.

Fiquei completamente histérica quando ele apareceu no ecrã. Nunca pensei que ele quisesse mesmo falar comigo.

- Olá, inglesinha! - saudou ele.

- Olá, australiano.

- Nunca pensei que tu, como grande fã minha, me fosses ignorar completamente e nunca quisesses falar comigo.

- O quê? É claro que quero falar contigo. Só não pensei que tu quisesses mesmo falar comigo -respondi.

- Porque haveria eu de não querer falar contigo depois de te pedir o teu username?

- Sei lá. Sou só um fã.

- Uma fã muito especial - respondeu ele, fazendo-me corar. - Mas, mudando de assunto, precisamos de ter uma conversa séria.

- Sobre quê?

- Caroline, o que é que andas a fazer ao Luke?

- Nada! Não fiz nada. Porquê? - perguntei, começando a ficar nervosa.

- Ele só fala de ti e nunca se cala. Hoje ele passou duas horas a descrever o que se passou aí nesse quarto.

Corei fortemente.

- Então tu sabes que nós nos beijámos?

- E que beijo, não é sua doida? - disse ele, fazendo-me soltar uma gargalhada. - Estás a deixá-lo doido, Carol.

- Eu não sei, Calum. Um amigo chamado Ashton convidou-me para sair e nós acabámos por nos beijar. Eu contei ao Luke acidentalmente e ele passou-se e beijou-me. Agora não sei o que fazer. O Luke é um bom amigo e acredita ele também me deixa doida. Mas, o Ashton é tão carinhoso e parece gostar mesmo de mim.

- Carol, será que tens os olhos tapados? O Luke GOSTA de ti - realçou ele. Eu estava espantada com o que ele me dizia. - Ele está constantemente a falar de ti, os olhos dele brilham quando ele pensa em ti e de onde achas que vem todo o seu ódio por esse teu amigo? Ele está cheio de cíumes dele, ele tem medo que escolhas o Ashton em vez dele, que vás a correr para os braços dele e nunca vejas como ele te quer.

- Ele disse-te isso tudo?

- Não, mas eu conheço-o e sei que estou certo.

Não consegui evitar sorrir com a informação que os meus ouvidos tinham acabado de receber.

- Eu vou ter que tomar uma decisão muito importante - disse.

- Sim, pois vais. Ah, e vê se tratas desse chupão enorme. É melhor comprares um frasco grande de base, vais ficar com isso pelo menos uma semana.

Os meus olhos abriram-se de medo e ele soltou uma gargalhada. Despedimo-nos e fui dormir.

Dizem que uma boa noite de sono ajuda sempre quando precisamos de tomar grandes decisões e foi isso que fiz.

De manhã, com a cabeça mais fresca, levantei-me e dirigi-me ao quarto do Luke. Bati à porta e abri-a ligeiramente.

- Luke? - chamei num murmúrio.

- Entra - respondeu ele, sentando-se na cama.

Eu entrei e aproximei-me da cama.

- Vem cá - disse ele, estendendo-me a sua mão.

Eu agarrei-a e quando me preparava para me sentar ao seu lado, ele impediu-me e puxou-me para o seu colo, fazendo-me sentar de frente para ele e com uma perna de cada lado.

Os nossos olhares prenderam-se um no outro e os seus lábios afloraram os meus suavemente.

- Precisamos de falar, Luke - disse, assim que o seu toque em mim foi interrompido.

- Falar sobre o quê?

- Eu preciso de saber o que queres de mim - disse de forma decidida.

O seu olhar aprofundou-se em mim e eu vi sinceridade nele.

- Eu quero que sejas minha. Que faças parte de mim e que fiques comigo - respondeu ele e eu abracei-o, enterrando a minha cabeça na curva do seu pescoço.

- Se eu ficar contigo, tu ficas comigo? - perguntei a sussurrar.

- Eu já estou contigo, Caroline, e vou sempre estar - disse ele e eu soube finalmente que era a ele que eu pertencia.

Um sorriso formou-se nos meus lábios e eu beijei-o. Ele retribuiu e apertou mais os seus braços à minha volta para se assegurar de que eu não lhe escapava.

- E agora o que é que eu faço? - perguntei, quebrando o contacto.

- Como assim? - perguntou ele, confuso.

- O que é que eu faço em relação ao Ashton e aos meus pais?

- Quanto ao Ashton, podes mostrar-lhe uma foto nossa aos bejos para ver se ele aprende que tu és só minha e depois nunca mais lhe diriges a palavra.

- Luke...

- Sim, já sei que ele é teu amigo - ele revirou os olhos e eu ri-me da sua atitude. - Mas vais ter que lhe contar. Eu não quero que ele te volte a beijar.

- E os meus pais? Eles não podem saber.

- Nós podemos esconder-nos, podemos manter-nos em segredo.

- Não gosto nada de lhes mentir desta forma, mas se eles soubessem, nunca iam aceitar. Eles ensinaram-me tantos ideais que eu agora estou constantemente a desobedecer e isso faz-me sentir culpada.

- Carol, tu não tens culpa de nada. O que interessa é que estejas feliz e a tua felicidade sobrepõem-se a todos os ideais que te foram transmitidos. Não te podes culpar por te quereres sentir bem.

- Acho que tens razão.

- Eu tenho sempre! - exclamou ele, fazendo-me sorrir.

- Convencido!

- Mas tu gostas.

Soltei uma gargalhada e beijei-o, para depois sair de cima dele e voltar ao meu quarto.

O facto de ter começado a manhã desta forma fez o meu dia e nada iria perturbar a felicidade que sentia.

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Hello, my loves!

Tanto amor neste capítulo. Nossa, o meu coração até derreteu! Hehehe :P.

E vocês, o que acharam? Dedico o próximo capítulo a quem adivinhar o que vai acontecer a seguir.

Já chegámos às 3 mil e 500 leituras! Uhuuuu. Muito obrigada, devo tudo a vocês.

Well, toca a votar e comentar e sejam felizes :*

Kisses

heart_in_love.

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